A Lenda do Vulcão

Há muitos e muitos anos

Numa certa região

Morava numa montanha

Um forte e grande vulcão.

Era o terror da aldeia

Com sua voz de trovão

Cuspindo larvas vermelhas

Fazendo destruição.

Quando o vulcão se zangava

Descia que nem um louco

Destruindo toda aldeia

Com sua língua de fogo.

Por amor à sua terra

O povo não se mudou.

E com força e esperança.

Na sua aldeia ficou.

Tudo foi reconstruido

As casinhas, o jardim

A igreja, a torre, o sino

O cercado de jasmim.

Alguns anos se passaram

O vulcão adormeceu

Todos viviam felizes

A aldeia renasceu.

Mas o demônio das trevas

Ao vulcão logo ordenou

Que lavasse toda a aldeia

Com sua água de calor.

Dizem que naquela noite.

O vulcão pos-se a chorar

Pois amava os pescadores

E as crianças do lugar.

E o demônio das trevas

Ao vulcão não deu ouvido

Disse _ Derrama sua lavra

Tudo vai ser destruido.

Conta a lenda que às seis horas

Na igreja o sino tocou

E o vulcão pediu a Deus

Que lhe tirasse o calor.

Anjos da Ave Maria

Com suas roupas de algodão

Voaram sobre a cratera

Abençoando o vulcão.

Apavorado o demônio

Que não conhecia a luz

Foi tragado pela terra.

Pelos Anjos de Jesus.

Nesse momento o vulcão

Entrou em erupção

Suas lavras viraram flores

Perfumando todo o chão.

Desde o dia do milagre

Muita coisa aconteceu

Seu topo cobriu de flores

E o arco-iris nasceu.

Dizem que ao tocar de Angelus

Quem olha para o vulcão

Vê no meio do canteiro

Um enorme coração.

Thereza Fialho
Enviado por Thereza Fialho em 04/05/2007
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