A HISTÓRIA DE VAI-E-VEM

Lembro-me de uma história infantil que li quando criança, nos meus tempos de primário, numa escola pública de Governador Valadares, lá em Minas Gerais.

Não me recordo do texto todo, só uma parte. Contava a história de um marceneiro que batizara as suas ferramentas com onomatopaicos, assim: o formão, chamou de rompe-ferro; o martelo de tóc-tóc e o serrote de vai-e-vem.

Certo dia, o seu filho chegou e lhe disse:

- Papai, o seu Raimundo * veio pedir emprestado o vai-e-vem.

O marceneiro olhou para o seu filho e, bem sério, respondeu:

- Meu filho, volte lá e diga ao seu Raimundo o seguinte: se vai-e-vem fosse e viesse, vai-e-vem iria...Mas, como vai-e-vem vai e não vem, vai-e-vem não vai!!!

Percebo que desde criança já gostava de textos bem humorados, desses que nos fazem rir pelo que têm de inusitado e de diferente. Mas quem não gosta? Afinal, a boa literatura tem sempre que causar alguma emoção na gente, senão não vale a pena...

Por acaso alguém conhece ou tem esse texto na íntegra ou sabe a sua autoria?

* Como não me lembro do nome do personagem, batizei-o como Raimundo (porque existe uma ponte na minha cidade, sobre o rio Doce, a ponte São Raimundo...)

José de Castro
Enviado por José de Castro em 10/12/2007
Código do texto: T771811
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