[Mcfly] 2ª temporada - Alguém Como Você - Capítulo 36

Max Jones segurava o papel em suas mãos sentindo toda a sua vida ali. Caso Anna o assinasse ela estaria perdendo a sua parte na herança e não teria mais direito a nada que se relacionasse aos Jones. Era um plano muito bem elaborado.

Encontrou Anna sentada na beira da piscina, os cabelos claros sendo iluminados pelo sol. Tão bela que lembrava a Max uma pintura de artista.

– Anna. – Ele disse, tentando mostrar frieza, mas ao vê-la sorrir, sentiu seu coração se desmanchar. O que sentia por Anna era muito forte. – Eu conversei com o Josh, ele pediu pra mim te entregar esse papel aqui.

Passou o papel a garota, que o colocou no colo e continuou observando a piscina.

– Max, você já amou alguém?

– Nunca amei, por quê?

– Talvez eu esteja apaixonada por você.

Max odiava quando Anna era direta, só piorava a situação.

– Eu sei que é errado, mas foi impossível evitar.

– Me responda uma coisa. – Ele se sentou na cadeira de praia atrás da garota, Anna o encarou. – Você beijou o seu primo, não é?

A tensão entre os dois estava evidente. Até pra quem via a cena sabia que existia algo entre os dois jovens, mas pra sorte de ambos, todos naquela mansão se faziam de surdos, mudos e cegos.

– Sim, eu o beijei. – Ela respondeu, agora o encarando firmemente.

– E você quer que eu acredite que esta apaixonada por mim?

Anna sorriu. O que fez Max se irritar.

– Acredite no que lhe convêm Max. Eu só estou dizendo isso porque eu estou começando a achar que você não é meu irmão.

– Como é que é?

A garota deu de ombros.

– Eu acho, mas talvez esteja errada.

– MAS É CLARO QUE VOCE ESTA ERRADA! – Esbravejou o rapaz, se segurando pra não fazer uma grande besteira.

– Ei, não grite ok? Que você é descontrolado eu já sei, mas os empregados não precisam saber!

– Você é tão engraçada não é mesmo Anna? – Perguntou Max, irado.

– Sim, eu puxei essa parte do Dougie.

– Talvez você que não seja filha do Daniel, Anna. – Max provocou, o que fez Anna rir debochadamente.

– Desculpa Max, mas você esta errado, é capaz de você não ser filho dele.

– Argh! Eu não vou discutir isso com você garota idiota!

Mal sabia Max que Anna estava com a corda toda.

– Claro! Eu sei que é difícil se apaixonar por mim e é muito pior controlar o ciúme mais fica tranquilo, Max! Eu sou compreensiva! – Disse, ficando de pé e dobrando a folha pra colocá-la no bolso.

– Garota você por acaso anda usando algum tipo de drogas? Eu NÃO AMO VOCÊ!

– Ah você me ama sim Max, ama e nem percebeu isso ainda.

Anna saiu deixando um Max perplexo.

Anna Jones

I'm not the same kid from your memory

(Eu não sou a mesma criança da sua memória)

Now I can fend for myself

(Agora eu posso me defender sozinha)

- Paramore, Ignorance.

Engraçado como ultimamente eu tenho colocado trechos de musicas mais pesadas aqui em você diário, mas esse trecho expressa bem o que eu tento mostrar ao Max.

E também, como ele tem sido o assunto principal do meu diário, da minha vida e do meu coração.

Não vou dizer que isso seja bom, nem ruim, pois se eu for negativa, estarei sendo hipócrita, se for positiva estarei sendo pecadora.

Mas... Eu sei que Max é esquisito, um dia ele parece ser totalmente normal, outro já me vem estranho.

E eu não gosto dele assim. – Isso soou um tanto meloso, fato.

A reação dele hoje à tarde, por exemplo... Foi mega estranha.

Ele esta apaixonado por mim, eu sei que está e eu já não tenho tanta certeza se quero isso e nem se quero sentir o mesmo.

Mudando de assunto... Hoje fomos visitar a minha vó, ela esta tão mal... Os médicos disseram que Max e eu já devíamos nos preparar pro pior, pois... Ah diário, eu nem gosto de pensar nisso.

É provável que eu vá visitar o Dougie amanhã, até sei o que ele deve estar pensando.

“Ah! A Anna não lembra mais de mim e blá, blá, blá!”

Mal sabe ele que a melhor fase da minha vida foi ao lado dele, da Kate e de toda aquela turma que eu sinto a maior falta.

Eu prefiro nem comentar sobre o Max ter mexido no meu diário, ele é um retardado.

Guardei meu diário no meu closet, meu quarto já não é tão confiável como antes.

– Já assinou o papel? – Eu nem precisei me virar pra saber quem era. Max desde a hora que chegamos estava me azucrinando pra assinar o papel.

– Que merda Max, tem outra coisa pra fazer além de me encher o saco?

– Ter eu tenho, mas preciso que você me assine o papel. – Eu revirei os olhos e fui atrás de uma bendita caneta. To sabendo que o Josh me disse pra ler qualquer coisa antes de assinar documentos, mas qualquer coisa pro Max me deixar em paz.

Assinei o papel e entreguei pra ele que me encarou profundamente antes de me puxar pra um beijo ardente. Toda aquela troca de língua sensual e sem contar como eu me sentia ridiculamente vulnerável a ele estavam sempre presente quando nos beijávamos.

Vai ver é por isso que eu tenho medo de ficar com ele. Medo da necessidade incontrolável.

– É Anna, a partir de amanhã a vida será bem diferente.

– Por quê?

Max sorriu daquela forma fria e maldosa que eu vi há tantos anos atrás.

– Boa noite irmãzinha.

Ele saiu do quarto e suas palavras continuaram martelando na minha mente.

Nada de mal poderia me acontecer não é?

Max às vezes é bruto comigo, mas... Ele não me machucaria.

Droga... Eu não tenho mais certeza do que eu falo e o pior de tudo é saber que eu nem sei mais se ele é meu amigo ou inimigo.

Assustada e começando a entrar em pânico eu fui até meu motorista e pedi pra ele me levar pra Nova York, na casa onde eu sabia que sempre seria recebida de braços abertos.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 10/08/2010
Reeditado em 11/05/2013
Código do texto: T2430013
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