Diário de uma Nova Vida Parte 17

Não sabia o que fazer exatamente. Aquele corpo ali jogado no meio do nada começou a se mexer ainda não estava morto. Olhei, mas uma vez para o corpo e segui meu caminho, já tinha problema demais e não queria arrumar mais um e se o carro voltasse e me pegasse ali tentando ajudar com certeza ia me apagar também. Puta que pariu! Que merda de pessoa eu sou? Esta certo que faço muita merda, mas o deixar ali agonizar até a morte seria demais até para mim.

Seguindo meus instintos de bom samaritano, e que a qualquer momento iria sumir, voltei para ajudar. Seu corpo estava cheio de hematomas além da queda parecia ter levado muita porrada. Apesar do rosto estar sangrando muito foi fácil reconhecer o garoto baixinho de calça de grife da boate. Fui para o meio da pista e me joguei na frente do primeiro carro que apareceu na frente. Logo foram aparecendo vários curiosos e não demorou muito para a policia surgir. Queriam saber se alguém o conhecia ou tinha visto algo acontecer. Um policial barbudo olhou para mim e logo me veio um estalo: To fudido!

- Garoto você viu alguma coisa? Por acaso conhece o cara? O que está fazendo há essa hora sozinho pela rua?Posso ver seus documentos?

Uma enxurrada de perguntas me fez chacoalhar, do nada falei que sai para ir à casa de um amigo, mas, o coroa não engoliu muito a história. Sabia que ia me ferrar quando visse minha idade, talvez tivesse percebido que eu tava “no speed”. Quando estava prestes a provavelmente ser algemado ou tentar fugir, o carinha piorou e todas as atenções se voltaram para ele. Seu estado não era dos melhores e os policiais o levaram para o hospital mais próximo. Aproximei-me e ele olhou para mim como se fosse dizer algo, o encarei numa expressão d que estava tudo bem e ele partiu.

No caminho para casa tentei imaginar o que teria acontecido. Ele conhecia o Salsicha pode ter sido alguma divida ou se meteu com alguma piranha e o namorado corno descobriu. Mas para que me preocupar foi com ele e não comigo, já tinha feito minha boa ação do dia.

Cheguei naquilo que casa era o ultimo nome que deveria ser chamado e pareciam estar todos dormindo, ainda bem porque depois da briga e do meu dia não queria dar de cara com aquele canalha.

Acordei às 11 horas tava com uma fome de devorar qualquer coisa. Fui direto para cozinha com uma dor de cabeça infernal. Vi que o velho estava em casa e com ele outros três homens. Ele me encarou com muita raiva e disse:

- A policia está aqui para falar com você, Rodrigo!

Guto Angélico