Era uma vez um sapo

Era uma vez um sapo...

Grande, cheio de papo!

Não tinha moradia certa.

Aparecia dali e daqui

em qualquer praça deserta.

E coaxava...Como coaxava!

Não era um sapo qualquer.

Pulava elegantemente

fugindo da vista da gente.

Entre folhagens se escondia

durante o dia

mas, à noite, era o rei.

Até reluzia...

Parecia feliz

e ninguém contradizia.

Afinal, era o dono do pedaço

e não lhe limitavam o espaço.

Sapo maroto!

Era um sapo garoto,

de bem com a vida.

Sapo adolescente

que tudo julgava conhecer

Um dia ficou triste...

O mundo lhe pareceu diferente.

Estava cansado,

o coitado,

e nada mais o satisfazia.

Encolheu-se, desiludido,

no vazio arremetido.

Mas algo lhe estava reservado...

Numa tarde de verão,

saltitante de emoção,

uma jovem rapariga

dele se aproximou

e com todo o carinho

um beijo lhe ofertou.

De pronto o afoito sapinho

num belo jovem se transformou.

Casaram-se e foram felizes

pelo tempo que lhes restou...

Era uma vez um sapo

Que num beijo se encontrou...

SP, 27/05/2004

16:00 horas

Cleide Canton
Enviado por Cleide Canton em 10/08/2005
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