A história de São Jorge

A história de São Jorge, interpretada e comentada por um menino de cinco anos, após a narrativa de sua mãe.

Jorginho, sempre que lembrava, pedia para sua mãe contar mais uma vez a estória do cavaleiro corajoso, que defendeu uma cidade de um terrível dragão.

Há muito tempo atrás, Jorginho, quando você ainda não era nem sementinha na barriga da mamãe, um forte e bonito rapaz,jovem, filho de um valente general de um exército, ganhou de presente de seu pai, um lindo animal. Um cavalo todo branco. Seu pai deu-lhe o cavalo de presente recomendando que o rapaz o tratasse com todo o carinho e zelo. Que não lhe deixasse faltar bom pasto, boa escovada em seu pelo, colocação de mantas para protegê-lo do frio nas costas, quando chegasse o inverno e também o orientou para que tivesse cuidado especial com as ferraduras e sempre procurasse ferreiros de confiança, que fizessem bom trabalho, para proteger as patas do seu lindo cavalo.

O rapaz achou muito natural todas as recomendações, de seu amado pai. O cavalo era muito lindo. Obedeceu tudo certinho que seu pai lhe falou, e tempos depois ficou surpreso, como o cavalo lhe devolvia em obediência e presteza, seus cuidados e zelo.

O jovem rapaz chamava-se Jorge e resolveu dar um nome ao seu cavalo. Chamou-lhe de Veloz.

Quando se tornou um homem forte e bonito, Jorge resolveu seguir a carreira militar. Alistou-se no exército e lutou por anos seguidos na Palestina, defendendo os ideais políticos de seu tempo. Em nome de Cristo, o Salvador do mundo, lutando junto ao exército de sua pátria, Jorge com muita bravura, conquistou muitos sucessos, sempre montado em seu alazão branco, o VELOZ. Muito sangue foi derramado, muitas batalhas e Jorge sempre invencível.

Voltou para sua terra, uma tarde enquanto preparava-se para um passeio perto da floresta, ouviu o roncar de um trovão no céu. E logo depois um imenso clarão desceu das nuvens, brilhando e cegando o corajoso Jorge, que colocou seu escudo, para defender-se diante de tão forte luz. Parecia que mil sóis tinham descido a terra...

Jorge muito assustado, apesar de sua coragem, não se deixou abater ficou abaixado protegido por seu escudo, tentando enxergar naquela luz.

Só ouviu uma forte e poderosa voz que parecia vir do Céu,a dizer-lhe: A partir de hoje

Serás o cavaleiro de Deus, defenderás os fracos e oprimidos e obedecerás somente a um Senhor, o Cristo que morreu cricificado.

Após esta visão Jorge não foi mais o mesmo, e ele e seu cavalo tornaram-se dois aliados inseparaáveis para combater o mal.

Um dia em um país distante, Jorge teve conhecimento de que um grande dragão, ameaçava todos naquele reino, e os habitantes daquele lugar só teriam paz quando o dragão fosse morto.

Mamãe esta é a parte da história que eu mais gosto. Mamãe quando eu crescer vou ficar forte como o São Jorge? Quero destruir todos os dragões que encontrar e combater sempre o mal.

A mãe já andava meio cansada de repetir a mesma estória todos os dias. Ela falou é preciso mais do que seguir o exemplo de São Jorge para acabar com muitos dragões, você precisa primeiro aprender a ler, escrever e também conhecer o evangelho, que é a palavra de salvação que nosso Senhor Jesus, nos deixou, e também receber Jesus em comunhão.

Desde aquele dia com a resposta de sua mãe, Jorginho, não pediu mais para ela repetir a história de São Jorge e um dia a mãe curiosa perguntou-lhe: Você não admira mais São Jorge? O menino respondeu: Não posso admirar, um homem só porque matou um dragão e salvou uma cidade, mas ele fazia parte do exercito de Cristo, o mesmo que vive preso, crucificado em uma cruz, e que as pessoas se reúnem numa festa esquisita e querem comer seu corpo. Não mãe, muito obrigado, prefiro ser do meu jeito, não sou nenhum leão para comer e engolir Jesus e beber o sangue dele. Para mim, comer e beber o sangue do filho do Papai do Céu, é uma coisa muito má. Guardo Jesus no coração e não quero ser nenhum santo, que come e bebe sangue de Deus.

Obs.: A construção deste texto partiu de uma experiência pessoal com um menino de cinco anos, que em sua interpretação infantil, soltou seu conceito a respeito da estória que lhe foi narrada. Não tendo nenhum preconceito, contra nenhum credo, fé, ou religião, é apenas o pensamento infantil de um menino de cinco anos, diante de uma celebração cristã.

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