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SACI PERERE:
O protetor das florestas!

Todo dia bem cedinho
Bem assim desta maneira
Batia na minha janela
O galho da laranjeira;
Eu corria e nada via
Eu chamava e nada vinha
Me escondia na espreita
Pra ver se surpreendia
O que era aquele sinal
Vindo da escuridão
E logo que aparecia o sol
O que eu não via, se camuflava
De balançar, o galho parava
E não batia mais na janela, não!
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E isso era todo dia
No finalzinho da madrugada
Vou confessar um segredo
Se no começo tinha medo
Logo fui me acostumando
Um pouco assustado, mas gostando
Do galho sempre ruçando
A janela da minha casa!
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Sabia que não era maldade
Porque me deixava feliz
Mas bastava vir a luz
Sumia da frente do meu nariz
Não conseguia entender
O que tinha a ver a felicidade
Só que depois da chegada do sol
O galho se recolheia
Na vinda da claridade!
 
Então num certo dia
Melhor, logo no findar da noite
Estava por perto e me escondia
Observando a situação
Pude ver que se achegava
Um visitante esquisito
Com uma toca cor de fogo
Mais simpático, que bonito
E muito, muito misterioso!
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Quando me viu se assustou
Mas eu o tranquilizei
Disse que era seu amigo
Não tinha nenhum perigo
E que não queria fazê-lo mal;
Nessa hora o convidei
Para entrar e tomar café
Vi que só tinha um pé
E pulava o tempo todo
Brincalhão, me fez de bobo
Mas ganhei sua amizade
E daquele dia em diante
Entendi o porquê do seu medo
Pois a luz do sol o revelava
Na chegda da claridade!
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