Casual acaso...

Sonhos podem se tornar realidade, realidades podem num passe virar sonhos, e pesadelos as vezes duram vidas...

Era assim que no auge dos meus 22 anos de idade eu via a minha rotina chamada de vida...

Acreditava intensamente na atitude, comportamento definido não pela quebra de padrões, ou pela criatividade, mas pelo simples fato de as vezes me tornar capaz de levantar a bunda do sofá e sair atrás de alguma coisa interessante...

Seja um sanduiche no subway...

Um sorvete com vodka...

Ou até uma carona em um carro desconhecido...

“ tudo vale a pena quando a alma não é pequena...”, e quando se estar prestes a morrer de tédio, como um rato de laboratório dentro de uma gaiola.

Foi com esse espírito que acordei naquela maldita segunda-feira! (afinal que se todas as segundas- feiras que não forem feriados sejam então malditas!). Acordei com as minhas companheiras fiéis de jornada ( olheiras queridas...), e caminhava tão entusiasmada para a faculdade! Ohhh que entusiasmo... As vezes nem eu sabia porque odiava tanto essa rotina... Acredito eu que se tivesse um irmão ou irmã mais novo eles cresceriam depressivos com meu exemplo, mas minha vontade era de desejar uns sinceros F*** - se para todos!!

Mas não o fiz!

(pulando essa parte indescritível do meu dia, estava eu em casa...)

Quando uma não mais que repentina idéia me vem a cabeça!

Que idéia? A não me pergunte pois nem eu sei...

Eu só sei que foi assim...

Corri para o banheiro, tomei um banho quente, e lento, porém ansioso... Calcei um tênis, uma blusa larga e um bom perfume e blush.... Aja que as coisas responderão as suas expectativas...

Estava eu no parque, quando encontro enfim alguém atraente, um homem forte, moreno, alto, musculoso e com rosto de eu sou o fodão e daí? Ele vinha correndo na minha direção, Heheh... o que mais eu queria??

Comecei a correr quando, analisei bem a direção e quando cheguei perto.

Ohh descuidamente o corpo dele brutamente colide com o meu, que é lançado para o chão, e com a intensidade da queda rola na pista...

Caindo eu não consegui vê-lo, mas consegui ouvi-lo, e ele parou e vinha correndo na minha direção, eu continuei no chão, e eu já podia vê-lo, ele vinha com a testa franzida, a mão passou na cabeça, e os olhos se cerraram, abaixou-se na minha frente estendendo as mãos:

- Desculpe, estava muito distraído, você se machucou,muito? - Seus olhos percorreram no meu corpo, analisando, e parando as vezes, acredito eu que procurando algum vestígio de machucados, sua mão foi na cabeça outra vez e escorregou pelos cabelos.

- Não, não preocupe-se está tudo bem, foi só um tropeço – E eu tentei achar algum arranhão qualquer, apenas para poder dramatizar melhor, quando vi meu joelho escravelado! Droga isso iria deixar cicatriz! Meus braços estavam um pouco ralados, e o pior de todos era meu joelho que sangrava, bem superficial, mas era suficiente...

Tentei levantar e tropecei um pouquinho .

- Eu ajudo você!

- Não, Não precisa, minha casa é aqui perto...

- Vamos deixa eu ajuda-la...

Hehe... Deu certo!

- Claro, tenho que assumir que está ardendo um pouco...

- Eu imagino, desculpe minha falta de atenção!

- Não que isso, acontece.

Ele sorriu contidamente, segurou na minha cintura e me pôs de pé, sustentou quase todo meu peso e fomos caminhando devagar, sorte que estávamos perto da saída, e que não tinha nem 10 minutos lá, ou seja, não estava suada ai lembrei :

- Desculpe por atrapalhar sua caminhada – Com uma voz baixa e tímida.

_ Nada, já estava acabando mesmo, e você se machucou muito?

- Não sei, acho que não, não to sentindo nada...

- Enquanto seu corpo está quente, quando você se acalmar mais veremos melhor o estrago, não quer ir ao hospital?

- Hospital por dois arranhõezinhos? Claro que não! Isso não é nada, no Maximo sara até sexta.

Ele sorriu – Que bom! Pelo menos você não está nem chorando, nem gritando ou brigando, desculpe mesmo...

- A que nada! Pare com isso é que é! Já disse que isso acontece, vou lavar e vai ficar tudo bem!

Estávamos já na saída, ele enfiou a mão no bolso, tirou a chave e destrancou o carro.

- Você não precisa me deixar em casa, que isso, moro aqui perto!

- Então não há porque não deixá-la, e mesmo você está toda arranhada, não me custa nada, vamos...

Ele abriu a porta do seu carro preto, e eu sentei no banco ao lado do motorista, ele deu a volta e entrou sentou, bateu a porta, Pôs a chave, e virou-se para mim, e eu me encolhi no banco.

- Deixe-me ver os machucados.

Ohh, machucados que fofinho, que homem em pleno século XXI fala machucados? Hehe...

- Não, não é nada de mais...

- Eu sei, só quero ver se posso ajudar .

E esticou o braço tocando com cuidado o meu braço, estava arranhado, nem eu tinha visto, ele virou analisando, e depois pegou o outro braço, apenas minha mão arranhou e meu pulso, e depois viu minha perna, essa estava feia, meu joelho sangrava, não muito, mas o suficiente para sujar minha perna e o tênis. Ele olhou torceu os lábios e falou:

- Hum, se você quiser posso ver como ficou e fazer um curativo.

Eu levantei a perna, olhei pra ele e sorri – Obrigada!

Ele sorriu, puxou meu cinto, virou pra frente pôs o cinto ligou o carro e deu partida, o som ligou automaticamente, e ele estava escutando Paula e Bebeto de Milton nascimento,(bom gosto), ele olhou pro som e falou:

- Que tipo de musica você gosta posso trocar.

Eu sorri – Não, não precisa, essa está boa...

Depois ele pegou o telefone, e teclou umas duas vezes e levou o telefone ao ouvido

- Oi chefe,

Vácuo

- Não, é isso vou acabar faltando hoje, aconteceu um acidente.

Vácuo

- Não, nada de mais, eu só vou ficar ocupado resolvendo isso agora a tarde, desculpe.

Vácuo

- Tudo bem, mas tarde eu ligo novamente.

Vácuo

- ok, boa sorte ai em!

Vácuo

- A é...

Vácuo

- Então tá ótimo, xau. Desculpa novamente.

Vácuo

Ele desligou o telefone, e pôs no suporte, sorriu e falou:

- Tem que dar uma explicação né.

- Você sabe que não precisava faltar por isso né, ainda dá tempo.

- Nada relaxa vou tirar a tarde livre, um dia não mata ninguém.

- Hum...

- E você o que vai fazer essa tarde?

- Nada de mais... – ( sair do tédio, em auto estilo? Hehe)

- huum...

O carro parou no portão de um prédio das sacadas cromadas, que refletiam o céu e davam ar de metal para ele, o portão abriu e o carro entrou no estacionamento, eu nem vi o caminho, ele estacionou, tirou cinto e disse – estamos em casa.

Ele desceu e fechou sua porta, tirei meu cinto e abri minha porta.

- Ajuda?

- Claro!

Ele me tirou do carro e fomos caminhando até o elevador , onde ele apertou no décimo quinto andar, e se encostou na parede do elevador em frente a minha, olhou nos meus olhos, sorriu, depois seus olhos desceram e fitaram por um tempo meu joelho.

- Tá tudo bem, nem to sentindo tanta dor assim. – Eu disse

Ele sorriu – Que bom.

E a porta do elevador abriu, ele me tirou do elevador e abriu a porta do seu apartamento.

- Seja bem vinda – Me levou até o sofá, e perguntou – Você quer alguma coisa, um suco, uma água, refrigerante, chá? Qualquer coisa?

- Um suco de laranja por favor se tiver.

- Claro já vou pegar pra você .

Eu fiquei sentada no sofá enquanto ele andava em direção a cozinha, a casa era muito arrumada, tudo perfeitamente em seus lugares, vaso, jornais, telefone, mesa, revista, porta retrato... Tudo muito bem arrumado, ele vem com uma maletinha na mão com uma cruz vermelha, e uma bandeja em cima da mala com um copo com suco de laranja, ele senta ao meu lado, eu pego o copo, e ele sorri, põe a bandeja na mesa de centro em cima dela a maleta, e abre, tira de dentro dela uma cartela de paracetamol, quebra uma embalagem e tira uma pílula, e me oferece.

- Beba junto com o suco para passar a dor

- Thanks...

- Posso ver seu joelho?

Eu estico minha perna, e ele apóia na sua, e com um pano úmido, limpa o sangue, desamarra o cadarço e tira meu tênis, limpa meu tornozelo, e passa um algodão molhado no meu joelho, que cria uma espuma e depois some, e podemos ver que não era um arranhão e sim um corte, depois ele passa um spray e põe um algodão e esparadrapo.

- Prontinho, sem dor, agora o braço.

Eu estiquei meu braço, e ele Fez o mesmo processo...

- prontinho novamente, mostre seu pulso.

Meu pulso não tinha nada mais que uns três arranhões, mas eu estiquei, e ele apenas limpou, sorriu e me olhou... ficamos mudos... nos encarando, eu não sei quando, mas de repente sua mão forte segurou firme minha cintura e me puxou para ele, minhas pernas se encaixaram na sua cintura,e sua língua estava em minha boca.

Seu beijo era quente, bruto e ao mesmo tempo delicado, seus lábios eram macios e se ajustavam aos meus, seus movimentos ritmados e quentes, e suas mãos largas subiam nas minhas costas, apertavam, acariciavam, e meu corpo estremecia ao seu toque...

Meu corpo estremecia ao sentir seu peito forte e quente fervendo encostar nos meus, sua mão era fogo, e seu beijo se tornava cada minuto mais urgente, mais violento, como se nem todo o tempo do mundo fosse suficiente, sua língua num movimento rápido em minha boca, sua mão mas forte em minha cintura, subia e descia, seus braços me apertavam contra seu corpo quente...

Sua língua descia pelo meu queixo, úmida desenhava o meu pescoço, me virando a cabeça, me fazendo perder o sentindo, de repente ela estava na minha nuca me causando arrepios de luxúria, suas mãos apertavam minha cintura e subiam calmamente me causando arrepios, e tirando minha blusa, e minhas costas encostavam no peito quente dele, um encontro inesquecível, indescritível, suas mãos subiam das minhas costas, até a minha cintura, e subindo até encontrarem meus seios, meus seios encaixavam perfeitamente em suas mãos quentes, que desciam e desabotoavam e minha calça, até ela escorregar pelo meu corpo e, encontrar o chão...

E meu corpo então, inteiramente vulnerável, e frágil, encontrava o corpo dele forte e quente, que preenchia cada espaço vago, que aquecia cada minúscula parte do meu...

E em movimentos ritmados, quentes, me roubava o ultimo suspiro...

Seu corpo quente então exausto abraçava-me, e sua boca procurava a minha...

O seu suor se misturava com o meu, em calor, em prazer, em puro desejo e satisfação...

E então o ultimo suspiro, mas para gemido de prazer foi ouvido, e seu corpo então relaxou, e meu corpo deitou-se em cima do dele, minha cabeça sentia o calor de seu peito, e eu ouvia o batimento acelerado de seu coração, suas mãos abraçavam minha cintura...

E meu cabelo descia pelo seus braços até encostar no chão, e meus olhos calmos se fecharam, e meu corpo continuou lá imerso, naquele calor prazeroso...