A FESTA NO CÉU

A Festa

no

Céu

Filipe Enndrio

Ato único

Cenário de uma floresta, Seu Jabuti entra andando lentamente.

S. Jabuti – Eu gosto de morar aqui na floresta, sabe? Mas ultimamente anda tão parada, nem o vento que é sempre convidado anda passando por aqui. Dona Calmaria veio nos visitar e por aqui ficou. O grilo que sempre cantava, resolveu ir morar na cidade grande. O Beija flor que era muito amigo meu foi morar no exterior em busca de flores mais raras para beijar... Aquele beijoqueiro hihihihi! O mico leão dourado e a arara azul desapareceram sem deixar rastros. Só sobraram eu e uns quatro ou cincos bichos que insistem em viver por aqui. A floresta é minha casa, e não há nada melhor que nosso lar. Mas que precisa voltar a ser movimentada isso precisa.

D. Arara entra gritando

D. Arara – Arara! Arara! Alerta! Alerta a todos os bichos! Acaba de chegar uma carta do céu. Arara!

S. Jabuti – Do céu, dona Arara?

D. Arara – Do céu, seu Jabuti. Já pensou?

S. Jabuti – Pensar, eu já pensei. Penso toda hora. Agora abra logo e veja o que diz nessa carta.

D. Arara – (lendo) Vai haver uma festa no céu... Arara!

S. Jabuti – Uma festa? Lá em cima?

D. Arara – (lendo) A festa acontecerá hoje ao cair do sol...

S. Jabuti – Nesse caso, de noite.

D. Arara – Exatamente!

S. Jabuti – Mas essa notícia é maravilhosa! Eu acabei de falar que a floresta tava precisando dar adeus a dona calmaria. Vou me arrumar e ficar bem bonito. Eu não perco essa festa por nada!

D. Arara – S. Jabuti!

S. Jabuti – A senhora, dona Arara, já tem companhia?

D. Arara – S. Jabuti!

S. Jabuti – Que perfume devo usar? Aquele com aroma de maracujá ou aquele com aroma de pitanga?

D. Arara – S. jabutiiiiiii!!! Preste atenção que a carta ainda não terminou. Arara!

S. Jabuti – Ah me desculpe D. Arara! Acabei me empolgando! Continue, continue...

D. Arara – Muito obrigada! Que Jabuti é esse? Arara! Eu hein. Continuaaaando! Arara! (lendo) Todos os animais que VOAM estão convidados.

S. Jabuti – Uhuuu! Vai ter festa! E eu vou voaaando pra lá... Como é que é? (toma a carta da Arara) Todos os animais que voam? Como assim? Preconceito conosco bichos terrestres. E Agora?

D. Arara – Agora eu vou passar no bazar da floresta e tentar achar alguma coisa no meu número, Arara! Eu estou imensa de gorda!

S. Jabuti – Hã?

D. Arara – Não precisa fazer essa cara, S. Jabuti. Uma arara sabe reconhecer quando está alguns quilos a cima do peso. Arara! Deve ter sido aquelas sementes de melancia que comi hoje pela manhã! Arara! Eu não entro em mais roupa nenhuma S. Jabuti! Arara! Arara! Arara! Não concorda comigo que estou praticamente um tatu bola?

S. Jabuti – D. Arara, a senhora está ótima!

D. Arara – O senhor só está sendo gentil! Arara!

S. Jabuti – É sério, inclusive eu nunca sei quando a senhora está de lado ou está de frente de tão magra que a senhora está, eu acho que a senhora dorme na agulha e se cobre com a linha.

D. Arara – Sem piadinhas S. Jabuti! (Chorando dramática) Vou pegar um lençol e fazer uma roupa para usar na festa, é o que resta. Arara! Preciso fazer uma dieta urgente! Mas essa festa eu não perco por nada! Arara! Arara! Arara! (sai)

S. Jabuti – Essa aí é maluquinha! Eu nunca pensei que eu ia ficar triste por não ter um par de asas. Eu preciso ir pra essa festa. Eu tenho que dar um jeito nisso. Uma festa acontecendo no céu e eu vou perder? Não vou mesmo.

Entra S. Urubu com uma guitarra e cantando uma música

Urubu:

Eu sou o urubu

Uhu

Eu sou o urubu

Uhu

Eu sou o urubu

(2x)

Eu toco a minha guitarra

Pro meu sonho realizar

E quando eu for famoso

Quero ver quem vai zoar

(2x)

S. Jabuti – (Aplaudindo) Chegou o grande astro dessa floresta! Como o senhor anda passando Urubu?

Urubu – Tentando administrar essa correria de astro do rock meu caro Jabuti. Essa vida de pop star, tendo que voar pra lá e pra cá, pra cá e pra lá, não é fácil. Meus fãs são meu combustível, sacas?

S. Jabuti – Bem posso imaginar. O senhor já ficou sabendo da grande festa que vai acontecer hoje à noite no céu?

Urubu – Mas é claro, fui o primeiro a ficar sabendo. Afinal, quem você acha que vai abrilhantar esta festa com um show repleto de muito rock’n roll?

S. Jabuti – O senhor?

Urubu – Claro! O único, o inigualável, o formidável: Urubu!

S. Jabuti – Que bom! Então nos vemos por lá.

Urubu – Como é brow? O que eu fiquei sabendo é que só os animais que voam podem ir. Até onde eu sei Jabuti não voa. Ou voa?

S. Jabuti – Não voa. Mas eu estarei lá seu Urubu. Pode escrever o que estou lhe dizendo.

Urubu – Escrever? Só escrevo rock parceiro. Música boa e de qualidade, sacou?

Pequeno Sabiá entra com um celular e aborda o Urubu

Pequeno Sabiá – Eu não acredito que finalmente pude conhecer o sensacional Urubu! Sou muito fã das suas músicas! Uma selfie! Vou postar agora mesmo! Não acreditooooo! Eu na frente de Urubu. Hoje à noite estaremos lá em seu show...

Urubu – Muito obrigado meu pequeno fã... Mas agora preciso ir. Tenho que aquecer minha voz para o show de hoje à noite. (sai)

Pequeno sabiá – Ah! Esse é o cara. Sou muito fã dele S. Jabuti!

S. Jabuti – Pequeno Sabiá...

Pequeno Sabiá – Esse sou eu. O que mandas S. Jabuti?

S. Jabuti – Você é uma ave não é mesmo?

Pequeno Sabiá – Desde que nasci.

S. Jabuti – Toda ave tem penas, não é?

Pequeno Sabiá – O senhor é bem observador. Tô impressionado!

S. jabuti – E se é uma ave, e tem penas... Deve ter asas, estou certo?

Pequeno Sabiá – O senhor está bem S. Jabuti? Já tomou seu remédio hoje?

S. Jabuti – Ou seja, todo bicho que tem asas, voa.

Pequeno Sabiá – Nem todos, viu? A dona Maria galinha, por exemplo, nunca aprendeu a voar, coitada. E o Jorge Avestruz, como ta acima do peso não consegue nem sair do chão...

S. Jabuti – Mas você voa, não voa pequeno Sabiá?

Pequeno Sabiá – Melhor que muita ave de rapina! Mas onde o senhor está querendo chegar com essa conversa S. Jabuti?

S. Jabuti – Sabe o que é: Eu queria muito ir à festa lá de cima. Mas só os bichos que voam foram convidados. Quem sabe se eu não aprendesse a voar eu...

Pequeno Sabiá – E desde quando Jabuti voa? Onde estão suas asas? Nem ave o senhor é. Cadê suas penas? Acho que não vai rolar, hein.

S. Jabuti – Não é possível que só os bichos de penas possam voar. O bicho homem inventou uma máquina gigante que voa.

Pequeno Sabiá – Se chama avião!

S. jabuti – E se nós inventássemos uma máquina desta? Que me ajudasse a voar? E assim eu conseguiria aproveitar a festa no céu.

Pequeno Sabiá – O senhor acha que isso vai dar certo, S. Jabuti?

S. Jabuti – Se você me ajudar...

Pequeno Sabiá – Não sei se posso...

S. Jabuti – Te dou trinta sementes de girassol!

Pequeno Sabiá – Por onde começamos???

Ao som de uma música divertida os dois tentam várias formas diferentes para fazer o S. Jabuti voar. Nenhuma dar certo e os dois desistem.

Pequeno Sabiá – Ih! Eu acho que Jabuti não voa mesmo.

S. Jabuti – Eu vou ter que arrumar outra forma de chegar lá naquela festa. Eu não vou desistir nunca. Sou um Jabuti brasileiro.

Pequeno Sabiá – Boa sorte! Agora eu tenho que ir me arrumar porque eu não perco esta festa por nada! O senhor me deve trinta sementes, hein? Até mais S. Jabuti. (sai)

S. Jabuti – (desolado) Até mais, Pequeno Sabiá!

Urubu volta cantando sua música

Urubu –

Eu sou o urubu

Uhu

Eu sou o urubu

Uhu

Eu sou o urubu

(2x)

Eu toco a minha guitarra

Pro meu sonho realizar

E quando eu for famoso

Quero ver quem vai zoar

(2x)

Urubu sai

S. Jabuti – Mas que grande idéia! Como eu não pensei nisso antes, uai! Eu vou nesta festa sim e de carona. Não perco por nada. (sai)

Voltam D. Arara, Urubu e o Pequeno Sabiá

D. Arara – Estou muito Ansiosa. Arara!

Pequeno Sabiá! – (Assustando-se) Ai dona Arara! A senhora podia gritar seu nome mais longe do meu ouvido? Quase fiquei surdo.

Urubu – Já aqueci minha voz e afinei minha Guitarra. Hoje será uma grande festa. Hoje é dia de rock bebê!

Pequeno Sabiá – Uma pena que S. Jabuti não possa ir.

D. Arara – Só vai bicho que voa. E ainda por cima, o que faria um jabuti numa festa onde só tem aves, hein? Arara!

Todos riem

Urubu – Então vamos lá galera animada!

D. Arara – Esperem! Acho que não vou conseguir voar! Não vou conseguir!

Pequeno Sabiá – Porque D. Arara? O que houve? Não se sente bem?

D. Arara – Eu estou... eu estou... imensa de gorda! Arara! Acho que quando chegar na metade do caminho vou me cansar, minhas asas não estão acostumadas a levar tanto peso assim... Arara!

Urubu – Ih olha pra ela... A senhora gorda?

Pequeno Sabiá – A senhora está magrinha D. Arara!

D. Arara – Não adianta mentir pra mim. Eu tenho espelho no meu ninho. Arara! Mas já comecei uma dieta que vou perder uns dez quilos. Arara!

Urubu – Se a D. Arara perder dez quilos vai sumir aê! (risos)

Pequeno Sabiá – Vamos pelo menos tentar, D. Arara. Eu tenho certeza que a senhora consegue.

D. Arara – É verdade! E essa festa eu não perco. Arara! Será que vai ter docinhos? Tá vendo? Eu só penso em comida.

Urubu – Então chega de lorotas e vamos que a festa nos espera. Preparar eeeeeee decolar!

Os atores correm pela platéia batendo as asas como se voassem

Cortina fecha para troca do cenário da floresta para o céu

Pequeno Sabiá – Alguém sabe o endereço?

D. Arara – Não tem erro. É só subir! Araraaaa!

Pequeno Sabiá – D. Arara! Eu sempre quis lhe perguntar isso. Porque a senhora sempre repete seu nome. Todos sabem que a senhora se chama D. Arara. E, no entanto, a senhora insiste em repeti-lo sem a menor explicação.

D. Arara – É um defeito de nascença. É mais forte do que eu... Arara! Viu? Eu não consigo controlar. Arara!

Urubu – Acho que estou ficando velho, passarinhada experta. Esta guitarra está cada dia mais pesada.

D. Arara – Já não será hora de pensar em uma aposentadoria e colocar alguém no seu lugar Urubu? Alguém assim como eu, bonita, colorida, charmosa e afinada. Araraaaaa!

Pequeno Sabiá – Ou alguém como eu. Que conhece tudo sobre sua vida, e é muito fã. Posso cantar todas as suas músicas... Sei todas de cór.

Urubu – Muito obrigado aos companheiros, mas, ainda preciso cantar muito para os meus fãs!

Pequeno Sabiá – Já estamos chegando D. Arara?

D. Arara – Sim, naquela nuvem! Arara! Deve ser lá. Vai começar...

Todos – A festa no céu!!!

Abre-se as cortinas

O cenário é de uma nuvem com enfeites de uma festa, como balões, confete, serpentina e muitas luzes.

Urubu – Atenção Passarinhada! Vai começar a festa no céu! Solta esse rock alto astral aí DJ!

Música de festa. Todos dançam comicamente.

Urubu vai pra frente como um apresentador.

Urubu – Agora chegou a hora mais esperada desta noite senhores pássaros e “passaras”! A hora de mostrar o seu talento! E o primeiro inscrito vem de lá da floresta fechada, vem mostrando o que sabe fazer. Muitos aplausos para o Pequeno Sabiá.

O pequeno Sabiá entra e canta sua música: “Sabia lá na gaiola”

Som de aplauso

Urubu – Que irado, Pequeno Sabiá! Não sabia que cantava desse jeito parceiro.

Pequeno Sabiá – Canto desde que quebrei a casca do ovo.

Urubu – Muito maneiro, curti de montão aí. Vocês gostaram passarinhada? E agora vamos receber ela que canta e encanta com suas plumas de cores tão vivas quanto o próprio sol. Com vocês: D. Arara!

D. Arara faz seu show cantando “All about that bass”.

Urubu – Bravo! Agitou a rapaziada. Depois da animação contagiante da D. Arara, vamos ao último participante. (lendo uma ficha) Como é? Como ele... Isso aqui ta certo, parceiro? Bem, então vamos chamar ele... S. jabuti!

S. Jabuti entra e canta sua música “O jabuti”

Urubu – Muito bem, S. Jabuti! Foi até um show irado, mas o que todos querem saber é: Como conseguiu chegar aqui?

S. Jabuti – Ué. Vim voando, oras!

D. Arara – Voando? Arara! E desde quando Jabuti voa, S. Jabuti?

Pequeno Sabiá – Todas as idéias que tivemos pra voar não deram certo. Como o senhor conseguiu chegar tão alto?

S. Jabuti – Eu dei meu jeito pessoal! Agora vamos curtir a festa. E pelo visto D. Calmaria não foi convidada.

Urubu – Nem dona Calmaria, nem bicho que não voa. S. Jabuti, eu preciso que o senhor nos conte como fez para chegar na festa. Tô boladão com esse Jabuti!

D. Arara – Urubu tem razão. Arara! Esta sua história está muito mal contada.

Pequeno Sabiá – O senhor deu um salto bem alto e conseguiu alcançar a nuvem?

S. Jabuti – Não foi nada disso! Está bem. Eu vou contar. Como sou um Jabuti experto e não queria perder esta festa por nada nesse mundo. Tive a brilhante idéia de vim de carona.

Todos – Carona?

D. Arara – Como assim?

S. Jabuti – Peguei carona na guitarra do Urubu! Primeira classe. Serviram até barrinha de cereal lá dentro. Hihihi!

Urubu – Dentro da minha guitarra? Novinha? Sem minha permissão? Mas isso é um absurdo parceiro.

Pequeno Sabiá – iih! Acho que a coisa vai ficar feia.

Urubu – O senhor não podia ter feito isso, S. Jabuti. Estou completamente “indignaldo” com o senhor.

Pequeno Sabiá – Quem é “Indignaldo”?

D. Arara – E como pretendia voltar lá pra baixo?

S. Jabuti – Da mesma forma que cheguei aqui. De carona na guitarra do Urubu.

Urubu – A festa acabou! Na minha guitarra novinha é que o senhor não vai! Vou vazar! Fui! (sai)

D. Arara – Eu não tenho onde lhe carregar. (sai)

Pequeno Sabiá – Olhe meu tamanho, eu não consigo carregar tanto peso voando. (sai)

S. Jabuti – Mas eu não peso muito! Voltem aqui! Como eu vou fazer pra voltar pra terra?

Os três só a cabeça de dentro da coxia – VAI VOANDO!!!

S. Jabuti – Mas Jabuti não voa. E agora o que eu vou fazer? Será que se eu pular o tombo será muito grande? Mas eu não tenho escolha. Terra! Sai da frente que eu tô chegando! (pula)

(blackout)

Fecha-se a cortina para troca de cenário

Músicas para os passarinhos voarem

Atores batem asas pelos corredores da platéia

Pequeno Sabiá – O senhor ficou chateado com o S. Jabuti, seu Urubu?

Urubu – Eu jamais imaginei que um parceiro meu iria fazer uma trairagem dessas. Mó sacanagem aê!

D. Arara – Agora está explicado porque a guitarra do Urubu pesava tanto. Arara!

Grito do S. Jabuti

Pequeno Sabiá – Vocês ouviram?

Urubu – Não pode ser...

D. Arara – Parecia a voz do...

Todos – S. Jabuti!

Urubu – Será que ele...

D. Arara – Realmente decidiu...

Pequeno Sabiá – Descer voando?

Todos – Mas Jabuti não voa!!!

Entram em cena

Cenário da floresta, S. Jabuti sem o casco está caído no chão

Pequeno Sabiá – (admirado) Ele pulou lá do céu.

D. Arara – Melhor chamar o SAMU da Floresta!

Urubu – Ele parece diferente!

Pequeno Sabiá – O Casco... Quebrou!

S. Jabuti – (voz baixa) Colem meu casco! Sem ele eu não sou nada.

D. Arara – Todos recolhendo os caquinhos do casco do S. jabuti. Vamos colar. Arara!

Todos pegam pedaços do casco e o Pequeno Sabiá pega uma lata de cola. Colam o casco e S. Jabuti se recupera logo. Seu Casco agora tem a aparência de vários quadradinhos.

Pequeno Sabiá – O senhor se sente bem, S. Jabuti?

S. Jabuti – Sim, o meu casco amorteceu a queda. Olhem! Como ficou legal. Adorei. A partir de agora todos os jabutis, tartarugas e cágados terão esta aparência!

Urubu – S. jabuti. O senhor nos perdoa por ter abandonado o senhor lá no céu? Alivia aí nosso lado, irmão! Vá lá! Alivie aí.

S. Jabuti – Me desculpem vocês, meus amigos passarinhos. Eu fui muito tolo de achar que eu poderia ir para um lugar que era proibido pra mim. De agora em diante, só festas rasteiras. Com os pés bem colados no chão frio da floresta.

Pequeno Sabiá – Eu tenho uma idéia. Que tal se nós promovêssemos uma festa aqui mesmo, em baixo, na floresta. Só assim a gente mandava D. Calmaria embora de vez.

S. Jabuti – Ótima idéia, pequeno Sabiá! Então vamos à festa na Floresta!

D. Arara – Já me animei! ARARA!

Todos – Aii meu ouvido!

D. Arara – (risinho) Desculpem! (baixinho) Arara!

Urubu – Então som na caixa Dj!

Música final

Fim.

Filipe Enndrio

2 de setembro de 2015