Era uma vez....


...uma linda cidade no meio da floresta onde as formiguinhas viviam felizes e eram muito amigas das pessoas.Elas passeavam pelas casas, jardins, escolas e qualquer lugar sem picar as pessoas e sem serem machucadas por elas. 


Ali, ninguém maltratava as formiguinhas. Todos andavam com muito cuidado a fim de não pisarem nelas e, durante a noite não saíam de casa porque não podiam enxergá-las direito e poderiam machucá-las.


Sabendo ser tão querida pelas pessoas e que elas não lhes fariam mal algum, a formiguinha ruiva decidiu que iria morar na casa mais bonita da cidade pois assim ela teria oportunidade de comer farelos de comidas deliciosas, dormir em camas confortáveis e tomar banho em banheiros limpos e organizados.


Ruivinha saiu pela cidade olhando casa por casa até escolher aquela onde iria morar. Parou diante de uma linda construção, com três portas na frente, algumas nas laterais e muitos vitrôs coloridos. No alto havia um lindo sino dependurado e um imenso relógio pertinho dele. 


Ela olhou...olhou...olhou por todos os lados e decidiu: é aqui que vou morar!
                   

Esperou alguns minutos que alguém saisse por uma das portas,mas como não aparecia ninguém ela resolveu entrar por debaixo de uma delas.


Lá dentro, a formiguinha ficou encantada com tudo que ela via. Eram muitas pessoas paradas em cima de muros, uma banheira pequenina onde ela iria mergulhar muitas vezes e uma comidinha saborosa dentro de uma vasilha dourada,muito bonita,em cima de uma mesa, coberta com um paninho branco.Havia também um suquinho meio estranho que ela provou e ficou tonta,quase caindo de lá do alto da mesa onde ele estava.


As pessoas paradas eram as imagens dos santos, a banheirinha era a pia batismal, a comidinha eram as hóstias e o suquinho era o vinho que o padre bebia na missa, mas a formiguinha não sabia nada disto.


Ruivinha escolheu uma das muitas camas que havia ali, e se deitou falando para si mesma:


- Que cama estranha! por que será que aqui não usam colchões?! 


Ela não sabia que não eram camas e sim os bancos onde as pessoas sentavam-se para assistirem a missa.
                   


Mas o cansaço tomou conta do seu corpinho e ela adormeceu. Quando estava no melhor dos soninhos,
escutou o sino cantando:


- Blom! Blim...blom...blim...blom...blom...blom...blommmmm...


Parecia que não ia parar nunca mais, obrigando a formiguinha a acordar de uma vez por todas. Abriu os olhinhos,espreguiçou-se e viu um homem andando pra lá e pra cá....


Era o sacristão que estava arrumando a igreja para a missa das 7 horas. 


Aos poucos foram chegando pessoas, muitas pessoas que entravam não só pelas portas da frente como pelas portas laterais.

 
- Que estranho! falou baixinho a formiguinha. Nunca vi tantas portas numa só casa...


Quando o padre entrou, todos se levantaram cantando , ela se deu conta de que não era uma residência e mais do que rapidinho fugiu dali , retornando para perto da sua família.
                   
 A partir daquele dia a formiguinha ruiva nunca mais se sentiu"esperta",e tudo que ela ia  fazer,pedia conselhos e orientações para a sua mãezinha.


Formiguinhas e criancinhas não podem fazer coisas que as mãezinhas não saibam, pois elas podem se dar muito mal. Felizmente não foi o caso da ruivinha, mas ela poderia ter se dado muito mal se as pessoas daquela igreja fossem pessoas más.



S ua intenção é legal
O nde vem com sabedoria
N o ensinamento às crinças a
I mportância de não se afastarem e
A o lado dos pais sempre ficarem.

ANGELICA GOUVEA



Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 05/11/2010
Reeditado em 06/11/2010
Código do texto: T2599001
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