LENDA.

Chica DO Caldeirão.

Seria mesmo obrigatório revelar sua época, ou sua tribo para trazer seriedade a este mito.Assim meio caçando tal qual eterno bandeirantes e a pondo a ferro e fogo.

Índio para nós é sempre índio, é aquele que nem saudade deixou, restando aqui e ali migalhas do que passou. Mais vida de índio, quer ermitão nomades ou em tribos já há muito mudou e sua história se aproxima de nós por historiadores, ou mesmo pelo mito de que nunca mudou.

Sabemos também de tribos de melhor sorte, eles já em seus computadores, escrevendo novas histórias e com seus próprios aviões chegando a superar nossa imaginação. E ainda assim são índios e sem preconceito entendemos eles gente inferior, eternamente índios, submissos a regime de proteção. Nas escolas ainda nos ensina o que restou de suas religiões, que chegou ser apregoada como traição, é que o catolicismo chegou antes de seus deuses disseram a eles, e os calaram com uma cruz nas mãos.

Há, restou a deusa do caldeirão, e esta aqui, as margens do Rio Grande.

Uma espécie divina, nascida do namoro dos guaranis e dos bororós que aparecia em cima de pote fúnebre carregando um caldeirão.

Sua história sobrevive contada de boca em boca, havendo relatos que ela já foi citada em rima e verso e em prosa poética da região.

Contam que ela dizia se chamar " Chica Salesiência " , nome que ela mesmo adotára por querer ser cristã. Dão conta os versos que ela surge das águas do Rio Grande quando o pôr do sol é avermelhado e profundo, tornado rosa todo o velho oeste, e vem para abençoar todo canoeiro e pescador da região desde antes do Militão a foz do Rio Verde.

Versos mais apaixonados narra, quando ela ainda molhada sobe sob o pote fúnebre e traz um caldeirão na cabeça apoiada pôr uma das mãos enquanto esconde atrás, nas costas a mão que restou.

È ela é a Chica do Caldeirão a deusa da navegação Espírito nobre e sublime que se dedica em abençoar, mas de tão fiel, traz a sua guarda o último repouso de seus irmãos, em cada aparição.

Hei lembre-se de não esquece-la em suas orações.

Kiko Pardini

Kiko Pardini
Enviado por Kiko Pardini em 30/08/2008
Reeditado em 31/08/2008
Código do texto: T1154131
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