Borboleta Azul ( Pequeno Conto)

@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@ A Borboleta Azul

Manhã de primavera. O sol jorrava raios de luz, iluminando o jardim.

Beijando as flores, uma a uma, a borboleta gozava da sua liberdade e exibia um espetáculo de dança no ar. Assim bailando, beijou as rosas, os cravos, as margaridas e por fim o jasmim! O perfume que ele exalava, fez com que ela assentasse sobre ele e sugasse com prazer o seu néctar.

De repente, suas asas se afrouxaram e já quase sem vida, desceu ao solo. Suas anteninhas se fecharam procurando apoio uma na outra, como se fizesse uma oração.

Vieram as formigas e fizeram a sondagem. Morte comprovada. Avisaram as companheiras. Logo chegou um bando de operárias e levaram a pobrezinha para alimentar a sua família.

No outro dia, os raios do sol não encontraram a formosa borboleta que já fazia parte do cenário daquele jardim. Somente alguns pedacinhos de suas asas ainda cercavam a entrada do formigueiro que existia ali sob a relva molhada. Folhinhas secas picadas em miúdo se juntavam aos seus restos.

O jardim ficou triste. Mais triste ficou Mariana, que ao procurar pela borboleta, deu com os seus restos sob a grama ainda cheia de orvalho. .Assentou-se ali e começou a juntar os pedacinhos das asas tentando reproduzi-las. Só conseguia dizer em soluços consigo mesma:

__Eu não lhe disse, jardineiro, que não podia usar inseticida no meu jardim? Olha o que você fez com a minha borboleta Azul!...

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Águeda Mendes da Silva
Enviado por Águeda Mendes da Silva em 30/04/2013
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