A Abelhinha Jataí

A ABELHINHA JATAÍ

Era uma vez uma Abelhinha Jataí muito pequenina, como são todas dessa espécie. Ela morava numa colméia dentro do tronco de uma árvore, no meio de uma bonita floresta cheia de flores perfumadas, espalhadas em todos os cantos.

Ela vivia com suas irmãzinhas, também muito pequenininhas, mas trabalhadeiras, que saiam todos os dias no nascer do sól e só voltavam quando estavam empanturradas do néctar das flores que visitavam uma por uma por entre a floresta.

Sua casinha era feita de uma cera especial, muito bem protegida, com entradas disfarçadas para que as formigas, marimbondos e outros inimigos não entrassem nela para comerem os filhotinhos que cresciam nos casulos, até ficarem adultos e poderem voar.

Ela éra uma abelha operária responsável por colher o néctar das flores e depois trazê-lo até a colméia onde ela morava com todas as outras abelhinhas, e que servia de alimento para os filhotinhos crescerem fortes para que assim mais e mais colméias fossem sendo feitas na floresta onde viviam.

Como ela e suas irmãzinhas faziam um mel muito delicioso, eram perseguidas pelo homem predador, que destruia suas casinhas somente para colher o mel puro que elas produziam.

Quando elas visitavam as lindas flores perfumadas, enchiam seus pézinhos de pólen, um pózinho amarelinho que ficava grudado neles.

Depois, quando buscavam outras flores, esfregavam suas perninhas, deixando o pólen cair nelas, fazendo assim com que elas não morressem, pois quando uma envelhecia, outra nascia em seu lugar.

Certo dia quando a Abelhinha Jataí saiu para colher o néctar, ela escutou um ""...psiu, psiu, psiu...", e olhando, viu que lindas flores pediam que ela pousasse em suas pétalas, elogiando o maravilhoso mel que ela e suas irmãzinhas produziam e que servia principalmente para curar as criancinhas de suas gripes e anemias.

Pediram depois para ela trazer toda sua colméia para que se banqueteassem com o néctar docinho e se lambuzassem de pólen, e assim polinizarem todas as flores daquela linda floresta cheia de passarinhos, que cantavam felizes em suas árvores, onde havia rios de águas bem cristalinas que corriam ligeiras entre as pedras.

A Abelhinha Jataí levou então a notícia das flores para a Abelha Rainha, chefe da colméia, que era bem maior, pançudinha, gulosa por mel e que gerava os novos filhotinhos de abelhinhas. Ela logo autorizou suas abelhinhas operárias a sairem em revoada para visitarem aquelas flores perfumadas e assim fabricarem muito mais mel para que a colméia crescesse bastante, podendo se dividir, fazendo então outras casinhas nos buracos das árvores.

E assim, depois cada nova colméia teria outra rainha gulosa pra produzir mais filhotinhos que quando crescessem, poderiam também voar em enxames, polinizando mais e mais flores, multiplicando assim a espécie das abelhinhas.

Jairo Valio