Diário de uma Nova Vida-Parte 19

Diário de uma Nova Vida- Parte 19

Ia em direção aqueles olhos que me fitavam de um jeito enlouquecedor, era o que eu mais precisava naquele momento, mas como sempre algo tinha que me impedir e ouvi :

- Oi

Sabe quando você olha e sente vontade de esganar a pessoa por ter te atrapalhado, pois bem eu queria esfolar aquela vadia do colégio, ela devia estar com falta de lubrificação porque depois de ser desmoralizada tava ali falando comigo.

- Que foi? Se é sobre o lance do colégio, problema seu! Não te obriguei a nada e você bem que gostou. E outra vaza da minha frente que estou ocupado.

- Você acabou com a minha vida Rodrigo! E ainda está com raiva de mim, esse papel deveria ser meu seu idiota! Como eu pude ser tão burra.

- Você não pode ser burra, porque você é burra e sempre será. Sai da minha frente agora piranha!

Empurrei à vadia e olhei para o lado, mas os olhos verdes haviam sumido de vista, tudo culpa da vadiazinha! Só me fodo nessa vida viu! Já que não tinha jeito mesmo e sabia que era isso que ela queria voltei até a vadiazinha, a peguei pelo braço a machucando e a levei para um beco próximo. Ela gemeu muito típico dessas putinhas, depois que terminei o serviço a deixei lá me olhando com tesão e ódio e voltei a andar até chegar em casa.

Eu precisava de grana o mais rápido possível e sem o canalha me dar mesada e minha mãe naquele estado não tinha como conseguir, mas não podia ficar sem nada, nem pedir a ninguém. A insuportável da Tia Agatha entrou no banho e essa era a chance perfeita de conseguir uns trocados se ela desse falta nunca ia por a culpa em mim, no máximo sobraria pra songamonga da empregada. Foi tão fácil como pegar comprar maconha no colégio.

A grana estava durando e fazia com que minha diversão continuasse, e encomendasse umas coisinhas pro Salsicha. O canalha parecia desconfiar de algo, mas mesmo que tivesse certeza que tinha sido eu a roubar os R$ 600,00 não tinha provas. Numa tarde acordei com um barulho de choro, a songamonga jurava que não tinha feito nada e que era honesta. Eu ri de tudo aquilo, e não sentia nem uma gota de pena afinal a bolsa da Tia Agatha estava sendo maravilhosa para mim, e não foi só aquela vez que fiz uma visita ao seu quarto tinha tornado-se freqüente por isso a investigação com a empregada.

Uma coisa eu sempre digo uns nascem para se dar bem, outros para pagar erros de seres superiores. Estava me preparando para ir à balada quando saio do banho e encontro o aborto da natureza que se diz meu pai sentado na minha cama e com minha carteira na mão.

- O que você está fazendo aqui? Acho que errou de quarto, o castelo de Greiscou é mais a frente.

- Sem piadas Rodrigo Gabriel! Você sabe o que fez e sabe que isso terá conseqüências. Como você pode deixar um inocente ser acusado, seu delinqüente!

-Eu? Cheirou foi? Fiz nada não e larga minha grana ai!

-Sua? Onde conseguiu? Trabalhando que não foi! E não devolver nada, isso tem dono.

- Me dá essa porra agora! E só vou falar uma vez.

Não agüentei e parti para cima daquele imbecil, mas ele foi rápido e se levantou também. Ele tentou me impedir de pegar carteira e bloqueou minha passagem.

- Você não vai sair com esse dinheiro! Nem que seja a única coisa que te ensine de proveitosa nessa vida, porque pelo que parece te educamos muito mal. Por sorte sua mãe não está vendo o marginal que se tornou.

- Não fala na minha mãe! Ela está daquele jeito por sua culpa. Eu te odeio!

Vesti uma bermuda que estava jogava pela cama e não pensei duas vezes aquela carteira ia voltar para as minhas mãos custe o que custasse. Parti para o coroa e ele não cedia entramos em luta corporal.

- Você não vai sair! Ainda sou seu pai mesmo que você não lembre disse.

Acabei dando um empurrão nele, a carteira acabou voando no chão. Sua cabeça bateu na cama, e ele estava lá caído me olhando de um jeito estranho, sangue escorrendo pela sua testa. Seus olhos foram fechando e eu não sabia o que fazer. Será que ele estava morrendo? Eu o teria matado? Não ia ficar lá para saber, afinal se ele morresse seria até bom, já que tudo seria meu.

Vesti a primeira camisa que vi e sai correndo antes que aparecesse alguém, não sabia o que fazer. Nunca tinha matado alguém e não tinha para onde ir. Peguei o celular e da rua liguei:

-Posso dormir ai hoje?

Guto Angélico

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 23/08/2009
Código do texto: T1770124
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