EUFORIA DOS PASSARINHOS

Aquela noite a lua apareceu no meio da madrugada, clareou tanto que o galo José achando que era dia começou a cantar e logo outros galos pegaram o canto e virou aquela sinfonia.

O sol que ainda dormia sonolento nem havia começado a tecer as horas para anunciar um novo dia. Revoltado resolveu atrasar o relógio e convidou as nuvens para atrapalharem a ousadia daquele galo assanhado. Assim o céu escureceu encobriu a lua e a noite voltou a dormir. Mas àquela hora já tinha bagunçado tudo, os passarinhos despertaram alvoraçados voavam dos seus ninhos bebiam gotas de orvalho e abriam os bicos afinados cantando com toda a sua ousadia.

O bem-te-vi abriu a janela viu o sabiá cochilando, olhou com desdém e gritou: Bem-te-vi... Bem-te-vi fazendo com que a pobre do sabiá quase caísse do galho, o passarinho no seu canto matinal queria mostrar que nada passava despercebido e olhando para as nuvens cantarolou; Bem-te-vi... Bem-te-vi...

A chuva fininha chegou apaziguando aquela euforia dos passarinhos espantou o vento que alvoraçado sacudia os galhos como se quisesse arrancar suas folhas. O sabiá encolheu-se com as suas penas arrepiadas pelo frio enquanto outros passarinhos continuavam exibindo seus cantos.

E o sol sonolento na maior preguiça continuava sem abri os olhos deixando que as nuvens trabalhassem.

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 02/08/2018
Código do texto: T6407578
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.