Na Era dos Deuses parte cap III. A LUVA DE MONELA
Garoar não era o pior dos fatos naquele momento, mas o cabelo escorrido entre mochila e material escolar não compunha uma sorte favorável ao meu dia tão corrido. As manhãs estavam carregadas há dias e a metereologia continuava a informar nuvens espassas e chuvas periódicas. Céu cinzento todo dia era cansativo.Nem um pequeno raio de luz para minimizar o infortúnio de diblar os horários da Faculdade com o estudo dos meteoritos e suas consequências, no decorrer dos séculos ,no MUNDO.Eu tinha total certeza que boa parte da história convencionalmente era informada sob a ótica do homem e que muito mais estava diante de nós, escondido.
Ao chegar no pátio principal aquele tédio de sempre invadiu o meu interior por completo. Escutar o professor Aurélio falar sobre a cratera de Curuça e seus possíveis questionamentos a respeito. Eu queria me aprofundar naquela questão e em outras, mas toda hora era interrompida com a seguinte afirmação.
__Monela, tudo tem sua hora. A questão principal é falarmos sobre o meteorito de 1930 e não conjecturas sobre mundos subterrâneos advindos de partículas encrustadas no solo da terra.
Bastava aquele olhar para eu reavaliar minhas perguntas e manter um certo ar de tranquilidade na sala de aula. Estávamos no século 21, acessando livremente inúmeras informações na internet e ele me dizia a todo instantes que minhas suposições eram infundáveis cientificamente?. Tolice. Ele nem considerava nas aulas uma discussão sobre o maior meteorito caído na Terra em 1908 na RUssia, mais precisamente em Evenkia, TUGUNKA, já confirmado no ano do centenário pelo próprio governo tratar-se sim de uma nave espacial extraterrestre.
Olhei para os lados para ver se tinha algum colega partidário a um enfoque mais dinâmico, mas excluíndo eu e Aritana, os demais estavam a mercê das horas. O barulho ensudercedor da sineta alertou para o intervalo de 15 minutos. Levantei-me ,e de sobressalto puxei Aritana pelo braço.
__ Venha, preciso te falar o quanto antes.
Aritana suspirou convencida, mais uma vez que ficaríamos sem refeição novamente.
__ Você precisa ver isto.É impossível não prestar atenção agora nos fatos.
Aritana apertou meu braço.
__Não acredito que vou ter que escutar novamene sobre o meteorito de Tugunska. Já se passaram 100 anos e ainda continuam as controvérsias.
___Preste atenção, alguns cientistas estão concluindo que aquilo não foi um meteorito, pois a mobilização dele foi executada em manobras, o que confirma a possibilidade de uma nave espacial. E tem mais, acreditam também em uma missão , pois supostamente a nave salvou a TErra de uma catástrofica colisão com um fragmento celestre altamente destruidor. Alguém estava pilotando. Eu sei que temos hoje mais de centenas de teorias levantadas sobre o fenômeno, mas e o tal do buraco NEGRO .__olhei para os lados, pois minha voz estava elevada. __Aritana, um buraco negro captura qualquer coisa que dele se aproxima, pois a interação gravitacional é tão grande que atrai imdiatamente o que estiver na circunferência. E se a Nave foi atraída e continua lá?
__ Nada pode se afastar de um buraco negro Monela, e além do mais , já se passaram 100 anos.
__Sim, mas e a teoria da temporalidade. Já vimos tanto em filmes , livros e informativos científicos. E se o buraco Negro é estabelecido pela trimendisionalidade e o que se passou há cem anos, continua acontecendo repetidamente, agora?__Aritana, eu preciso acreditar nisto. Há mais de quinze dias que não muda a temperatura na TErra, no MUndo todo.Há algo esquisito acontecendo e você queira ou não, vou descobrir.
O sinal novamente tocou, ensudercedor como sempre. Escorreguei da mochila um par de luvas velhas, de película acetinada e gasta pelos anos. Abaixei-me para pegar e quando me levantei, deparei-me com algo estranho. Um homem franzino de sobretudo escuro conversava no final do corredor no escritório privativo do Reitor. Nunca tinha visto aquele homem. E pelo andar da carruagem a conversa não fluía boa.
__ De quem são estas luvas?, Aritana as pegou rapidamente das minhas mãos, __Diferentes!!Gostei. Vai ter um baile sábado a noite. Você vai me emprestar. Deixa eu ver se servem?
Eu não sabia se prestava atenção em Aritana forçando o par de luvas de minha avó entre os dedos ou se focava a atenção na sala da reitoria.
__Tem algo aqui dentro, tá duro. Eu nem consigo enfiar o polegar esquerdo. __ela puxou a luva direita de uma vez só deixando cair um pedaço de papel fluir no tempo.(...)
Espero que gostem.Vou continuar colocando partes do livro