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O MENINO QUE AMAVA LIVROS
 
Lulinha, muito obediente e estudioso, adorava livrinhos de história e ficava horas e horas lendo-as para depois contá-las aos seus amiguinhos.
 
Numa manhã ensolarada, ele estava de férias e a sua mãezinha pediu-lhe que regasse os canteiros pois as plantinhas com sede estavam com as folhas murchando.
 
Lulinha bem que desejava ajudar a mãezinha mas se lembrou de um livro novo que havia sido emprestado pelo seu coleguinha Marcos, e foi ligeirinho ao seu quarto pegá-lo.
 
O garoto encheu o balde, quando viu um cogumelo que parecia tão macio e gostoso para se sentar e ler um pouquinho....
 
_ Hummmm....falou bem baixinho. Vou me sentar nesta gostosura, ler um pouquinho e depois molho os jardins. Pra que pressa?! 
 
Lulinha sentou-se no cogumelo, deu um longo suspiro e começou a ler em voz alta. As borboletas e os passarinhos que passavam por ali foram para perto dele a fim de escutarem a historinha. O passarinho estava tão interessado que pousou no balde e ficou bem quietinho para não atrapalhar o menino enquanto as borboletas voavam baixinho e bem devagarinho para também escutarem.
 
Quando estava pertinho da hora do almoço e a barriguinha começou a reclamar com fome, Lulinha lembrou-se que não havia feito o que a mãe lhe pedira.
 
_ Hiiiiiiiii.....a mamãe vai brigar comigo, e agora?
 
Então ele escutou a mãe chamando-o:
 
- Filho, Ô filho, vem almoçar!
 
_ Tô indo mãezinha, tô indo...
 
Quando o menino chegou em casa a sua mãezinha logo perguntou:
 
- Regou os canteiros, filho?
 
_ Não mãezinha, não deu tempo.
 
- Não deu tempo? Mas os canteirinhos são tão pequeninos....
 
_ É mãezinha, mas eu estava lendo um livro tão bacana. Você quer ler?
 
- Quero filho. Eu vou ler hoje à tarde enquanto você cuida dos canteiros, tá?
 
_ Ãhhnnn...mãezinha, você é um anjo! Pensei que você ía brigar comigo.
 
- Brigar?! Como eu poderia brigar se você estava fazendo uma coisa tão boa?!
 
_ Obrigado mãezinha! Tome..tome...falou, enquanto entregava o livro para a sua mãe e corria a fim de cuidar dos canteiros...
 
Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 27/07/2011
Código do texto: T3122936
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