Um punhado de estrelas

Foi lançado em meu quintal

Eu sei bem quem o lançou:

- Foi o velho Nicolau!


Sentada na minha cadeirinha de balanço na porta da minha casa, admirando o céu bordado com zilhões de estrelas cintilantes piscando quais vagalumes correndo, num pano de fundo cinza escuro e iluminado por uma majestosa lua, quando vi exatamente o momento em que as estrelas foram lançadas sobre a nossa cidade.

Subitamente tudo era um imenso clarão que se alargava sob mim tomando a forma de um lindo tapete. Um tapete cintilante de estrelas!

Sem que eu tivesse tempo para correr ou mesmo gritar por socorro ele decolou do solo lentamente como se estivesse sendo sugado por um grande aspirador colocado à sua frente em um plano mais elevado. Fiquei com medo mas não demonstrei. Segurei com firmeza nas suas bordas e deixei, o que quer que fosse, acontecer!

Passei por enormes dunas esbranquiçadas com os seus próprios habitantes, plantas variadas todas diferentes, cada uma mais bonita do que a outra, e luas magníficas em todos estes lugares.

Havia luz por toda parte e tudo brilhava muito!


Lagos de água cristalina com minúsculos peixes coloridos, dourados, negros e prateados enfeitavam a paisagem; árvores de porte médio repletas de suculentos frutos nunca vistos aqui no nosso planeta e muitas, muitas flores perfumadas que tornava o ar mais leve para ser respirado e bem mais gostoso .

As minúsculas pessoas se tratavam com gentileza e carinho; não havia pedintes nem animais abandonados vagando pelas ruas. Tudo era ordem, respeito, harmonia e muito, muito Amor!

Era o mundo com o qual sempre sonhamos por aqui, na Terra.

Estava adorando o passeio mas percebi que estava chegando ao seu final.

Mais alguns minutos e estava retornando ao meu ponto de partida, bem suavemente.

Escutei mamãe falando baixinho ao meu ouvido, ao tempo em que me sacudia com carinho:

- filha, filha, vem! Vamos para a sua cama pois aqui fora já está um pouco frio.



bjs,soninha

imagem do google


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Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 07/10/2009
Reeditado em 04/03/2010
Código do texto: T1853587
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