Adilsom, o pássaro bonito voltou

 
Foi só correria pelas janelas cuidando em qual o danado iria parar. Eu e a Julia nem respirávamos direito para que o bonito não fosse embora novamente.

Ele chegou de mansinho e permaneceu olhando para dentro de casa, sem fazer qualquer movimento brusco.

A Julia pegou a bicicleta e saiu em disparada comprar alpiste, enquanto isso deixei algumas sementes de girassol e água para ele.

Já o adotamos no coração, ele voa de uma casa para outra na vizinhança durante o dia e no anoitecer se aconchega num ninho que provavelmente se apossou de algum outro passarinho num limoeiro bem fechado de folhas verdes, aqui na minha casa.

Também atacou meu pé de chuchuzinhos que estava cheio de flores brancas. Não tem problema, é tão bom vê-lo por aqui novamente, que vale a pena ficar sem fazer as conservas dos meus adoráveis chuchuzinhos.

A vizinhança está encantada com a leveza que ele vai de um lugar para outro e permanece silencioso ao lado de outros bichos, sem assustá-los.

Enquanto ele estiver por aqui, será bem-vindo, mas quando precisar ir, está livre, sem nenhuma gaiola para prendê-lo.




Texto e imagem: Miriam e Julia