Diário de Uma Nova Vida parte 18

Diário de uma Nova Vida - Parte 18

Que merda! Isso é o que dá ser bonzinho, agora a policia estava ali querendo falar comigo e o canalha exibia um sorriso sarcástico como se dissesse, que estava certo. Não adiantava mais me lamentar pela merda feita e encarei os caras como se não soubesse de nada.

- O que aconteceu? Acho que estão atrás do Rodrigo errado.

- Viemos aqui porque a vitima da tentativa de homicídio, deu seu endereço garoto. E como foi você quem o salvou queríamos te fazer algumas perguntas.

Me aliviei ao ouvir aquilo, disse que voltava da casa de um amigo e o vi ali jogado e o ajudei mas, simples do que eu imaginava. E mesmo se eu tivesse visto quem foi, a policia nesse país é uma bosta mesmo que se achassem os culpados eles não seriam presos, no maximo pegariam pena alternativa como serviço comunitário. Os idiotas foram embora, eu olhei para o velho otário e ri. Não foi dessa vez que ele me viu longe daquela casa.

Eu tava numa ressaca daquelas, mas, resolvi ver minha mãe que continua ali naquele estado. Tudo culpa daquele canalha, hipócrita, mas ele vai me pagar tudo que fez minha mãe sofrer. O hospital tava parecendo uma “ rehab” e sai para pedir silêncio naquela zona porque estava igual a posto de saúde de bairro de subúrbio, ao invés de clinica particular que cobra mais do que deveria. Mas juro que me bateu uma curiosidade, pior que daquelas vizinhas beatas que se escondem atrás da cortina para ver a que horas você chega em casa. Fui até o fim do corredor de onde saiam uma serie de pessoas, esperei elas saírem e olhei para dentro do quarto e era o garoto da boate que estava lá. Sai de fininho, mas ele me viu e gritou:

- Rodrigo! Sabia que você viria aqui! Obrigado cara, agora eu que te devo um favor.

- Você é louco? Quem mandou dar meu endereço a policia? Eu podia ter me ferrado sabia? Se liga moleque porque se essa parada der merda , eu vou fazer você voltar para esse cama de hospital.

- Fica sossegado!Já dei meu depoimento e disse que você apenas estava passando por lá, só fiz isso porque queria que viesse aqui para te agradecer. E vou te recompensar por ter me ajudado. Deixa eu sair daqui que te pago e dessa vez em dinheiro.

- Você ta achando que eu sou o que? Que pode me comprar com seu dinheiro de merda é? Foda-se Otário!

- Calma! Não quis te ofender! É que fui criado dessa forma sempre tentando recompensar os que me ajudam, mas, sei que isso não é certo.

- Sem problemas cara! Não sei o que você fez, mas você deve ter se metido numa encrenca das brabas, porque não era para você sair vivo dessa. E quem fez isso vai tentar de novo, cuidado cara!

- Eu sei! Vou tomar cuidado e quero que tome também porque acabei te colocando numa enrascada, porque se descobrirem que me ajudou pode pesar para você também. Mas acho que por enquanto não tenho do que temer seria muito obvio tentarem fazer de novo. Já que você já esta envolvido mesmo nisso tudo, e que não aceita grana. Vai ter que aceitar pelo menos sair para beber algo. Quem sabe não viramos amigos não é?

- Eu só me meto em merda mesmo, quem vai precisar de escolta é você se andar comigo. Até você sair daí, eu penso nisso. E outra não tenho amigos, acho que todas as relações humanas são movidas por interesse seja ele qual for. Agora tenho que ir!

- A propósito me chamo Thiago Salvattore! Obrigado por perguntar!

Puta merda! Sai daquele hospital com a cabeça a mil mais e mais problemas para mim. Mas pelo menos não era só eu que me metia em problema e o moleque tava mal. E só na rua percebi que ele havia dito se chamar Salvattore. Como eu sou um imbecil , claro que o hospital estava cheio, ele é herdeiro de uma rede de hotéis de luxo. Só me fodo mesmo! E já que não acredito em amizade e estamos ligados mesmo porque não usar isso a meu favor.

Continuei andando quando vi de relance aqueles olhos do outro lado da esquina, era impossível não os reconhecer e dessa vez iríamos conversar. Corri para alcançar , quando fui surpreendido.

- Oi!

Guto Angélico

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 10/04/2009
Reeditado em 29/04/2009
Código do texto: T1532640
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