A Maldade existe

A Maldade existe

Marlene B. Cerviglieri

Todo dia Lurdinha chegava da escola muito alegre.

Gostava de contar tudo que fazia e aprendia e também às brincadeiras da hora do recreio.

Mas ultimamente voltava tão quietinha guardava sua mochila e não contava nada.

Todos em casa notavam sua tristeza, porém ela não falava nada.

Seu rendimento escolar começou a cair a ponto dos pais serem chamados na escola.

Quando voltaram sua mãe chorava e seu pai estava muito nervoso.

Sentaram no sofá da sala e começaram a discutir o que fazer.

A professora havia dito que não sabia de nada apenas que notou seu rendimento de repente cair!

Estava sempre dispersa e muito tristonha

Foi quando resolveram chamar Lurdinha e com ela conversaram muito tempo

Ouvindo a menina ficaram mais nervosos ainda.

Como uma coisa dessas poderia acontecer no meio de tantas crianças inocentes?

Choraram junto com Lurdinha e disseram que iriam tomar uma providencia ou talvez mesmo mudá-la de escola.

Lurdinha voltou para seu quarto onde Dita a auxiliar da casa estava fazendo uma limpeza.

É claro que havia ouvido tudo que se passou na sala.

Virou-se para Lurdinha e disse:

-Vão arder no inferno tenho certeza.

Lurdinha não entendeu nada e voltou as suas atividades escolares.

Naquela tarde sua vovó veio visitá-los.

Foi quando Lurdinha perguntou a ela o que queria dizer arder no inferno.

-Ora minha querida isso é uma coisa muito feia de se dizer.

Já sabendo o que acontecia na escola continuou.

-Uma vez quando eu era menina como você, aconteceu algo muito estranho em minha escola.

Era igual a sua de hoje atividades e também brincadeiras.

Tínhamos uma coleguinha que era muito magrinha e delicada, mas ótima aluna.

Eu pessoalmente gostava muito dela.

Mas sempre na hora das brincadeiras havia três meninas que não a deixavam brincar. Era colocada de lado sempre.

Gritavam com ela chamando-a de magricela e outras coisas

Na sala de aula sempre que podiam tiravam o lápis e quebravam a ponta, escondiam a borracha, era maldade em cima de maldade.

O rendimento dela foi caindo e sua tristeza muito grande.

Chegou num ponto que ela não foi mais para a escola.

Fiquei sabendo que estava de cama muito doente.

Felizmente depois de quase um mês ela voltou.

Estava mais corada e não triste.

Foi então que aconteceu algo surpreendente!

No horário das brincadeiras saímos todas por um corredor muito longo para ir brincar no pátio.

Aquelas três meninas que sempre eram malvadas, já estavam pensando no que fazer para a pequenina que caminhava um pouco a frente.

Conversavam tão alto que pude ouvir

Não deu tempo nem de chegar ao pátio, as três levaram um tombo tão grande que ficaram de cara no chão gritando.

Os funcionários acudiram rapidamente os professores saíram das salas. Ficaram tão machucadas que precisou vir socorro de fora.

Quando voltaram para a escola depois de umas duas semanas usavam tipóia no braço e caminhavam com ajuda.

Isto quer dizer arder no inferno receberam o castigo que mereciam por serem tão malvadas com tantos pensamentos maus.

Nem sempre as professoras podem ver tudo, pois são muito ocupadas é preciso falar com elas contar o que esta se passando.

Só assim elas poderão resolver os problemas até chamando alguém para ajudar a observar.

-Vovó eu não quero que aconteça nada para as meninas.

-Bem sei disso porque você é uma criatura boa e com muito amor no seu coraçãozinho.

Apenas quis te informar que tudo de mal que fazemos vamos receber um dia também de alguma forma.

Aqui se faz aqui se paga.

Melhor mesmo é praticar a bondade e ser educado com todos.

-Mas vovó o que será que a Dita quis dizer?

-O mesmo que eu te disse só que de outro jeito.

Dê-me um abraço e não deixe ninguém nunca machucar você.

Pense com amor e bondade que o mal se afastará.

E assim Lurdinha depois de ouvir sua avó ficou mais corajosa e voltou a estudar com o mesmo entusiasmo de antes.

É meu amiguinho preste atenção, pois você é muito especial.

Não permita que maltratem você, procure sempre ajuda com seus pais e com seus professores.

Abraço.

.

Marlene Cerviglieri
Enviado por Marlene Cerviglieri em 16/06/2010
Código do texto: T2322798