= A linda história de Lucinda =

Lucinda, uma moça linda, olhos azuis, longos cabelos louros, pele alvinha, caminhava pela trilha ao redor de uma lagoa, absorta em seus pensamentos, achando um absurdo ela assim, tão bonita, ainda não ter não ter se casado. Não tendo sequer, até então um namorado. Sério, de verdade. Tivera só uns namoricos que não progrediram.

Quando finalmente chegará meu tão sonhado príncipe encantado, perguntava-se constantemente. E torcia muito para que isso logo acontecesse.

Foi então, que ela tão distraída estava que até se assustou com um Óooiinc, vindo de uma moitinha ao lado da trilha.

Lá estava um sapo lindo, olhos esbugalhados olhando fixamente para Lucinda, com a boca fazendo biquinho, parecendo pedir um beijinho.

Ela emocionada pensou, finalmente, deve ser ele, o meu príncipe encantado.

Não perdeu tempo, abaixou-se e o segurou nas mãos, levantou-o até a altura do rosto e deu-lhe um selinho e pra garantir, uma bitoquinha.

E Zásssss!, fez-se o encanto! Ela se transformou numa belíssima sapa.

Foi um amor assim tão fulminante, uma paixão tão apaixonante, que ali mesmo, naquele instante, jurando amor eterno, se casaram e mergulharam na lagoa e partiram para uma linda lua de mel de duas semanas.

Felizes, logo aumentou a família. Tiveram a primeira ninhada de girinos.

Uma graça. Um mais fofinho que o outro. Difícil foi escolher nome para todos. Depois de muito pensarem, optaram por numerá -los, e cada um em fila, ganhou seu cracházinho. Logo eram sapinhos e sapinhas saltitantes brincando, pulando e nadando pra lá e pra cá, o que os deixava transbordantes de felicidade.

E ano após ano, muitas ninhadas de girinos após ninhadas de girinos povoaram a lagoa inteira, antes quase vazia.

Apesar das dificuldades, da água fria no inverno, pouca nas secas, Lu, como a chama carinhosamente o marido e Cururu, como ela também carinhosamente o chama, pois nunca gostou de abreviar os nomes, são felizes e sentem-se realizados.

Hoje, já velhinhos, continuam se amando muito. E não se largam. Estão sempre juntos tomando conta de ninhadas de girinos e sapinhos seus netos, bisnetos e tataranetos.

E Cururu volta e meia fala pra Lu:

- Não te falei, Lu? Que nosso amor era incondicional e que nós iríamos ser felizes para sempre?

E Lu, com seu charmoso sotaque caipira do interiorr, pois a lagoa deles fica em Bauru responde:

- É verrdade, Cururu!

= Roberto Coradini { bp } =

03//07//2015

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Interação do amigo Poeta Stelo Queiroga, pela

qual agradeço de coração:

"Uma linda estória amigo

Provém das almas mais belas

Fui testemunha e te digo

São felizes ele e ela

Sou padrinho da caçula

O apelido é pula-pula

Meia sete é o nome dela"

- Stelo Queiroga -

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