PARLENDA Nº 18

Uma vaca malhada

Pela chuva foi molhada,

Deixou de ser vaca malhada

Agora é vaca borrada.

É de paralelepípedo

A rua do Figueiredo

Onde há muito folguedo

Para quem não tem medo.

Chuchu chocho,

Mas que arrocho

Menino cocho

De paletó roxo.

Seu Ramalho

Quebre o galho,

Leve o agasalho

Para o trabalho.

Água gelada

Engarrafada,

Aguaceira, aguaceirada

De água gelada

Engarrafada.

Tem dinheiro na algibeira,

Bombom na bomboneira,

Bolo na assadeira,

Asno não diz asneira,

Cala a boca Zé Pereira.

Martelo, marmelo,

O menino Marcelo

Toca violoncelo.

A trava a porta entrava

E não desentrava,

E quem entrava

Procurava a trava

E a trava não encontrava.

O pássaro devora

Cupim que vive na tora

Do velho pé de amora.

Pisa com a bota

O chão de lajota,

João é escrito com jota

Não conte lorota

Zero foi a sua nota.

Escondida atrás da porta

Tem uma gostosa torta,

E quem dela comer

Ficará com a boca torta.

Fui à casa do Marcelo

Comer doce de marmelo

Encontrei um menino magricelo

Comendo muito caramelo.

Deixe esta ideia fixa

De usar como lixa

A cinzenta lagartixa.

Sede, verde, rede,

Será que lagartixa

É jacaré de parede?

Aranha, aranhal,

Inseto ou animal?

Não é um aranhal

É o cabelo do Genival.

Assobia sabiá,

Igual a ti não há

E quem disso duvidar

Saiba que sabia o sabiá.

27/12/11