PEQUENO TEATRO INFANTIL - O PEIXE QUE NÃO SABIA NADAR
PEQUENO TEATRO INFANTIL
O PEIXE QUE NÃO SABIA NADAR
CENÁRIO:
Um canto de praia, um rancho de pescador com algumas canoas, mais adiante uma humilde casa, algumas árvores frutíferas... O mar calmo com suas pequenas ondas beijando a areia.
APRESENTADOR:
- Praia, morada de encantos
com o mar beijando a areia,
o céu, azulado manto,
por onde o rei sol passeia.
- Aqui na praia a harmonia
existe com perfeição;
à sombra da poesia,
vive a paz, reina a união.
- Murmura o mar: - Sou amigo,
eu abasteço o mercado!
- Sempre, quem conta comigo,
vê o esforço compensado!
FILHO DO PESCADOR (chegando):
-Isso é verdade, meu pai
conta sempre muita história,
quando pescar ele vai
traz um conto na memória.
- Se alguém diz: - Isso é mentira,
história de pescador!
- Ele diz: - Vem caipira,
mostro, também, ao doutor!
PESCADOR (entrando sorridente):
- É pena, minha canoa
não conseguir conversar!
Diria o que sua proa
já viu nesse verde mar.
- Quando o vento sopra a vela,
o mar parece pequeno;
minha mulher, da janela,
já não vê o meu aceno.
Agora é Deus nas alturas,
vida ou morte em alto mar!
- Acreditem, criaturas,
tenho prole a sustentar.
MULHER DO PESCADOR (entrando na conversa)
- Virgem, Nossa Senhora,
em noites de pescaria,
quando volta, já a aurora
disse não tardar o dia!
- Eu fico na minha casa,
com meu rosário na mão,
com meu coração em brasas,
apertos no coração.
PESCADOR:
- Dentre as histórias bonitas,
uma não esquecerei:
foi numa noite bendita,
do peixe que eu encontrei.
- Era um peixinho menino,
que não sabia nadar;
o coitado do alevino,
sobre as ondas a boiar.
- Salvei-o ,então, da morte,
iria ser devorado,
mas mudei a sua sorte,
por mim ele foi criado.
- Não obrigo o companheiro
nessa história acreditar,
também não chamo terceiros
para vir testemunhar.
- Da praia, cerquei um canto
com uma rede bem fina.
- O peixe, então, cresceu tanto,
não entendi patavina.
- Para levá-lo ao mercado,
com seus três metros e meio,
foi um sufoco danado,
mas meu bolso ficou cheio.
APRESENTADOR:
-Amigos aqui presentes,
não menosprezem o rapaz!
- Histórias tão convincentes,
só um pescador nos traz.
(meio de lado, olhando para a platéia):
- Não riam do pescador,
esperem que vá embora,
ele é bom trabalhador,
favor ninguém rir agora.
(CAI O PANO)