A lenda do Grande Guaiamu

Lá pelas bandas do território de Tinharé, mas precisamente em Morro de São Paulo existe uma grande reserva ambiental dos guaiamus, para quem não sabe que bicho é este, trata-se de um crustáceo da família dos caranguejos que é de cor azul e a sua fêmea é cor de areia chamada pata choca.

Em um período do ano que começa mais ou menos em janeiro findando no mês de março, eles fazem a andada para se reproduzir, neste tempo é proibido a pesca e o abate, pois o homem como bom predador que é comeu tanto o bichinho que está em vias de extinção.

Como pra tudo na vida há uma saída, nessa fazenda há vários de todo tamanho,uma lindeza de se ver fim de tarde e qualquer vacilo eles roubam objetos dos vaciladores que se deixam deslumbrar pela beleza local.

O que os humanos nem desconfiam é que, o que há por baixo dessa reserva é um imenso buraco onde vive o Grande Guaiamu com apetite tão voraz que faz com que os seus pequenos súditos trabalhem diuturnamente para o alimentar.

Ele se alimenta de tudo que é comestível cascas de frutas, resto de comidas, sanduíches tudo o que for de comer e o que não for comestível ele guarda como se tesouro fosse.

De tamanho imenso um metro de largura por um de comprimento, de um azul reluzente, suas pinças imensas não sendo pior porque diferentemente dos caranguejos suas patas não são cabeludas. Dizem que nas noites de lua minguante do ano bissexto ele escolhe uma data muito misteriosa para dá uma volta na pequena ilha. Não se assustem! Ele não é um ser maléfico, apesar de ser assustador, quem já o viu não permaneceu na ilha de tanto medo e prefere nem comentar sobre o assunto.

A missão desse enorme ser nada mais é que proteção enquanto permanecer a Vila de proteção a essa espécie ele não fará mal algum a quem quer que seja desde que todo o seu reinado mantenha-se protegido.

E aí? Como você reagiria se encontrasse o Grande Guaiamu na sua frente?

Entrou por uma porta saiu pela outra quem quiser que conte outra...

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 05/01/2020
Reeditado em 09/01/2020
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