Uma Janela para a infância

De repente o céu

Destacou-se mais que devia

E o azul ficou mais azul

Tão radiante, vesti-me de infância novamente

Na janela, parei e contemplei,

Ganhei meu tempo de volta

No vai vem do vento

Meus olhos brilharam

Vi-me perfeita moleca

Correndo, pulando

As tranças da boneca

Davam vida aquele instante

De repente ficou eterno

A gritaria dos meninos

Dava ritmo pulsando

Meu coração

As coisas de antes

Pairavam a minha lembrança de criança

As tarde longas de um verão intenso

Com sabor de arroz doce

E as noites escuras

Exalavam jasmim

Pirilampos fugiam

Das nossas travessuras

Angeluar
Enviado por Angeluar em 12/10/2013
Reeditado em 12/10/2013
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