Ursinhos levados

Era uma vez, em uma floresta distante e fria,

Uma família de ursos que com muitas se parecia,

Moravam em uma grande gruta,

E todos os dias para mamãe Urso era a mesma luta.

Tinha que sair pra trabalhar,

Colhias frutas maduras,

E alimentos frescos,

Para os filhotes alimentar.

Um mais levado que o outro,

Eram sete no total,

Todos os dias aprontavam

Mas era assim no mundo animal.

Em uma tarde de frio,

Próximo ao dia da hibernação,

Mamãe Urso precisou sair e pediu aos ursinhos,

Que ficassem em casa,fazendo sua lição.

Os sete ouviram atentamente

O pedido da mamãe preocupada,

Fizeram caras de anjinhos,

E prometeram não se meter em nenhuma enrascada!

Mas foi só a mamãe virar a esquina,

Para começarem uma grande confusão,

Perceberam que ao sair de casa,

A mamãe tinha esquecido,

De trancar o grande portão.

Os ursinhos mais levados,

Tiveram logo uma idéia.

Vamos para a rua, colher frutas

Para mamãe preparar suas geléias.

E lá foram os ursinhos,

Logo na rua chamando atenção,

Ninguém costumava vê-los sozinhos

Brincando de empurra, empurra

E muitas vezes caindo no chão.

Ao invés de irem para o pomar,

Pra cidade decidiram se encaminhar,

Queriam ver o que acontecia,

Antes de a mamãe voltar!

Olharam tudo atentos,

Viam em tudo beleza!

Admiravam as plantas,

E a beleza da natureza.

Passaram pelo guarda Larry,

Sem se esquecer de cumprimentar!

Boa tarde Guarda Larry!

Disseram com educação exemplar.

Viram o ninho da dona pata,

E foram de pertinho olhar,

Acharam lindos os ovinhos,

Á espera da mamãe para chocar!

Pegaram uma lata na rua,

Jogada no meio do mato!

Queriam saber onde estava o lixo,

Foram procurar o macaco!

O macaco não sabia quem tinha sido,

E deu de presente aos meninos,

Um lindo e dourado apito!

Resolveram continuar á procura,

Sabiam de uma ave que adorava conversar,

Era Tino o papagaio colorido,

Mas ele também não sabia onde poderiam jogar!

Encontraram a casa do cabrito Zé,

Que estava no portão á pintar,

Mostrou-lhes uma enorme lata de lixo,

Onde a lata poderia jogar.

O portão estava ficando lindo,

De um vermelho intenso e profundo,

Os ursinhos estavam adorando o passeio,

E achando a floresta o lugar mais lindo do mundo!

Foram voltando cansados,

Á tarde já estava acabando,

E sabiam que a mamãe brigaria,

Se entrasse em casa,

Não os encontrando!

Voltaram correndo, sem passar no pomar,

Tinham saído escondidos,

Esqueceram de estudar,

E tinham medo da mamãe brigar!

Quando chegaram a casa,

Viram que estava tudo bem.

Conseguiram sair e voltar,

E na casa ainda não tinha ninguém!

Pegaram logo seus cadernos,

E começaram a estudar,

E logo que se sentaram,

A mamãe urso acabara de chegar.

A mamãe ficou feliz,

Viu que já estavam bem crescidos,

Respeitaram suas ordens,

Não saíram.Haviam lhe obedecido!

Mamãe trouxe cobertores novos,

Travesseiro e lençol.

Logo começaria o inverno,

Dormiriam tranquilamente, até voltar a brilhar o sol.

Mamãe preparou uma sopa,

Com os alimentos que havia trazido,

Como era bom quando a mamãe estava em casa,

Cuidando dos filhotes e preparando o delicioso cozido!

Mas eis que surge a manhã,

E com ela as novidades!

Havia tido uma confusão,

Na delegacia da cidade!

Mamãe Ursa ficou assustada,

Achando que era algum ladrão,

Compraria um novo cadeado,

Para trancar o portão.

Antes de sair para trabalhar,

Ouviu na porta um barulhão,

Um monte de vizinhos chateados,

Chamavam a mamãe Ursa no portão.

Os filhotes continuavam quietinhos,

Fingiam não saber da confusão,

Olhavam para todos com cara de anjinhos,

Com olhos de ponto de interrogação.

O guarda Larry foi logo falando:

_ Suas crianças são muito levadas!

Mamãe urso olhava pra todo mundo,

Com cara de quem não estava entendendo nada!

Os ursinhos ficaram nervosos,

Não sabiam o que fazer!

Mas com medo de apanhar,

Continuavam Fingindo nada saber!

O guarda foi explicando,

O porquê da multidão

A delegacia nunca ficou tão cheia,

Com tanta reclamação!

Os ursinhos tentaram se defender,

Dizendo que estavam em casa a estudar,

Mentiram dizendo não ter saído,

Enquanto á mamãe foi trabalhar!

O guarda estava nervoso,

E começou com eles a brigar,

Se haviam passado por ele e cumprimentado,

Como diziam que não estavam lá?

_Os ovos de dona pata, quem botou dentro do saco?

_Quem amarrou uma lata no rabo do macaco?

_ No bico do papagaio, Quem colocou um apito?

_Quem pintou de vermelho a barbicha do cabrito?

A mamãe não precisava mais escutar,

Conhecia os filhos que tinha,

E sabia que tinham mesmo,

Saído para aprontar.

Levaram uma grande bronca,

Como só a mamãe sabia dar.

E de castigo, este ano,

Não poderiam hibernar!

Passariam o inverno estudando,

Para uma lição aprender,

Quando a mamãe falar,

Filhote tem que obedecer!

Izabelle Valladares Mattos
Enviado por Izabelle Valladares Mattos em 29/05/2010
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