Fan Fic HP>>> E se for amor??? Cap. 26

- Não, Harry. Nem que me pague eu vou aí!- Disse a garota parando bem longe do campo de quadribol. O moreno riu.

“Uma aula de vôo numa firebolt idiota? Por que não me lança logo um avada? Aff! Será que o Harry andou tomando aquelas garrafas de cerveja amanteigada que os gêmeos ainda insistem em enviar ilegalmente?? Só pode ser..E eu que pensei que iria me distrair com alguma coisa..”

- Não acha que tá na hora de você perder o medo de altura?- perguntou o moreno aproximando-se da garota com a firebolt.

“ÉÉéééé..não!”

- NÃO! Eu odeio quadribol, lembra?

O garoto segurou a castanha com um pouco de força para impedi-la de sair dali na primeira oportunidade que tivesse.

- Se você me obrigar a voar nessa vassoura eu grito, ouviu bem?- Murmurou Hermione em uma espécie de pânico.

- Hermione, isso não é um jogo de quadribol.

“E quem se importa se é um jogo de quadribol ou não??? Tô cagando e andando pro quadribol..o que me preocupa é voar nessa vassoura..à sei-lá-quantos metros de altura e..ai meu Merlin! não quero nem me imaginar..”

- Sei..- Começou ela relutante.- ISSO É UMA FIREBOLT! A VASSOURA MAIS RÁPIDA QUE EXISTE! NÃO TEM COMO EU ANDAR NISSO AÍ!

- Haushaushaushaus..Vem logo, Mi!- Ele pediu em um acesso de risos.

- Vai rindo, Harry. Mas aposto como você não vai estar rindo no dia do meu enterro depois de ter caído de uns 30 metros nesse vôo. Você vai ficar se sentindo culpado pela minha morte e vai..

- Ok, eu desisto de te ensinar a voar!- Disse dando-se por vencido.

“Graças a Merlin!” Pensou Hermione.

- A não ser que..- Hermione fechou a cara.-..Você me diga o que o Malfoy te fez.

- Nós só terminamos. - Mentiu a castanha desviando o olhar, lembrar dele lhe deixava um pouco perturbada. - Eu não gosto de falar sobre isso.- Disse sinceramente.

Toda vez que penso em você

Eu sinto passar por mim um raio de tristeza

Não é um problema meu

mas é um problema que achei

Vivendo uma vida que não posso deixar para trás

- Desculpa, Mi.

- Não..não tem problema. Eu ODEIO o Malfoy, sempre odiei, na verdade eu só fiquei com ele pra chamar a atenção..do..do Rony! Quer dizer..eu ainda gosto do Ron!- mentiu ela novamente.- Tá meio tarde Harry, e eu tenho que entregar esse livro aqui lá na biblioteca e..Se importa se eu for?- Falou enquanto juntava seus livros pra sair dali.

- É claro que não, Mi! Quer que eu vá com você até a biblioteca?- Ofereceu-se com uma expressão preocupada.

“Ahhhh..NÃO! Era só o que me faltava..a piedade do Harry! Mais que merda!!”.

- Não, não precisa se incomodar, e eu vou ver se procuro uns livros pra fazer meu trabalho de..er..enfim! A gente se vê depois!- Despediu-se saindo dali pisando com força no chão.

“Esse tosco filho da puta..Grrrrr..além de me usar, ainda tá conseguindo fazer com que os meus amigos sintam pena de mim..Merda!!!!! Grrrr..como eu odeio esse estúpido!. Espero que não tenha ninguém nessa biblioteca..não tô a fim de ficar olhando pra cara de nenhum idiota..não agora que toda a maldita Hogwarts já deve saber que o Malfoy me largou..aff..eu devo ser o comentário da escola..a fofoca do dia..! e tudo por culpa de quem??? A-HÁ! TUDO POR CULPA DAQUELE BABACA!”

***

Draco andava com cautela pela grama úmida, pisando inevitavelmente em alguns corpos sem vida que estavam estirados no chão, com a varinha em punho. Considerando que o lugar era sombrio, sujo e mal iluminado, o garoto sentia-se até que muito à vontade e familiarizado.

E aí tudo ao seu redor se dissolveu. Ele a viu.

- Granger.- Cumprimentou friamente com um aceno de cabeça.

- Malfoy.- Disse a castanha no mesmo tom.

Ambos com as varinhas apontadas ameaçadoramente.

- Sempre esperei por esse momento.- Hermione revelou com um sorriso gélido.

- Não posso dizer o mesmo. Você me enoja, Granger.

- Pensei que você sentisse nojo de si mesmo. Afinal, é assim que traidores devem se sentir, não é?

- Tecnicamente.

- Quer me matar agora ou prefere continuar debatendo a relação?- Ironizou garota sentindo-se partida por dentro.- Temos o dia inteiro pra isso..

- Sadomasoquismo, Granger? Achei que você quisesse se vingar de mim.

- Essa é a vingança.

- Não vejo nada de cruel nessa sua ‘provável’ vingança inútil, sangue-ruim.

- Depois que você me perder de vez, vai poder enxergar.

- O que o seu namoradinho herói diria se ouvisse tudo isso?

- Eu nunca disse ao Edward que o amava.

- Mesmo se dissesse, o mundo inteiro sabe que VOCÊ ME AMA.

- Que diferença faz agora, Malfoy? Um comensal fiel a Voldemort nunca amaria uma sangue-ruim.

- Tirou as palavras da minha boca.

- Certo, agora eu preciso que você me mate.- Disse decidida largando a própria varinha no chão e mesmo a garota estando com olhos fechados as lágrimas caiam fugindo das suas pálpebras, o loiro podia ver que ela chorava silenciosamente parecendo indefesa e ao mesmo tempo forte.

“NÃO! GRANGER..EU NÃO..POSSO..” Disse em voz alta despertando do pesadelo que tivera. Suado e tenso.

***

A garota acordou num sobre salto ainda arfando. Aquele não fora o seu pior pesadelo, mas fora o bastante para fazê-la perder o sono e ficar assustada. Tocou sua testa fria e cheia de suor, e levou pouco tempo pra perceber que havia chorado durante o pesadelo, talvez tivesse até gritado, mas não tinha importância, aquele quarto era só seu, ela não incomodara ninguém. Levantou-se perturbada por cada mínimo detalhe do pesadelo.

“Caralho! Um dia desses eu ainda fico louca..”

Não faz sentido em me dizer

Mas é assim que as coisas são

E é o que ninguém sabe

E a cada dia minha confusão cresce

***

-.. Alguma coisa importante?- Quis saber Hermione referindo-se ao profeta diário que era folheado por Harry.

- Não, nada. - Respondeu ele vagamente.

- Tudo anda calmo demais. - Retrucou o ruivo sério e em seguida dando uma colherada de cereal matinal (N/A: Haushaushaus).

- Voldemort tá planejando alguma coisa. - Declarou Harry tocando em sua cicatriz por instinto.

Hermione e Gina apenas concordaram com a cabeça.

E ainda que a castanha estivesse faminta, nada ali lhe era bem vindo, pois seu estômago dava voltas só de pensar em comida.

“Será que eu tô tenho anorexia ou alguma doença que..esquece! Melhor eu me concentrar em coisas mais úteis do que meu apetite.”

- É aula de quê mesmo?- Perguntou Rony distraído.

- Poções. - Respondeu Harry e Hermione em uníssono, Harry mal-humorado com tal fato.

Harry e Rony iam ao lado da garota presos em uma discussão entediante sobre quadribol.

“Nããão..afff..homem é tudo igual mesmo. Quadribol? Aff!”.

A castanha encontrava-se um pouco desatenta ao que acontecia ao seu redor, mas não estava triste ou mau-humorada, porque apesar do pesadelo que tivera de madrugada, a garota realmente tinha se empenhado em não pensar em nada referente a Draco Malfoy.

Os três entraram na sala, e sentaram-se na mesma posição em que ficavam na maioria das aulas, com Hermione entre o moreno e o ruivo, sempre os censurando por conversas paralelas e rabiscando furiosamente detalhes importantes sobre a aula. Mas não hoje.

Snape entrou na sala calmamente após lançar um olhar de extremo desdém à Harry e começar sua aula.

- Mione, tá tudo bem?

- Por que não estaria?- Diz ela ao moreno que a fitava preocupado.

- Essa aula é com a sonserina.

- Eu sei. E daí?- Questionou a castanha abrindo o livro de poções demonstrando indiferença.

- Não, nada. É que..eu pensei que..esquece! Fico feliz que você tenha superado o Malfoy.- Declarou Harry confiante.

- Eu nunca precisei ‘superar’ o Draco. Eu o odeio.

- Senhor Potter! Senhorita Granger! Menos 45 pontos por conversarem no meio da aula!- Pigarreou Snape, crispando os lábios em desprezo.- Potter, Poderia me dizer quais as propriedades da poção da paz?

- Não, eu não sei quais são as propriedades.- Harry disse à contra-gosto.

- Todos sabemos disso, senhor Potter, menos 23 pontos pra grifinória!

Draco e todos os sonserinos que estavam ali riram.

E só então a castanha lembrou-se que DRACO MALFOY estava ali, seu sangue subiu e o ar pareceu faltar-lhe momentaneamente.

“Respira Hermione, respira, NÃO DEIXA ESSE IDIOTA FICAR DOMINANDO SUAS REAÇÕES!”

A aula acabou sem que a garota tivesse prestado atenção em uma única palavra dita por Snape, não que a castanha realmente precisasse disso, porque sabia narrar toda a droga do livro de poções avançadas.

Saiu o mais rápido possível dando de ombros para Harry e Rony, esbarrando em tudo e em todos. A castanha estava quase correndo em pleno corredor.

- Tá fugindo de alguém, sangue-ruim?

- De você. - Respondeu com frieza.

“Ah não..não acredito..por que isso sempre acontece? Que saco!”

Toda vez que vejo você caindo

Eu fico de joelhos e rezo

Estou esperando pelo momento final

Que você dirá as palavras que não posso dizer

Draco sorriu debochado.

- Tá acontecendo alguma coisa aqui, Hermione?- Disse Harry pondo-se ao lado da castanha.

- Não.- Respondeu simplesmente.- Só o idiota do Malfoy implorando pra voltar.- Mentiu com um sorriso vencedor vendo o loiro se irritar na frente de todos.

E saiu dali antes que Draco pudesse dizer qualquer ironia.

***

Diário, hoje eu tive outro pesadelo com o Malfoy. Nesse o loiro aguado falava com Bellatriz Lestrange. Eu sei que você tá super desatualizado, mas..eu PRECISO ESCREVER EM ALGUM LUGAR!. E aí..Você foi a única pessoa (Se é que objetos inanimados podem ser chamados de pessoas) que não fala e logicamente não vai poder ficar dando a sua opinião na minha vida.

Não sei se você se lembra (Se é que você tem uma memória) eu acho que da última vez que escrevi aqui eu contei que eu e o Draco estávamos juntos e..enfim! O Fato é que o loiro de farmácia terminou comigo.O Motivo?? Nem eu sei. Não, aliás eu sei sim, ele terminou comigo porque tudo que ele queria era me usar. Ele que se dane!. E já fazem três semanas desde que ele terminou comigo.

O tempo têm passado com um ano-luz de vantagem e tudo tá na mesma.

Felizmente Harry e a Gina voltaram. É lógico que é super idiota ficar agüentando eles dois de ‘Eu te amo’ e ‘Ficaremos pra sempre juntos e blabla’..ARGH! Tenho náuseas só de lembrar, quer dizer..QUE CASALSINHO MAIS GRUDE!. Eu hein?Pensa só em como eu tenho me sentido, com o Harry e Gina grudados que nem irmãos siameses e o Rony enroscado na Brown-sem-cérebro.

Deixando bem claro que eu tô BASTANTE incomodada com isso.

Justo quando o cara que eu gostava (OU GOSTO) me dá um pé na bunda o MUNDO TODO resolve ficar nessas frescurinhas de apaixonados e felizes, tipo, suspirando e se pegando a cada cinco segundos. Tem noção do quanto isso é estressante?! Aff..Eu devo ter enfiado os pregos na mão de Cristo, só pode ser!.

Aí vai um resumo dessas três torturantes semanas:

SEGUNDA-FEIRA

Na segunda eu acordei bem cedo, me arrumei e fui à todas as aulas toscas. Ganhei por volta de uns trinta e cinco pontos pra grifinória. Fiz o máximo pra evitar a atmosfera de ‘Amor perfeito’ dos meus queridos amigos MAIS-QUE-SOLIDÁRIOS com meu estado de ‘Eu-odeio-o-mundo-e-o-amor-não-existe’, e me enfurnei o dia todo na biblioteca. Esbarrei com o loiro aguado estúpido e egocêntrico duas vezes. Aconteceu o de sempre. Discussões e tal.

TERÇA-FEIRA

Passei o dia estudando e lendo, porque a Mcgonagal tinha passado um trabalho de transfiguração de (Acredite se quiser) TRÊS METROS DE PERGAMINHO. Não que eu não tenha gostado de manter minha mente ocupada com esse trabalho, mas..CARACA! Só fiquei surpresa com o tamanho do trabalho.

Ah sim: Harry e Gina ficaram me enchendo o saco dizendo que eu tô estranha etc.etc.

QUARTA-FEIRA

Snape ficou descontando pontos da grifinória por cada suspiro que dávamos, mas pela primeira vez isso não me irritou, pra falar a verdade eu não mais dando a mínima se a grifinória perde pontos ou não.

Pra quê tudo isso? NÃO VOU FICAR ME ESTRESSANDO POR UMA DISPUTA IDIOTA ENTRE CASAS QUE SÓ ACONTECE NO ‘FINAL DE ANO’. Nem sonhando, diário.

QUINTA-FEIRA

Rony e a Brow-sem-cérebro terminaram o namoro. O Ron realmente parece gostar dela, porque ele ficou arrasado e eu, com todo o meu egoísmo, fiquei feliz em perceber que no quesito ‘fim de namoro’ sou uma EXPERT. Não..é sério! O Ron ficou todo ‘Oh vida, Oh azar’ e (eu não queria mesmo dizer isso) mas..foi..hilário! Haushaushaus. Nós tentamos de tudo pra animar o ruivo só que nada deu jeito.

SEXTA-FEIRA

Todo mundo tava treinando quadribol pra essa nova temporada e então eu (QUE ODEIO ESSE JOGO PATÉTICO) procurei alguma coisa menos entediante que ficar vendo todo mundo em cima de uma vassoura correndo de um lado pro outro. FUI VER O HAGRID!. Tava com saudades dele, o canino, a casa cheia de animais excêntricos, o chá que ele sempre oferece e tudo mais. Passei o resto da tarde na biblioteca.

SÁBADO

Fui a Hogsmeade e o passeio foi um completo saco!. E cumpri a minha detenção com a Parkison sem-cérebr..Grrr...mais que vontade de jogar um avada nessa estúpida!!!!!!!!!!!!!

DOMINGO

Meu dia pode ser explicado em duas palavras: Biblioteca e livros.

E as outras duas semanas explicam-se com o mesmo conteúdo de repetições.

Ps: Minha vida é um droga![2]

Hermione.

***

Ela fitou a biblioteca lentamente à procura do loiro ou alguém indesejável, mas tudo o que viu foi a velha bibliotecária respirando sonoramente (ou eu diria roncando?) com a cabeça apoiada em um livro e os óculos caindo-lhe pela face, as mesas estavam todas vazias, exceto pela presença de um garoto, provavelmente do sétimo ano, que lia um livro com total atenção passando os olhos rapidamente linha por linha, tão rápido quanto Hermione, a garota observou que haviam mais de vinte livros semi-abertos e concluiu que o tal garoto pesquisava sobre algum assunto, revirou os olhos um pouco insatisfeita por não ser a única naquela biblioteca estúpida “Ah tanto faz! Melhor eu procurar uns livros bem longos pra ver se me distraio..” Desviou-se ela parando de analisar o garoto e queixar-se por não ser a única cdf ali.

História da magia Vol. 1- Das guerras élficas aos conflitos entre bruxos e gigantes- Leu ela mentalmente. “Parece um bom livro..quer dizer..eu acho até que já o li, mas e daí? Não deixa de ser um livro, né? E o assunto é bem interessante..esse lance das guerras nos primórdios da civilização bruxa em que..”

- Você?- Perguntou o tal garoto que aparentava ser do sétimo ano com um ar de incredulidade, Hermione demorou alguns segundos para reconhecê-lo.

- Não, meu fantasma. Por quê?- Respondeu ríspida.

“Nota mental para mim mesma: O meu quarto é único lugar em que nenhum ser pode atrapalhar meu momento de ‘quero-ficar-sozinha-porque-levei-um-pé-na-bunda-do-tosco-do-meu-ex-que-por-sinal-também-é-o-egocêntrico-do-Malfoy’..Não posso esquecer de lembrar (Haushaushaus) de me trancar no quarto quando quiser ficar sozinha..porque já começando a ficar entediante esbarrar/encontrar com alguém a cada quatro segundos. Será que esse cara tá me seguindo?”

- Por nada, Senhorita..?

“Aff! Nem meu nome o cara lembra?”

- Hermione Jane Granger.- Disse ela brevemente, sem tirar a atenção do livro que procurava naquela estante.

A garota lembrou que mais cedo ela não o ajudara a ir a sala de.. “De quem era a sala que ele queria mesmo?”..Ah sim: Minerva Mcgonagal. Havia sido (e ainda era) um tanto mal educada com esse loiro, no entanto ela realmente não se importava muito com educação, ou receptividade com desconhecidos (novatos) em Hogwarts, afinal, a castanha já estava certa de que esse estranho não pertencia à Hogwarts, embora conseguisse passar-se por um estudante do sétimo ano sem fazer esforço, mas havia alguma coisa sombria em seu olhar, algo que a fazia ter certeza que ele era um cara mais velho, maduro e de certa forma até um pouco persuasivo e manipulador. Mas não com ela.

- Dumbledore e Minerva me falaram tudo sobre você.- Falou ele também procurando por algum livro.

“Sério? Eu sempre soube que eu era mesmo famosa aqui em Hogwarts” pensou com ironia.

- E então? Fez um julgamento a meu respeito? Aliás, quem é você?- Perguntou. Não que estivesse realmente interessada, mas estava lhe dando nos nervos ficar encontrando com esse estranho sem saber por que estava ali.

- O novo professor de Defesa contra as Artes das trevas.- respondeu ele como se esfregasse na cara da castanha um prêmio.

- Sei..

A garota riu. Como ele conseguia ser tão parecido com Malfoy?

“Tinha que ser loiro.” concluiu dando de ombros ignorando-o.

***

“Ahhhh não! Uma aula com a merda da sonserina! Mais que saco! Bom, pelo menos é Defesa contra as Artes das trevas e não Poções com o idiota do Snape.” pensou a castanha entrando na sala um tanto vazia e sentando-se no fundo da mesma.

- Você?- Dessa vez quem disse foi Hermione reconhecendo o cara que estava sentado na mesa do professor arrumando papéis aleatórios.

O loiro ergueu o olhar para vê-la e sorriu sarcasticamente do mesmo jeito que Draco sorria, observou a garota.

- Eu.- Disse com cara de vencedor.

- O que faz aqui?

- Me preparando pra dar aula de DCAT.- Edward falou com os cabelos cor de bronze bagunçados e brilhantes.

- Mais como? Você só tem..uns 17 ANOS!- Replicou ela indignada.- De acordo com as leis de Hogwarts ninguém pode dar aula nessa idade!

- Eu tenho 19 anos, Hermione Granger.

- Tá brincando, né?

- Não. Por quê..? Achou que eu fosse aluno daqui, é?- Quis saber o loiro arrogante.- Isso sempre acontece comigo.

- É LÓGICO QUE EU NÃO ACHEI QUE VOCÊ..QUER DIZER..QUE O ‘SENHOR’ FOSSE UM ALUNO!

- Pode me chamar de Ed.

A castanha o encarou como se ele fosse um extraterrestre ou alguma coisa bem estranha.

“Me chama de Mione e me diz logo quando a gente vai começar a tricotar..Haushausahus..Eu hein? Cada doido que me aparece.”

Os alunos começaram a entrar na sala enchendo-a rapidamente, todos pareciam entusiasmados com a idéia de ter um novo professor.

Todos exceto Draco Malfoy e Hermione Granger.

- Bom como vocês já devem ter percebido, eu sou o novo professor de Defesa Contra as Artes das trevas.

A garota revirou os olhos.

- ..pra começar a nossa primeira aula, eu preparei uma aula realmente interessante pra vocês.- Começou ele.- Escrevam seus nomes em um pergaminho e coloquem naquela Taça ali.- Falou indicando uma taça idêntica à do torneio tribruxo, as chamas quase azuis crepitavam mudando de cor magicamente.

Draco escreveu seu nome com tanta irritação que furou o pergaminho. Sim, ele REALMENTE não simpatizou com o professor.

Primeiro porque o garoto chegou exatamente no momento em que Hermione conversava com o ‘Novo’ professor, segundo porque o loiro percebeu que Hermione e Edward encaravam-se freqüentemente e terceiro porque Draco considerava Lestrange um traidor do sangue idiota.

- Essa ai não é mesma taça do torneio tribruxo?- Perguntou Pansy Parkison.

- É uma taça com função semelhante, senhorita..

-..Pansy Parkison.- Completou a morena corando.

- ..E essa taça selecionará as duplas para aula de hoje.

[Tempo depois]

Dois pergaminhos foram expurgados da taça sendo segurados pelo professor.

- A primeira dupla é Draco Malfoy e..- “Não, não, não. Tudo menos isso!”-..Hermione Granger.

[Segundos depois]

- ..Juntem-se às suas respectivas duplas.- Disse ele.

Hermione e Draco permaneceram imóveis e indiferentes.

“Nem me pagando eu vou lá com o Malfoy, esse loiro de farmácia que venha aqui, oras.”

Eu me sinto bem, eu me sinto bem

Estou me sentindo como nunca estive

Sempre que fico assim,

eu simplesmente não sei o que dizer

Porque não podemos ser nós mesmos como éramos ontem?

- A senhorita poderia reunir-se com seu parceiro de aula?- Sugeriu parando de frente à garota.

- Por que não sugere pra ELE vir pra onde eu tô? A distância é a mesma, se não percebeu.- Respondeu a garota seca, fato que fez Draco rir internamente enquanto caminhava frio sentando-se ao lado da castanha.

- Sei que eu não sou o professor de Poções, mas eu tenho aqui comigo trinta amostras da mesma poção que vocês todos vão tomar. Podem considerar essa dinâmica como um presente, já que hoje é o nosso primeiro dia de aula. Agora..- Pausou o loiro no meio do silêncio absoluto da turma.- Aproveitem e divirtam-se!- Disse ele quando apareceram frascos sobre a mesa das respectivas duplas.

“Que merda de poção é essa? Ahhhh..mais essa aula tá mesmo muito estranha.” Pensou a garota com desconfiança.

- Que poção é essa, ED?- Perguntou Padma com interesse.

- É a poção dos desejos. Ela realiza um desejo profundo. - Uma onda de silêncio invadiu a sala.- Mas..a sua conseqüência, embora seja simples, é um tanto complicada e precisa ser cumprida pela dupla.- Silêncio.- Cabe à vocês escolherem entre o que querem e as conseqüências de seus atos.-Concluiu.

- Não vai tomar a poção, Granger?- Questionou Draco em seu ouvido fazendo-a arrepiar.

A garota apenas pegou o frasco e virou o líquido de uma vez só com o olhar fixo no loiro.

- Não vai tomar a poção, Malfoy?

[Segundos depois]

- Merda!- Xingou Hermione levantando-se do chão.

Havia neve por toda Hogsmeade, e tanto Draco quanto Hermione estavam despreparados para a estação.

SIM, eles foram parar em HOGSMEADE.

- Acorda, Loiro aguado!- Disse a garota dando um tapa leve na cara de Draco.

- Merda!- Bufou ele passando a mão no rosto.- Se me tocar mais uma vez vai se arrepender, sangue-ruim.- Ameaçou o garoto com a face rosada pelo tapa.

- Oh que medo!- Ironizou.- Levanta logo, Malfoy! Ainda temos muita coisa pra fazer.

- O que, por exemplo?

- Decidir se vamos ceder à poção ou aceitar as conseqüências, independente do que sejam.

O loiro revirou os olhos.

- E como a poção vai saber quais são nossas escolhas e desejos?- Quis saber ele com curiosidade.

A garota ignorou o questionamento de Draco.

O silêncio entre eles predominou por um enorme período de tempo.

- E então Granger, Me admiro que ainda não tenha rastejado aos meus pés pedindo pra reatarmos o namoro.- Disse ele com desdém.

- Vai continuar se admirando, loiro aguado.- Draco franziu o cenho surpreso com a frieza da castanha.- Porque eu não costumo cometer o mesmo erro duas vezes.

- Aonde pensa que vai?- Perguntou o loiro segurando-a pelo pulso numa tentativa de evitar que ela apresasse o passo pra fugir daquela discussão.

- ME LARGA, MALFOY!

- Existe uma coisa chamada educação.- Ironizou.

- DANE-SE!- Disse ela.- Existe uma coisa chamada ameaça e se continuar me segurando eu juro que te azaro.

- Granger..Granger..não estamos mais no terceiro ano.- Começou- Além disso- O loiro pausou com a respiração na nuca da castanha.- Você não seria capaz de fazer nada.- Sussurrou arrepiando-a.

(N/A: Mto pra variar *_*)

- Por que acha isso?- Perguntou com a voz rouca e afetada pela aproximação.

- Porque eu vejo como você reage a tudo o que vem de mim.- Respondeu com veemência.

“Respira Draco, respira. Você NÃO PODE E NEM DEVE voltar a querer essa sangue-ruim” Alertou-se mentalmente, mas sem conseguir deixar de desejá-la.

Ele pousou os lábios sobre o pescoço da castanha, beijando-o e fazendo a garota fechar os olhos e entregar-se naquele toque.

“MERDA! O que eu tô fazendo?” Questionou.

- Eu paro de te beijar Granger, se você pedir.- Disse selando os lábios da garota com ardor.

Ela retribuiu com o mesmo desejo mas se conteve.

- Eu não vou ser a sangue-ruim que você tem quando precisa.- Argumentou parando o beijo.- Se me odeia: Vá em frente e comece a sessão de ironias! Porque eu não agüento mais toda essa idiotice.- Encerrou firmemente. - E pra ser sincera, eu não acredito em uma palavra da desculpa que você deu, já que se você quisesse ter me usado não precisaria se dar ao trabalho de todo aquele teatrinho.

Eu não tenho certeza do que isso significa

Eu não acho que você seja o que mostra

E na verdade admito para mim mesma

Que se eu machucar outra pessoa

Eu jamais verei o que na verdade deveríamos ter sido

- Valeu à tentativa, Granger. Mas eu REALMENTE só te usei.- Mentiu o loiro indiferente.

Toda vez que vejo você caindo

Eu fico de joelhos e rezo

Estou esperando pelo momento final

Que você dirá as palavras que não posso dizer

brenda
Enviado por brenda em 30/08/2008
Código do texto: T1153753
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