"O Príncipe"
Era noite, a chuva caía, preguiçosamente
Um leve lampejo de raiva ganhou lugar
No olhar sereno do Jovem Oliver Henrique
Em seus ouvidos pareciam haver zunidos
Agudos, impertinentes como o diabo
As águas tombavam, a implorar clemência
Ao descambarem sobre o solo rígido e mudo
As densas nuvens se debatiam, furiosas
Lançando relâmpagos, em algazarra
Trovões se faziam ouvir, tenebrosos
"E os céus a castigar a mente frágil
Do Jovem Príncipe Oliver Joey Heinrick..."
Os ruídos lhe chegavam aos tímpanos
Os clarões e o barulho perturbavam-no
A tal ponto que sentia ímpetos de gritar
Mas sua consciência murmurava-lhe
Tão logo o temporal cessará veloz
Partirá, assim com o modo que surgiu
E essa tensão cerebral irá morrer
"E a restar apenas um jovem sozinho
Calmo e triste, um certo Oliver Henrique..."