Diario de uma Nova Vida Parte 14

Diário de uma Nova Vida 14

Era só o que faltava dar de cara com aquela vagabunda. Eu tentando me divertir um pouco e encontro logo ela. A olhei e encarei bem já fazia mais de um mês que havíamos nos visto pela ultima vez. Sei lá não hesitei e a insultei mesmo.

- Que lugar mal freqüentado esse!

- Não estou nem um pouco a fim de brigar com você, Rodrigo. Vim ver um filme e até onde eu saiba o cinema é publico. Mas já que é tão poderoso manda seu pai te dar um de presente.

- Nossa! Sabia que não sinto a menor falta de você, ter saído da minha vida foi a melhor coisa que poderia ter acontecido para mim.

- Se você acha isso, quem sou eu para questionar. Pensei que você fosse mais maduro, mas pelo visto me enganei. Deveria estar mais dócil depois do que aconteceu a sua mãe. Agora deixa eu ir ver o filme.

- Vai Amanda! E aproveita diz ao seu marido, amante ou sei lá o que, que não se mete na minha vida.

- Não tenho nada com o Alexandre, se é isso que quer saber. Depois de você, eu... Ah esqueci! Minha vida não é da sua conta.

Comprei a pipoca fui ver o filme, não sei por que a vadia da Amanda me dizendo que não estava com ninguém não saia da minha cabeça. O olhar dela não era o mesmo de quando estávamos juntos, estava meio que sofrido. Ela foi a primeira e única garota por quem me apaixonei, talvez porque era diferente das outras, não era fútil, nem dissimulada como as piranhas do colégio, nem atrevida como a Sophia. Era diferente, era madura demais para sua idade, tinha visão de futuro me sentia bem estando ao lado de alguém assim. Lembro da primeira vez que viajamos juntos, a galera só pensava em beber e transar e ela olhou para e nem precisou dizer nada, passamos a viagem numa cabana de pescador, conhecendo pessoas, lugares e levamos boas lembranças. Sempre me mostrava que as coisas simples da vida eram melhor que qualquer coisa material, mas, nem sei por que lembrei disso. Ela provou que é como todas as outras não passava de uma piranha qualquer, que se faz de santa.

Fiquei lembrando daquela vagabunda e nem prestei atenção no filme direito. Já era noite e fui para casa, sabendo que ia ter que enfrentar o banana do meu pai. Entrei em casa como se nada tivesse acontecido, a chata da Tia Agatha estava na sala, passei fingi que nem vi fui para o quarto tomar banho. Fui à cozinha e lá estava meu pai sentado me esperando.

- Acho que você me deve explicações Rodrigo Gabriel!

- Se for pelo lance do colégio, desculpa, mas você sabe sou homem ela só faltou abrir as pernas para mim, quer dizer abriu né.

- Você ainda debocha garoto. Sua tia me contou o que falou ontem. Será que não respeita nem o estado que sua mãe se encontra. Aparece bêbado em casa, termina com a namorada, bate no amigo, leva surra na rua. Até onde você quer chegar? Me responde? Se for para chamar nossa atenção você conseguiu.

- Você acha que o mundo gira em torno de você não é pai? O grande empresário conhecido em todo o país que não consegue enxergar o que está na sua cara, não consegue sequer gerir sua família. Você entende de empresas, mas não de pessoas, por isso a mamãe tentou se matar por sua culpa. Porque nunca deu atenção a ela, vivem de aparências e cansei desse joguinho que vocês inventaram, farei da minha vida o que eu quiser a partir de hoje, queira você ou não. Você nunca ligou para mim mesmo.

- Você é um garoto que não sabe nada da vida. Você me envergonha!

- Pode falar! Sou um fudido mesmo, mas, esse fracassado aqui é seu filho tem seu sangue, você querendo ou não. Eu te envergonho não é? Ótimo! Você só esta revoltada porque pessoas como você que se sentem superiores, não conseguem aceitar que geraram filhos problemáticos. Foda-se Pai!

- Já que você acha que não ligo para você, a partir de hoje não m dirija mais a palavra. E vai ter que se virar se quiser dinheiro, pois não vou depositar mesada. Não é tão adulto e inteligente, vá trabalhar. Só não o coloco para fora pela sua mãe que não merece isso.

- Me põe para fora! Você me odeia mesmo! Eu não ia fazer a menor f alta.

- È melhor que você faz nesse momento garoto!

- Não seja por isso, Adeus!

Guto Angélico

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 02/08/2008
Código do texto: T1110104
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