Um papo descontraído sobre a MORTE

Você vai morrer!

Desculpe-me, mas não consegui melhor maneira para te dizer. Como é importante o nosso derradeiro (concebido como o "fim")! Sim, você vai morrer, mas não se preocupe. Como somos tolos e medrosos! Agradeça à onipresença, onisciência, onipotência (onipresença, oni's? Hum, isso me lembra alguém)... da morte, pois é esta, tão bela e tão paciente, que nos ensina o que é felicidade. (Imagine-se sem amor... "AI MEU DEUS, NÃO CONSIGO, SERIA UM CAOS!") A morte lhe deu um presente de 86.400 segundos hoje, você usou um para dizer obrigado? (modificação sacana da frase "Deus lhe deu um presente de 86.400 segundos hoje. Você usou um para dizer obrigado?")

Algum psicólogo maluco disse que toda nossa tristeza, por motivo mais banal que seja causada, tem uma relação inconsciente ao nosso medo de morrer. Mas, pera aí! Como assim "medo de morrer"?

Ah, sim... claro. Todas as pessoas que conhecemos, nossos amores brevemente eternos da vida, nosso afeto pelo material e por nosso corpo... e por aí vai. Como é triste isso, não é? Levamos anos para construir um castelo para que de repente uma tempestade o leve ao fim total. (O que seria de nós sem o cristianismo? "AI MEU DEUS, SERIA UM CAOS!") A morte pode ser a prova de que não existe fim, ou pode ser o que você quiser que seja, basta acreditar.

Dizem uns aí que há equilíbrio em tudo que pertence à natureza. (Concordo entusiasmado, com emoção: não há melhor coisa que buscar os "opostos" que se equilibram, para mim. Morrerei com a idéia de que se existe +1, existe também o -1, vejamos: +1-1 = 0. Explêndido!) Então, se a vida é a existência, a morte é o oposto: a inexistência. O que é existência? Aliás, tenho uma pergunta melhor: O que é o quê? Tenho outra, melhor ainda: Quem foi o maluco que inventou a filosofia?

Segundo eu mesmo, estar vivo é não saber que está morto. E se quiser pensar ao contrário, também dá. (Aliás, o que seria de nós sem a morte? "AI MEU DEUS, SERIA..." eu sei, seria um caos!)

Enfim, aqui, pronto para acabar meu texto, percebo que nada adiantou tanto escrever (ou será que sim?). Quando algum conhecido morrer, vou chorar. Quando eu morrer, também lamentarão. Sendo assim, a morte é a morte, simplesmente única. Meu texto está todo anulado. Tchau.

(Venha morte, chegue perto, mas sem pressa. Eu te espero!)

Calor do cão
Enviado por Calor do cão em 24/04/2007
Reeditado em 28/07/2007
Código do texto: T461599