O coelhinho fantasista

Era uma vez um coelho que não gostava de cenoura.

Nem crua,

Nem refogada.

E nem ralada na salada.

Ele tinha fome de histórias.

De sereias.

E de baleias.

De princesas adormecidas.

E de feras enfurecidas.

De reizinhos.

E de porquinhos.

Ele tinha fome de doces fantásticos.

Macarrão de chocolate.

Pastel de algodão doce.

Lasanha de paçoca.

Nhoque de jujubas.

Empadão de maria-mole.

Mas não havia quem lhe contasse histórias...

Mas não havia quem lhe preparasse doces fantásticos...

Até que conheceu uma menina.

A contadora de história:

Vitória!

Então, ouviu muitas histórias, guardadas em nossa memória.

Histórias de bruxas e casinhas de doces.

Histórias de velhinhas e panelinhas de mingau doce.

Histórias de vovós e cestas cheia de doces.

E mais.

Histórias de abóboras que viravam carruagens.

(Bem que podiam virar doce de abóbora...)

E a história dos rabanetes?

Foram roubados da horta!

(Bem que podiam ser uma torta...)

Ainda havia a história do pé de feijão.

(Bem que podia ser um brigadeirão...)

O coelhinho fantasista estava Encantado.

Fascinado.

Entusiasmado.

Com as historinhas e com as comidinhas!

A fome, porém, não passou...

Apenas aumentou.

Afinal, as histórias alimentam a imaginação,

E ela... não acaba, não!...

Kate Lúcia Portela
Enviado por Kate Lúcia Portela em 25/12/2012
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