[Original] Refém De Você - Capítulo 18

Capítulo 18

Com o fim da vida escolar, Leandro, Maya (e Rebeca que viajou escondido da mãe) e João viajaram para o Rio de Janeiro pra passarem o réveillon na praia de Copacabana. Já na praia os quatro sentaram-se sob a areia e olharam o horizonte. O clima não decepcionou. Estava quente o céu bem aberto. Algumas vezes a brisa leve do verão fazia os cabelos esvoaçarem.

- Bebe aí. Consegui com uma recepcionista gata do hotel. – João falou, oferecendo uma garrafa de champagne para Leandro. – O que um sorriso exibindo belos dentes brancos não faz, né?

- Ah, muito! Cuidado que mulher carioca é terrível, hein? – Maya falou, rindo. Rebeca olhou feio para ela. – Não amor, nunca fiquei com carioca, eu juro!

- Rê, teve um carnaval que a Maya... – Leandro começou a falar, pondo fogo na situação.

- CALA A BOCA, LEANDRO! – A japonesa gritou, desesperada. Rebeca se levantou e saiu andando pela areia, nervosa. – Ai, você me paga seu magrelo.

Os dois garotos riram, mas aos poucos as risadas foram perdendo o som. Inevitavelmente, lembraram de Angélica.

- Como será que ela tá agora, hein? – João perguntou, num tom suave.

- Eu espero que bem. – O outro respondeu, deitando sob a areia e agora olhando o céu. Ele respirou fundo ignorando o ar que lhe faltava no pulmão em toda vez que falava de Angélica. – Muito bem.

- Você acha que ela volta?

- Ela vai voltar sim. E mais louca do que nunca. – O comentário fez o garoto sorrir. Leandro sentou-se para escrever o nome de Angélica na areia.

- Vou lá conversar com a recepcionista, beleza? – João disse e Leandro assentiu, ainda muito entretido no desenho, fez agora um 8 deitado. Que significava o infinito.

Voltou a se deitar na areia e abriu os olhos. Sabia que era loucura o que faria em seguida, mas não se importou com as pessoas ao redor.

- Eu espero que um dia você volte. E eu sei que isso não vai demorar pra acontecer.

E no céu, a imagem do rosto de Angélica fez Leandro sorrir. Como um sinal de que coisas boas estavam por vir em sua nova jornada. O que ele não sabia é que esse seu novo caminho de vida não incluiria a namorada, não pelo menos agora.

- Você pode me ajudar? – Leandro sentou-se imediatamente ao ver uma garota parada em pé a sua frente. Pelo olhar perdido e urgente ele soube na hora que se tratava de uma turista. – Eu acabei de chegar no Rio, sou curitibana, to super perdida!

- Eu sou paulista, não sei o quanto poderei te ajudar, mas vamos ver no que posso te ajudar. - Ele se levantou rapidamente e olhando com mais alta, viu o quanto a garota era atraente. Morena, olhos verdes e um sorriso que poderia te encantar rapidamente. Havia um algo a mais nela, e Leandro não soube identificar no momento.

- Meu nome é Veridiana, muito prazer.

- Leandro. O prazer é todo meu, Veridiana! – Eles trocaram um cumprimento de mãos que durou mais que o necessário. A troca de olhar foi intensa e durou o necessário para o garoto entender que estava de frente pra garota que por muitos anos seria a sua esposa e também a mãe de seus filhos.