Olhares...

 
Olhares meigos e sublimes, só desejos de muitos afetos, brincadeiras e carinhos
Olhares de fome e fascínios, constrangedores e de apreensões, quero meu ninho
Olhares sorridentes e incisivos, ocultando algo! Alguém me deixou aqui sozinho...

Olhares de ternura, no afago terno e gentil de um ente querido que te aconchegou
Olhares de curiosidade! “O que é isso? Vou pegar e provar?” Hum! Não gostou...
Olhares de meiguice, adoro minha casa, meu berço, posso fazer bagunça: Olhou.

Olhares de preciosidades quando vejo papai e mamãe, meus deuses! Proteção...
Olhares de doçura! Uma delícia viver assim, curtindo o papai e a mamãe. Paixão!
Olhares de leveza depois do meu bom banho, mamar, dormir: descansar. Razão!

Olhares travessos, quero colo, já cansei deste sombrio solo. Senão eu vou chorar
Olhares de não gostei desta comida estranha: só quero meu leite morno e nanar
Olhares de onde está meu bom degustar? Segura a mamadeira, meu bem-estar.

Mamãe atenta aos olhares responde aos anseios. Irei satisfazer para seu deleite
Experimentarás coisas deliciosas, comidas macias, até virem teus dentes de leite
Enquanto isso, vamos diversificar e experimentar. Então veja, acredite, aceite!



Texto imagem: Miriam Carmignan