QUANDO O DIA TERMINA...

Acendeu no céu uma estrelinha

Cá na terra meio ao oceano de lágrimas

Apagou o brilho do sorriso inocente

Pequeno coração pulsa em soluços

É tarde da noite!

A casa vazia

O graveto em êxtase

Crepita na chama fria da noite

Na taipa do fogão a panela

Espera o toque final do dia

O gato ronrona na janela

Uma espera a revelia

O galo no cajueiro

Canta sem consciência

Cumprindo ritual feiticeiro

Sufocar a dor é melhor ciência

Lá fora o cão late em vão

Pressentindo no ar

O clima mórbido

Da viagem ao etéreo

Só tempo se encarregará

Desse pequenino ser

Que no berço será embalado e

Acalentado pelo frio da ausência materna.

Esse foi o mais efemero dos dias...

Assim que a cortina se fechou

mesmo com todo brilho estrelar

essa foi a noite mais escura...

Deus olhará o pequenos

Bruna e Gustavo.

Angeluar
Enviado por Angeluar em 16/05/2009
Reeditado em 16/05/2009
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