O SURRÃO E A MENINA DESOBEDIENTE.

A história que minha mãe nos contava quando éramos crianças.

Minha mãe era uma pessoa muito simples, mal sabia escrever, mas soube educar bem onze filhos. Quando ele teve a última filha, ela faleceu após vinte e um dias de seu nascimento.

Ela procurou ensinar os filhos por meio de histórias.

A história que vou escrever, nunca vi em nenhum livro de fada, talvez os irmãos Grimm não ouviram essa história, senão provavelmente ela fazia parte dos clássicos infantis, uma vez que ela está de acordo com a filosofia da época dos contos de fadas.

Era uma vez uma menina que costumava brincar quase todos os dias no fundo do quintal, perto de uma fontezinha. Ela tinha um anel de ouro que ganhou de sua madrinha de batismo.

Enquanto ela brincava, ela tinha muito cuidado com o anel, deixando-o em cima de uma pedra. A fim de conservá-lo sempre novo.

Uma vez ela foi brincar e esqueceu o anel e só lembrou à noite quando já estava deitada.

Imediatamente ela chamou sua mãe e contou-lhe o acontecido.

Sua mãe disse: “amanhã cedo você vai lá e pega o anel”

A menina disse: “eu vou pegá-lo agora, amanhã ele terá sumido.”

“Agora você não pode ir, é muito perigoso, uma menina não deve sair de casa à noite.”

Disse-lhe a mãe que não conseguiu convencê-la.

Enquanto sua mãe estava dormindo, a menina se levantou e foi em busca do anel.

Assim que ela chegou perto do anel e estendeu a mão para pegá-lo, ela foi agarrada por um desconhecido, que a colocou dentro de um saco surrado.

Embora ela gritasse ninguém a socorreu, pois todos dormiam. Já passava da meia noite e naquela época, naquela cidadezinha, todos dormiam cedo.

No dia seguinte o homem saiu de casa cedo, levando a menina dentro do saco.

Ele bateu na porta de uma casa e a senhora que o atendeu perguntou o que ele queria. Ele lhe disse que aquele saco era encantado e que ele cantava.

A senhora disse-lhe que não acreditava. Então ele disse: “canta ,canta, meu surrão, senão te bato com o bordão.”

Em seguida eles escutaram uma voz cantando:

“Nesse surrão me puseram...

Nesse surrão morrerei...

Por causa do anel de ouro...

Que lá na fonte eu deixei....

A mulher ingênua caiu na história e deu-lhe algum dinheiro pelo momento mágico.

O enganador saiu dali muito contente e já sonhava em ficar rico com aquele golpe. Após conseguir enganar mais três donas de casa ele teve a infelicidade de bater na porta da casa da madrinha da menina quase na hora do almoço.

A madrinha após ouvir a voz da menina, reconheceu a voz e disse para o homem safado:

“O senhor pode deixar o saco no canto da sala e almoçar comigo e meu marido. Ela o acompanhou até a sala de jantar e enquanto ele foi lavar as mãos, ela foi até a sala, tirou sua afilhada e a levou ao banheiro para tomar banho. Em seguida o ela encheu o com estrume

de vaca que ela tinha guardado para jogar na horta como esterco.

Durante o almoço o salafrário tomou muito vinho. Ao pegar o saco, ele achou que estava mais pesado, mas achou que era devido o vinho que ele tinha tomado e, além disso, comeu muito.

Na próxima casa que ele bateu na porta, foi atendido pelo dono da casa. Ele contou a mesma história que o saco era mágico e que cantava.

Então o dono da casa disse: “então pode fazê-lo cantar.”

O homem disse: “saco. canta uma música.” Esperaram alguns minutos e nada escutaram. Então o homem ficou nervoso e começou bater com tanta força no saco que ele estourou.

O dono da casa deu-lhe uma surra e ainda chamou o delegado para levá-lo preso para que ele não enganasse mais ninguém.