A Formiguinha Tereza

Tereza, a formiguinha desobediente,

Sempre sonhou em ser independente,

Se indignava por ser tão pequenina,

E não queria seguir a rotina.

Certa vez, ela foi longe demais

Se distraiu, saiu da formação e ficou para trás

Procurou, procurou, mas não encontrou a trilha,

Temeu jamais encontrar a sua família

Sozinha naquela floresta imensa,

Ela se viu cada vez mais tensa

Tudo era tão aterrorizante,

Que ela logo se arrependeu de seu rompante.

Jurou que se conseguisse sair daquela fria,

Uma formiga obediente ela seria

Mas não acreditava que aquilo seria possível,

Pois a sua situação parecia irreversível.

Mas o seu tamanho diminuto,

Também podia ser um bom atributo

Muitos predadores a espreitavam, mas por sorte,

Ela se escondia nas folhas e escapava da morte.

Em meio ao desespero crescente,

Ela ouviu um choro estridente

E mesmo ainda muito assustada,

Em direção ao choro, saiu em disparada

A dona do choro era uma criatura esquisita

Que por ela nunca antes tinha sido vista

Tinha quatro patas, mas usava só duas para andar

Como os humanos dos quais já tinha ouvido falar

Mas ao seu ver, não era um humano de grande porte,

Parecia se tratar apenas de um filhote

E não era tão assustador como nas histórias que tinha ouvido

Ao invés disso, estava acuado e ferido.

Por um instante a formiguinha Tereza

Se esqueceu de sua própria tristeza

O humano com medo, estava a tremer

Mas era muito grande para se esconder.

De repente, luzes iluminaram o local,

Não eram os olhos de nenhum animal

Detrás das luzes surgiram alguns vultos

Que se mostraram serem de humanos adultos.

O filhote então se alegrou,

Correu até os adultos e os abraçou,

Certamente tinha se perdido da trilha,

Mas agora tinha reencontrado a sua família.

A formiguinha pensou por um instante

Após aquele encontro emocionante,

Que mesmo aquelas criaturas gigantes

Eram frágeis e fracas em alguns instantes.

Não era o tamanho que indicava fraqueza

Concluiu a pequena Tereza,

Pois quando as formigas estavam juntas

sempre venciam todas as labutas.

E então chorou amargamente,

Por ter sido tão inconsequente

E ali, perdida e sozinha

sentiu-se ainda mais miudinha.

A noite avançou e ela se escondeu

Pois, predadores procuravam alimento naquele breu

E se de manhã não tivesse virado comida,

Iria repensar totalmente a sua vida

O sol veio e espantou toda opressão

Devolvendo a alegria ao seu coração,

Quando viu que na verdade não estava

Tão longe de casa quanto pensava.

As suas irmãs operárias, seguindo em linha,

Levavam o alimento para a rainha,

Então Tereza tratou de se apressar,

correndo até elas para ajudar.

Depois do que passou naquela noite infernal

Ela enfim tinha aprendido a moral

De que fraco não é aquele que é pequenininho,

mas sim aquele que está sozinho.