"A batalha dos Cinco Reinos." A batalha de fogo. Cap 1

Carta do rei Amintor, de Eléon, terra do fogo.

Aos reis dos quatro reinos.

“A visão foi concretizada, devemos partir em busca do Escolhido.

Mandem seus homens de confiança.”

Capitulo 1

"O Infortuneo de Darla Lusbel"

primeira parte

Darla não podia acreditar em seu azar, de tudo o que lhe poderia acontecer foi logo o que ela mais temia: casar-se com um desconhecido. Estava revoltada e arrasada, achava que seu pai não tinha o direito de decidir com quem ela se casaria ou não, ela nem se quer conhecia o homem a quem foi prometida. E o pior de tudo, seu pai a ofereceu para salvar a dividas da família, como se ela fosse o pagamento de uma conta barata, uma moeda suja e sem valor algum. E isso a fazia ter cada dia mais raiva do pai,- Major Agenor- o que talvez fosse estranho, pois os dois eram extremamente parecidos, tanto na aparencia- ambos altos, de cabelo castanho claro e olhos cor de mel-, quanto na personalidade: duas pessoas realmente persistentes, corajosas, determinadas e acima de tudo: teimosos.

Mas darla ainda nao aceitava o casamento, e duvidava que um dia iria aceitar.

-você não pode fazer isso comigo, não é justo.- não parava ela de dizer.- não quero me casar agora, muito menos com um estranho, ofereça Clara ou Ana!

- Suas irmãs são muito moças pra casar darla, e eu sou seu pai e decido o que é melhor pra você, e o melhor pra você agora é se casar.

-Mas eu nem se quer conheço o homem, meu pai!

-Vai ter muito tempo para conhece-lo.- respondia o major, aborrecido.

-E se eu não gostar dele?

-Besteira, com o tempo agente se acostuma e acaba gostando.

Nos últimos dias darla andava agoniada e nervosa, pensava com um pavor cada vez mais crescente no casamento que seria dali a umas semanas.Seu olhar se voltava cada vez mais para as montanhas que rodeavam a pequena vila Calmaria, e seu coração batia mais rápido; sua mente tramava planos que a enchiam de medo e seu coração a puxava para lados perigosos; darla sempre teve secreto desejo de conhecer as montanhas, de um daí partir e viver grandes aventuras, para variar sua vida pacata e quem sabe um dia até mesmo viver um grande amor.

Mas agora tudo parecia perdido, o coronel parecia disposto a casar darla com o estranho a qualquer custo e darla não via modos de escapar desse destino. Enquanto pensava as estrelas começavam a salpicar o céu, Dora a mãe de darla, se aproximou devagar e disse num tom animado:

- amanha vamos comprar seu vestido de noiva! O que acha? Vamos até a cidade, umas das melhores custureiras! Seu futuro marido quem ira pagar tudo!

- Não quero nada daquele homem!- disse darla com raiva.- não quero nada que venha dele até a hora em que eu infelizmente, disser "sim". Podemos nós mesmos comprar meu vestido!

- Na verdade não darla, não podemos- disse dora deprimida.- é por isso que voce vai se casar, ele pode melhorar a condição da nossa familia. Estamos falidos!

- MAS EU NÃO SOU NENHUM OBJETO SEM VALOR OU UMA MOEDA SUJA QUE SE PODE BARGANHAR OU TROCAR!! VOCES NÃO TEM O DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO!

- Enquanto voce for minha filha,- falou uma voz grave atras de darla. Era o agenor parado a porta com o rosto zangado.- eu decido o que fazer de voce. E voce ira cumprir todas as minhas ordens!

- Não conte com isso para sempre, senhor.- disse darla e rumou para a pequena colina que havia a alguns metros de sua casa.

Darla passou toda a vida naquela colina admirando as montanhas, sempre se perguntando se um dia iria se aventurar por elas e o que havia do outro lado daqueles imensos montes que escondiam o sol.

Estava tao absorta em seus pensamentos que quase não reparou no cavaleiro que vinha ao longe, pela trilha que passava pela colina e descia para a cidade.

Darla nunca havia visto viagantes naquele lugar, na verdade aquele era o caminho que levava as montanhas e ninguem nunca o subia ou descia; sem contar que era um cavaleiro muito suspeito, coberto com uma capa de viagem e um capuz, nada de seus rosto estava visível.

Darla achou melhor ficar quieta, sem chamar atenção do cavaleiro, poderia não ser uma boa pessoa.

Mas antes que pode-se ao menos se sentar na grama para evitar ser vista o cavaleiro veio em sua direção.

- Qual a direção que devo tomar para o povoado?- perguntou ele, e para supresa de darla não tinha uma voz grosseira e perigosa, como sempre imaginou que tivessem os homens perigosos.

- Ah, é só seguir esta trilha, ela o deixara no centro do povoado.- respondeu darla com a voz tremula.

- Obrigado. E por que esta fora de casa a esta hora da noite?- perguntou o cavaleiro.

- Ora, não passa das sete.- respondeu darla sem perceber qual o perigo que poderia correr naquele lugar pacato, mesmo sendo meia-noite.

- Para o mal não existe “cedo”, e o mal se aproxima deste lugar.- respondeu o cavaleiro num tom sombrio, fazendo darla se arrepiar.

- o que quer dizer?- perguntou darla como se já conhecesse o estranho.

- Os dias estao perigosos, é preciso ter cautela, principalmente uma mulher.

-Não sou tao indefesa assim.-respondeu darla irritada.- que mania essa dos homens de acharem que as mulheres precisam sempre serem protegidas, que nós sempre somos as vitimas faceis!

- Não queria aborrece-la.- falou o estranho delicademente, para a surpresa de darla.

- Ah, não se preocupe, não é com voce. - respondeu darla mais avontade ainda.- é que meu pai quer me casar a força com um estranho, só para saudar as dividas da familia. Não posso suportar isso, praticamente me vender a um estranho! Ah, se eu tivesse oportunidade fugiria para as montanhas e nunca mais voltaria e este lugar!

- As montanhas são perigosas e guardam segredos e perigos terriveis!-disse o estranho, sombriamente.

- Não me importa, eu prefiro um milhão de vezes enfrentar um assassino do que um casamento forçado. Isso seria o meu assassinato. Nasci para ser livre, não importa como!!

- hum...tenho que ir.- disse o cavaleiro, parecendo pensativo.

Sem mais palavras continuou seu caminho trilha abaixo, sem olhar para trás.

Darla ficou o observando até desaparecer de vista e sem que notasse ficou ali parada por horas, até que a noite densa caiu sobre o mundo.

O dai seguinte estava claro e bonito, darla poderia ter aproveitado bastante e ter tido um dia muito agradavel se não fosse por seu pai ter anunciado no café da manhã que as dez horas uma carroagem viria busca-las para irem comprar o vestido de noiva.

- puxa darla, que sorte, vai poder escolher o melhor vestido que tiver!- disse ana, a irmã mais nova de darla, uma garota de 10 anos e longos cabelos loiros.- quando eu me casar quero que meu marido tambem seja assim!

- se quiser eu guardo o meu pra voce até voce chegar na idade.- disse darla sem animo.- a riqueza dele não faz diferença para mim.

- mas para mim faz e voce vai se comportar direito hoje.- disse agenor severamente.

- sempre me comportei bem meu senhor, -disse darla friamente.- por isso acho que não mereço esse desetino horrivel! Podeira colocar Clara para se casar, ela já tem quinze anos, não é tao moça assim.- continuou ela referindo-se a outra irmã.

- ah eu adoraria papai!- exclamou clara feliz com a idéia.

- já BASTA DARLA!- berrou o agenor dando um soco na mesa.- CHEGA DESSA CRIANCISSE, VOCE IRA SE CASAR E PONTO FINAL!

- NÃO É CRIANCISSE, SÓ NAO QUERO VER MINHA VIDA ARRUINADA COMO A DE TODAS AQUI!- berrou darla se levantando.-NAO QUERO PASSAR O RESTO DA MINHA VIDA PRESA A UM ESTRANHO QUE EU NEM SE QUER SEI O NOME! NAO QUERO SER MAIS UMA ESCRAVA DE MARIDO!

Ela saiu da cozinha batendo a borta e correu para a colina.

Caiu de joelhos e as lagrimas escorreram desesperadamete, sentia uma agonia horrivel só em pensar que nunca iria poder realizar seus sonhos, que iria passar a vida ao lado de um homem que não amava, que nem se quer iria sonhar com filhos, como geralmente fazem as esposas felizes. Não podia ver mais nem um raio de felicidade a sua frente. Até pareica que sua vida tinha acabdo.

Darla ficou de joelhos na grama, rosto no chão, chorando e soluçando, a cada momento que passava seu desespero aumentava, pensava coisas horriveis, qualquer coisa para escapar do casamento, começava a sentir que até a morte fosse melhor do que aquilo.

De repente uma mao terrivelmente quente, como se fosse feita de fogo, tocou seu ombro.

- ah!!- gritou quando a mao tocou seu ombro e virou-se rapida e assustada para a pessoa a suas costas.

Mas não havia somente uma pessoa, haviam cinco: todos cobertos com capas e capuzes, altos, forte e parecendo imponentes sob o céu vermelho, as montanhas as suas costas.

- quem são voces? E o que querem?!- perguntou assustada.

A principio ninguem respondeu, todos a olhavam, a pessoa que a tocou com a mao quente estava em pé na sua frente, tambem a olhava e apesar de darla não poder ver seu rosto, sentia um olhar penetrante envadi-la, como se a olhasse por dentro.

- eu pensei que a havia alertado para não ficar por ai senhorita.- disse um dos quatro que estavam atrás. A pessoa da mao quente se juntou a eles, ficando os cinco lado a lado.- veja o céu, isso não é bom sinal, algo horrivel esta acontecendo ou se aproximando.

- voce...? o cavaleiro de ontem, não é mesmo?- perguntou darla ainda de joelhos, os olhos vermelhos e o rosto borrado de tanto chorar.

- sim, sou eu.-respondeu o cavaleiro sauvemente.- e por que choras tanto? As lagrimas não combinam com rostos belos.

- obrigada!- disse darla se levantando e forçando um sorriso.- choro por causa de meu pai, ele ainda insiste em acabar com minha vida.

- ah sim, o casamento forçado.- disse o estranho.- nenhuma saida até agora?

- não, nada.- respondeu darla sem esperança.- mas e voces? Quem são? E o que fazem por essas terras? É obvio que não são daqui.

- e não somos.- respondeu o cavaleiro.- somos viajantes de uma terra distante e estamos aqui...vamos dizer que a negócios.

- vao até o povoado de novo?- perguntou darla se esquecendo por um momento de seus problemas.

- sim, nós...

mas de repente veio um barulho de cavalo, perto da casa de darla e a voz de Dora gritou.

- darla, a carrogem chegou, venha!

- ah nao!- lamentou darla.

- o que foi?- perguntou o cavaleiro.

- vamos ir até a cidade comprar meu vestido de noiva.- disse darla sem animo.- acho melhor ir, não quero mais brigas por enquanto.

- esta bem, vá!- disse o cavaleiro.- e tenha sorte!

Darla correu colina abaixo e desapareceu da vista dos estranhos, que tiraram os capuzes e trocaram olhares misteirosos.

- podem sentir o poder nela?- disse a pessoa que tocou darla.- é realmente incrivel!

- temos que ficar de olho nela.- disse um outro cavaleiro.

******************** continua************************

por favor deixem comentarios sobre o que voces acharam

obrigada!

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 09/07/2008
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T1072318