O Vento e Eu

Bom dia, Senhor Vento,
O Senhor tem que contar,
porque vive nesse lamento,
e passa a vida a soprar!

Porque será que tu t'irritas
e quando perdes a razão,
deixas de ser Ventania,
passas a ser Furacão?!

Olha bem, lá o que estragas!
Quanta Dor, quanto Tormento,
por entre a Terra espalhas
mil lágrimas e sofrimento!

Acalma-te Amigo, modera!
Deixa de ser rezingão!
Goza a bela Primavera,
E expande-te pelo Verão!

Junta-te à brisa gentil,
sempre suave e formosa,
que vai acariciar a Rosa,
Nos belos Jardins D'Abril!

Ajuda, se queres, nas searas!
espalha as sementes nos campos
Mas vê lá, por onde paras!
Não faças das sementes, prantos!!

Agora sim, já te falei,
daquilo que julgava certo!!
Sopre leve Senhor Vento,
Gosto de vê-lo por perto!

Leva as palavras contigo!
Semeia por onde quiseres!
Deixa-as bem resguardadas,
para Poesias colheres!!

Rute Gomes
Aguarela Matizada
Enviado por Aguarela Matizada em 23/06/2006
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T181147
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