O SABIÁ E A CORUJA





Um sabia muito esperto
Escolheu fazer seu ninho
Em uma árvore bem perto
Da torre de um moinho
Para se sentir seguro
Seguindo em seu caminho


Ali colocou os galhos
Que alegremente trazia
Tecendo bem cuidadoso
Um berço para suas crias
Não percebendo que a coruja
Atenta a tudo assim via


Segui na sua intenção
De seus filhotes criar
Mas a malvada coruja
Permanecia a espreitar
Aguardando o momento
Daquele ninho atacar

Se passaram então os dias
Do filhotinho nascer
Dona coruja apressada
Mal espera ele crescer
Logo ataca o belo ninho
Mata depois vai comer



O sabia que voltava
Fora buscar alimento
Percebe logo a tragédia
Começando seu lamento
Fica tristonho cantando
Sua dor seu sofrimento



Sabemos que o animal
Sofre por não defender
Sua prole e seu igual
O seu cantar e um doer
Só entende quem um dia
Teve o mesmo desprazer


A coruja muito astuta
Percebe que o sabiá
Se aproximava dali
Começa logo a voar
Não quer parecer que fora
Quem destruiu o seu lar


Mesmo o sabia sem forças
Procurou outro lugar
Onde nunca uma coruja
Conseguisse o encontrar
E junto com a companheira
Trançaram um novo lar

A coruja esta coitada
Logo encontrou pela frente
Um gavião bem faminto
Que investiu de repente
Ela sem o perceber
Sofreu  o seu mal recente

É assim na natureza
Também é na vida humana
Quem não quer provar o mal
A maldade não proclama
Para ter paz e harmonia
Faça do amor sua cama
(Lbxavier)
10-02-2018
Lindalva Borba
Enviado por Lindalva Borba em 10/02/2018
Reeditado em 10/02/2018
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