O Gato de Botas e a Viagem no Tempo

No meio da floresta havia uma coisa estranha e todos corriam para ver do que se tratava. O Gato de Botas com toda a sua astúcia conseguiu abri-la, e percebeu que se tratava de uma máquina do tempo.

E muito empolgado com o achado, resolveu conhecer o Brasil, quando ainda nem se chamava Brasil, e quando chegou ficou chocado com a quantidade de índios que aqui viviam em 1500. Eles andavam nus, tomavam banhos todos os dias, viviam da pesca, caça e da agricultura, dependendo da sua tribo, e todos trabalhavam para o bem da comunidade e sua religião era politeísta.

E em 22 de abril de 1500 desembarcaram justamente na praia, justamente onde se encontrava o Gato de Botas, os portugueses. Com muitas novidades para os nativos que aqui se encontrava, e praticaram o escambo, fizeram logo amizade com os índios. Mas, as novas terras não causaram muito interesse ao rei de Portugal.

E o Gato de Botas programou a máquina do tempo para leva-lo até o ano de 1532, quando a expedição de Martin Afonso de Sousa, chega ao Brasil, com algumas famílias portuguesas trazendo as primeiras mudas de cana-de-açúcar. Nesse momento os índios passam a ser escravizado, além da extração do pau Brasil, também são obrigados a trabalhar na agricultura, a mudar de religião e viver de acordo com a cultura europeia. Perdendo, então, as suas terras pelas quais lutam até hoje.

O Gato de Botas, como bom explorador que sempre foi entra novamente em sua máquina do tempo avança até meados de 1549, onde os indígenas foram substituídos por africanos, e por ordem do rei de Portugal cada colono poderia ter até 120 escravos. Comovido todo o sofrimento daquele povo, o Gato faz uma nova viagem no tempo e chega até 1888, quando é decretada depois de muita luta a Lei Áurea, que abolia a escravidão depois de mais de 300 anos.

Então, o Gato de Botas volta para o reino encantado contando tudo que viu depois que entrou na máquina, e todos do reino também quiseram entrar na mesma e conhecer os mais diversos lugares.