"A batalha dos Cinco Reinos" a batalha de fogo. cap 1. parte 2

capitulo 1

"O infortuneo de Darla Lusbel"

parte 2

Darla, Dora, Ana e clara entraram na carruagem e começaram rumar para a cidade.Conforme entravam no povoado a estrada ia ficando mais cheia, tanto de carruagens quanto de animais e pessoas que não paravam de passar para lá e para cá, com sacas de batatas ou porcos. Havia também um grande numero de crianças que brincavam, correndo de um lado para o outro, enquanto as mães cuidavam dos jardins e os pais dos animais, que ocupavam grande parte dos grandes quintais que havia em todas as casas, cujas paredes e o telhado eram cobertos, em boa parte, por plantas trepadeiras ou heras.

As casas e as crianças foram ficando para trás à medida que se aproximavam do centro comercial do povoado, as casas eram substituídas por lojas de roupas, pequenas, mas bem cuidadas, por mercados de frutas e peixes, embora isso não fosse tão necessário no povoado, pois em cada casa havia uma pequena plantação de alguma coisa e os moradores preferiam pescar a comprar o peixe. Havia também o correio, um grande prédio de onde vinha um forte barulho. Havia também a padaria, uma venda realmente grande, onde se vendia tudo o que não dava para cultivar por conta própria e muito mais.

A carruagem de darla parou enfrente a uma loja grande, onde na vitrine havia três manequins com lindos vestidos de noivas, e no alto havia os dizeres, em letras prateadas: “July noivas”.

- ah que lindo!- exclamou Ana ao entrarem na loja.- parece uma loja de princesas.

- podemos dizer que toda noiva é uma princesa, minha querida!- disse uma mulher sorridente, de cabelos compridos, que saia dos fundos da loja.- e quem é a princesa que vem consultar madame July?

- é a minha irmã darla, senhora!- respondeu Ana encantada com madame July.

- ah assim, eu tenho algo perfeito para você.- disse madame July, circulando darla, como se fosse um abutre.- espere ai.

E entrou novamente na sala no fundo da loja e voltou trazendo nos braços um vestido branco com uma calda enorme.

- vamos lá querida, experimente!- ordenou ela sorridente.

Darla despiu o vestido simples que usava e madame July e as irmãs, muito empolgadas, a ajudaram a vestir o de noiva.

Era um belo vestido, de mangas soltas, uma saia não muito volumosa, os ombros ficavam de fora e tinha uma bela pedraria branca desenhando uma espécie de rosa, no corpo.

- ah, você esta linda darla!- disse Ana chorando de emoção, juntamente com Dora.

- ah, como eu iria adorar estar em seu lugar darla!- suspirou Clara com uma ponta de inveja.- mal posso esperar para me casar também!

- e então querida, o que achou?- perguntou madame July.

Darla não estava nem um pouco feliz ou emocionada por estar ali, para ela tanto fazia usar um vestido de princesa quanto um trapo sujo; e para não alongar muito a história respondeu:

- este esta ótimo madame July. Ficarei com ele.

- ora, mas não vai nem experimentar outros?- perguntou madame July espantada.

- não, eu gostei deste aqui.- respondeu darla seca, tirando o vestido.- ficarei com ele.

- mas...mas...- balbuciou madame July.

- sem mais, ficarei com este, ou não ficarei com nenhum!- disse darla grosseira.

- ah, esta bem então.- concordou July vencida.

Ela guardou o vestido em uma bela capa e o entregou a Dora, darla já havia voltado para a carruagem. Dora lhe entregou o dinheiro, doado pelo futuro marido de darla e foice embora com Ana e clara.

Darla não comentou nada sobre o vestido durante toda a viagem, ao contrario de Ana e clara que não paravam de elogia-lo e de dizer o quanto adorariam se casar também.

Quando a carruagem estava subindo a estrada, já quase em frente a casa de darla, a garota achou ter vislumbrado um cavaleiro encapuzado na trilha da colina, mas quando olhou de novo não havia mais ninguém, e por algum motivo ela se perguntou onde estariam os cavaleiros daquela manha.

Mas as coisas não pararam por ai, quando darla entrou em casa, seguida pelas irmãs tagarelantes, se deparou de cara com um homem gordo, de cabelos ensebados e grudados na cabeça, tinha um aspecto grosseiro e nojento, de alguém que só come, bebe e arrota.

-ah darla!-major Agenor que estava sentado em sua poltrona levantou-se muito sorridente e parecendo muito feliz, coisa que não aparentava há dias.- quero que você conheça Ullmam, seu futuro marido.

O homem se aproximou de darla, mas sem pensar duas vezes darla correu para fora da casa e subiu a colina, as lagrimas escorrendo e o coração batendo a mil por hora.

Mas antes que podesse ao menos ter respirado um braço forte a agarrou e uma mão pesada esbofeteou seu rosto.

- NÃO HOJE DARLA!-berrou Agenor transtornado de fúria.- HOJE VOCE IRA SE COMPORTAR COMO UMA DAMA DE VERDADE,NÃO ME FARÁ PERDER UM SÓ TUSTÃO, ENTENDEU! OU SOU CAPAZ DE MATAR VOCE!!

darla não tinha forças para enfrentar o pai naquele momento e derrotada deixou que o velho major a conduzisse até a casa, segura firmemente pelo braço.

- ah me desculpe rapaz,- disse o major assim que entraram. Dora servia uma xícara de chá a ullmam.- é que darla anda muito ansiosa pelo casamento. Às vezes acorda anoite gritando assustada.- e deu uma risada forçada. Mas ullmam aceitou a desculpa.

- então darla, cumprimente seu futuro marido.- mandou Agenor dando um apertão disfarçado no braço de darla.

Darla se aproximou de ullmam, com uma expressão gélida no rosto, e fez uma pequena reverencia.

- encantado, senhorita.- falou ullmam, e sua voz era falsamente cordial, parecia esconder uma grande ignorância na voz.- mal posso esperar pelo momento de nossa união. És encantadora!- e tocou a mão de darla levemente com os lábios rústicos.

Darla repugnou-se.

- muito bem, agora que já estamos todos apresentados.- disse o major.- darla vá ajudar sua mãe com almoço, enquanto eu e ullmam tratamos de negócios.

- sim senhor.- respondeu darla seca e grossa e saiu da sala com uma expressão de raiva no rosto.

Assim que entrou na cozinha darla correu para o armário e pegou uma grande faca de cortar carnes.

- eu não vou suportar isso!- gritou e tentou perfurar o peito com a faca.

- DARLA NÃO!- berrou Dora e agarrou a o braço de darla, arrancando a faca da mão da jovem.- ficou louca?! Jamais volte a fazer isso! Poderia morrer!

- mas prefiro a morte a ter que me casar com aquele porco horroroso na sala!- falou darla com rancor e foi picar cebolas.

Darla e as irmãs prepararam um belo almoço naquele dia: carneiro, ervilhas na manteiga, porco e galinha assados, travessa de arroz, um pequena pilha de batatas assadas e uma salada cheia de coisas.

Todos apreciaram a comida naquele dia, exceto darla, que comia de cara amarrada e lançava de vez em quando olhares rancorosos a ullmam.

- sua comida esta maravilhosa, sra. Dora.- elogiou ullmam mordendo um pedaço grande de galinha.

- obrigada, querido.- agradeceu Dora.- mas quem faz uma boa galinha, como está que você esta comendo, é darla.

- ah mas isso é ótimo,- começou ullmam, dando um sorriso de dentes amarelo para darla.- porque eu...

- me recuso a cozinhar!- falou darla secamente, interrompendo ullmam, que a olhou aborrecido.- se você é tão rico pague uma cozinheira.

Ullmam a fitou com indisfarçada irritação e respondeu num tom forçadamente educado.

- eu iria dizer que, precisava mesmo de alguém para dar novas dicas as minhas cozinheiras, pois tenho várias, e se quiser posso colocar uma para preparar cada prato.

E deu outro sorriso amarelado e torto.

Darla não respondeu e aproveitando o oportuno silencio da filha e a menção de poder pagar várias coisas, o major Agenor começou a perguntar sobre as terras de ullmam e todas as suas propriedades, dentro e fora do povoado. E ficou muito feliz de saber que eram muitas e darla poderia ter a que quisesse.

O resto do almoço foi voltado somente para isso, negócios e sem esperar a sobremesa (uma maravilhosa torta de morangos) darla saiu, dizendo que ia regar as plantas.

Mas é claro que não o fez.

Subiu a colina desanimada, os ombros curvos e a cabeça girando, pensando em como seria passar os dias com aquele homem tão nojento. Como seria dormir com ele? Comer com ele? Parecia que tudo piorava a cada minuto e até mesmo o céu parecia estar contra ela, pois estava carregado de nuvens escuras. Desse jeito não daria nem para ficar na colina, teria que ficar dentro de casa.

Trovões começavam a estrondar e relâmpagos iluminaram os céus. Das montanhas vinha uma grande ventania, as arvores chacoalhavam fortemente, os cabelos de darla esvoaçavam...uma forte chuva caiu de repente, raios, trovões e vento tomaram conta de todo o céu e em um minuto darla estava completamente encharcada; pensou em, infelizmente, voltar para casa, não podia ficar ali, a tempestade estava muito forte; mas a meio passo de virar para descer a colina vislumbrou uma coisa ao pé das montanhas e apesar da chuva darla sentiu um arrepio. Não conseguia ver direito o que era, mas notava-se que era algo grande e que se movimentava na chuva, não dava para distinguir sua forma exata, mas parecia feio, talvez até horrendo. O coração de darla disparou, a coisa disparava ao longe e ela sentia que vinha em sua direção e seja lá o que fosse ela tinha certeza de que não era bom. Sem pensar novamente deu meia volta e desceu a colina quase rolando na pressa de entrar em casa, e quando chegou no pé da colina um grande relâmpago iluminou todo o céu, mas sua luz foi tão vermelha e intensa que mais parecia uma explosão de fogo. Darla olhou novamente para trás, agora não via mais nada e alguns fleches vermelhos como chamas, ainda piscavam no céu e de repente ela sentiu seu coração aliviar-se e teve certeza de que a coisa, fosse o que fosse, tinha ido embora.

E de repente as nuvens foram se dispersando e o céu ficou claro e limpo novamente, com linhas vermelhas, como se o sol estivesse se derretendo, aqui e lá. E alguma coisa naquelas mechas de fogo deu a darla uma maravilhosa sensação de alivio e por um momento a garota se esqueceu de todos os seus problemas.

Mas não por muito tempo.

- darla!- chamou de repente a mãe de darla, Dora, fazendo-a pular de susto.- olha só pra você, esta encharcada! Por que ficou na chuva? Vá se troca depressa, ullmam tem um anuncio para fazer.

Darla sentiu náuseas.

- prefiro não saber que anuncio é esse.- disse com um mau pressentimento.

- ah, mais você vai ter que ouvir, ou seu pai vai lhe dar uma surra.- disse Dora, pegando na mão de darla e a trazendo para dentro.- ele já esta zangado com você porque não ficou lá dentro.

- eu não podia, ou ia acabar jogando alguma coisa naquele porco!- disse darla amargurada, indo se trocar.

-psiu! Eles podem te ouvir!- sibilou Dora ajudando darla a se vestir.- e me ouça darla, seja la qual for o anuncio que ullmam tenha a fazer eu peço que você se comporte. Seu pai esta começando a descontar em mim sua rebeldia, diz que eu não soube educar você direito e outras coisas, por favor, se comporte.

- ora mamãe, por que o deixa falar assim com você?- disse darla abruptamente.- você é a esposa dele, não uma criada que deve obedecer a ordens e receber broncas desse jeito.Você o respeita e ele devia fazer o mesmo! É por isso que não quero me casar, não quero ninguém mandando em mim, não quero ninguém me dizendo o que devo fazer, e como e onde devo fazer. Quero viver minha própria vida do jeito que eu achar melhor mamãe, se papai quer mais dinheiro venda algumas de nossas terras, não estamos tão miseráveis assim. Clara, Ana e eu podemos trabalhar, não somos tão inúteis, voce nos ensinou bem. Então porque ele não arruma meios mais dignos de ganhar dinheiro heim?! Por que temos que suportar isso mamãe?!

Dora suspirou longa e profundamente, seu rosto parecia cansado e triste, e foi com uma nota de desapontamento que ela respondeu:

- entenda uma coisa darla querida, são os homens que mandam nas coisas, sempre foi assim e sempre vai ser, e o nosso dever sempre vai ser obedece-los sem contradição. Entenda isso para o seu próprio bem, querida!

- não!- retrucou darla irritada.- não vou ser uma escrava, isso esta errado, o dois devem mandar e obedecer, direitos iguais mamãe! Ou não me caso e se casar não obedecerei! Não vou ser uma submissa, ninguém tem o direito de mandar na minha vida! Não!

E saiu pisando duro.

Quando darla entrou na cozinha Ana e clara estavam servindo bebidas a ullmam e ao major que pareciam muito intertidos num assunto sobre a criação de gado.

- ah darla ai esta voce, onde esta sua mãe?- perguntou o major com uma nota de impaciência na voz.

- estou aqui.- Dora entrou na cozinhar ainda com o rosto desanimado.

- ótimo, então ullmam pode finalmente fazer seu anuncio.- disso major.- fique a vontade filho.

Ullmam limpou a boca nas costas da mão e se levantou. Havia alguns grãos de comida na roupa dele e seus dentes estavam mais sujos ainda, darla olhou para o outro lado e fez uma careta de nojo.

- bem, a principio eu pretendia que nosso casamento acontecesse somente daqui á algumas semanas.- disse ele mais diretamente a darla, parecendo um porco roncando.- mas depois de pensar melhor e conversar com meu futuro sogro, bem, voce já tem o vestido, meus empregados podem preparar uma festa incrível em apenas dois dias e o padre celebraria nosso casamento no momento que eu pedisse. Então, tomei uma decisão: darla...

A garota sentiu seu estomago revirar, uma tontura embaçou sua visão e havia uma zoeira em seus ouvidos, não podia ser o que ela estava pensando.

- ...vamos nos casar depois de amanha, no domingo.

Darla só sentiu quando o corpo escorregou da cadeira para o chão e não viu mais nada.

Quando darla abriu os olhos estava em seu quarto, se sentia tonta e enjoada, sua cabeça doía.

- ah voce acordou!- exclamou Ana, que estava sentada na ponta cama.

-o que aconteceu?- perguntou darla levantando-se tonta.

- ullmam disse que vocês vão se casar no domingo e voce desmaiou.- respondeu Ana displicente.- achei tão romântico, ullmam ficou desesperado. ah...é o amor!

-não tem nada de amor, eu desmaiei de desgosto.- disse darla amargurada.- e onde estão todos?

- papai e mamãe devem estar na varanda e Clara deve já deve estar escolhendo um vestido para o casamento.- respondeu Ana.

- e onde esta ullmam?

- ah ele foi embora há horas.- respondeu Ana se levantando.- resolveu os últimos detalhes com mamãe e papai e foi-se embora. Já esta escuro.

- certo.

Ana saiu do quarto e deixou darla sozinha, pensando em seu destino.

Dali a menos de 48 horas estaria casada com aquele homem de aparência e modos nojentos e rústicos. Não poderia mais ficar horas passeando pelas colinas, sem preocupação ou pressa, não poderia mais cavalgar aos sábados sem um idiota atrás dela e o pior de tudo, não seria mais dona se sua própria vida, iria ser trocada, como um produto qualquer, iria saudar as dividas da família, iria valer tanto quanto uma moeda suja.

Simplesmente não poderia haver nada pior.

O sábado amanheceu cinzento, frio e deprimente e apesar de ser a véspera do casamento, ninguém na casa de darla fez nada- os empregados de ullmam estavam preparando tudo em um dos grandes campos do patrão.

Mas na verdade uma nuvem de inquietação pairava sobre a casa de darla: Dora andava de uma lado para o outro, procurando algo para fazer, Ana e Clara já tinham escolhido trezentos vestidos para ir ao casamento do dia seguinte, o major já havia fumado quase todo seu estoque de ervas para cachimbo e darla não conseguia se levantar da cama, já era mais de uma hora da tarde e ela ainda estava deita, os olhos vidrados, não se atrevia a pensar no dia seguinte. Era pior do que se tivesse contraído uma doença terminal.

Alguém bateu na porta.

- darla voce ainda esta assim?- era Dora e dava pulinhos de inquietação.- vamos, levante-se logo. Já preparou o vestido? Os sapatos? Esta tudo certo? Amanha a moças de ullmam vão chegar cedo para prepara-la.

- não preciso de ninguém mamãe,- respondeu darla, parecendo uma morta-viva falando.- posso me arrumar sozinha.

- para um casamento não.- disse Dora abrindo as janelas e quase cegando darla com a claridade.- lembro-me que no meu casamento cinco mulheres tiveram que me ajudar. Puxa, parece que foi há tanto tempo...mas foi um dia inesquecível, agente nunca esquece o casamento. É algo único!

- o meu também vai ser único, mamãe!- disse darla se levantando contra vontade.- nunca vou me esquecer desse dia horrível!

- ora pare de mal dizer a vida e vá dar uma volta por ai.- mandou Dora esticando os lençóis.- chega de ficar neste quarto.

Darla foi até a cozinha onde Ana e clara limpavam os sapatos e comeu um pedaço de pão e tomou um copo de leite. Não sentindo a mínima vontade de ficar dentro de casa saiu, fingiu não ver o pai na varanda, e subiu para a colina.

As montanhas estavam cinzentas ao longe, o sol parecia ter se escondido àquela tarde, estava tudo triste. Um vento soprou forte, vindo das montanhas e darla olhou para trilha que descia a colina, alguma coisa descia por ela, mas não era a mesma coisa da tarde passada, darla sabia o que ou melhor, quem era.

O cavaleiro encapuzado vinha em direção a Darla, parou sem ruídos, a fintando como sempre.

- seus olhos estão mais tristes do que nunca.- disse ele com sua voz grave.

- amanha é meu casamento, estou mais triste do que nunca.- respondeu darla deprimida.

- o que estaria disposta a fazer para não se casar?- perguntou o cavaleiro fazendo darla estranhar a pergunta.

- como assim?- perguntou ela sem entender exatamente o que ele queria dizer.

- até onde estaria disposta a ir para fugir deste destino forçado?- perguntou o cavaleiro.

Darla pensou. A idéia de se casar com ullmam era tão aterrorizante e deprimente que ela respondeu:

- até o fim do mundo para fugir daquele homem!

- é bom saber disso.- disse o cavaleiro e deu as costas a darla, subindo de novo a trilha.

- ei o que voce quer dizer com isso?- perguntou darla quando o homem começou a se afastar.

Porem ele não respondeu e foi-se embora.

Darla ficou observando o cavaleiro até ele sumir de vista e ficou ali sentada na colina por tanto tempo que até se assustou quando Dora apareceu no pé da colina e a chamou para o jantar.

Foi o jantar mais deprimente da vida de darla, ninguém falava nada, Dora parecia preocupada, darla estava deprimida e revoltada, Ana e clara não tinham nada a dizer, pareciam meio perdidas e o major tinha um ar meio desconcertado, não encarava darla nos olhos mas parecia estar feliz com o acontecimento do dia seguinte.

Depois do jantar darla foi direto para cama, seu estomago doía e sua cabeça rodava, ela não se atrevia a pensar no dia seguinte, tinha certeza de que se o fizesse desmaiaria de novo. Rolou na cama por horas, inquieta e agoniada, Ana e clara já haviam dormido e ela continuava a virar para um lado e para o outro, sem conseguir dormir, o sono parecia ter fugido dela para sempre.

A ponto de um ataque de nervos darla se levantou, foi até a cozinha, pegou um copo de leite e foi toma-lo na varanda.

Apesar das circunstâncias, a noite estava bonita, o céu estava limpo, decorado por milhares de estrelas e tinha um maravilhoso efeito que darla nunca havia visto: borrões azul claro brilhavam aqui e ali, como se alguém tivesse passado uma gigantesca borracha no céu escuro e feito os borrões azuis, simplesmente maravilhoso.

Darla ficou sentada na cadeira de balanço que havia na varanda, observando o céu até que a brisa noturna a fez cair em um sono profundo e sem agitações.

********************CONTINUA************************

comentem, quero saber o que estão achando.

obrigada!

bjos

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 10/07/2008
Reeditado em 14/07/2008
Código do texto: T1073729