I. 1º Grau do Ensino Médio

I. 1º Grau do Ensino Médio

As aulas começaram dia 30 de janeiro de 2006. Os alunos estavam ansiosos para o início do ano letivo. Na verdade nem todos, apenas alguns que vivem sonhando com a escola. Uma delas era uma aluna chamada Merari.

Mas pêra aí, vamos voltar um pouquinho no tempo e buscar algumas informações dessa aluna.

Merari uma aluna que aos oito anos ingressou no Colégio São Paulo na primeira série.

No Colégio São Paulo fez muitos amigos e cresceram juntos, formaram-se na quarta série, depois na oitava e finalmente chegaram ao um outro topo de vossas vidas, o Colegial.

Os alunos estavam deixando o ginásio e estavam avançando um novo nível. Um nível que os prepararia para suas vidas futuras, um nível de decisão!

Pois bem, agora com quinze anos Merari estava indo para o 1º Ensino Médio.

As férias haviam acabado e ela não via a hora de ir à escola.

Finalmente esse dia chegou. Dia trinta de janeiro de dois mil e seis. Uniforme novo, colegas novos, professores novos, matérias novas, enfim, mudança completa.

O Colégio São Paulo tem uma maneira de diferenciar as séries que é completamente bacana. Cada nível tem uma cor de uniforme. O primário tem a cor azul, o ginásio calça azul e blusão branco com azul e o colegial calça preta e blusão branco com preto.

Para os alunos do colegial essa mudança toda os deixava surpresos.Tudo era novidade.

Enfim, as aulas começaram. Os alunos iam chegando e cumprimentando seus amigos. Alguns estavam ainda isolados, pois não conheciam ninguém.

Estavam todos entretidos quando o sinal tocou. Eram sete horas e todos tomaram seus postos e formaram a fila.

A diretora e os coordenadores deram as Boas Vindas aos alunos e professores e após isto fizeram a oração. Era de costume todos os dias antes dos alunos e professores entrarem à sala de aula fazerem a oração.

É importante lembrar que ao se locomoverem à sala de aula, os alunos deveriam ir de mãos para trás. Era um sinal de ordem e uma precaução para evitar qualquer acidente entre um aluno e outro.

Os alunos entraram na sala de aula acompanhados por seus respectivos professores.

Como era o primeiro dia de aula, cada aluno sentou-se no lugar desejado. É claro que formando grupinhos e panelinhas entre amigos.

Era uma segunda feira, certo professor de uma determinada matéria entrou, cumprimentou os alunos. Como regra da escola, quando um professor, funcionário ou qualquer pessoa que entrasse na sala, os alunos deveriam levantar-se para cumprimentá-los. Então, a professora entrou e disse: “Bom Dia!”. Os alunos responderam: “Bom Dia!” e a professora disse que poderiam sentar e só após essa ordem todos sentaram.

A professora logo se apresentou e pediu que cada aluno falasse seu nome.

Essa era a parte mais engraçada. Alguns alunos tinham nomes diferentes e os professores pronunciavam errado e é claro, todos riam.

Quem sabe bem essa história é a mesma aluna mencionada logo acima: Merari.

Ela já esperava quando chegasse sua vez. Ia ter que dizer o seu nome e repeti-lo, pois, não iriam entender. Ela não via logo quando passasse algumas semanas, pois aí todos já saberiam seu nome e não precisaria ter que pronunciá-lo várias vezes.

As “aulas” deram início. Na verdade os alunos não tinham aula. Naquela primeira semana seria apenas apresentação entre alunos e professores.

Os alunos tinham seis aulas por dia. Após a terceira aula tinham um intervalo de vinte minutos.

Os alunos estavam um pouco alvoroçados, pois estavam colocando as fofocas e conversas em dia.

E assim foi... Professores entrando e saindo e se apresentando.

Disse que os alunos não estavam tendo “aula”. Na verdade usei uma figura de linguagem.

Eles não estavam tendo até um dado momento quando entrou uma professora.

- Bom Dia!

- Bom Dia! – responderam os alunos.

- Podem sentar!

Todos a observaram. Ela era alta, tinha os cabelos encaracolados, usava óculos, era magra.

Ela se apresentou e perguntou o nome de cada um.

Os alunos pensaram que iriam ficar sossegados, mas não.

Ela escreveu seu nome na lousa e disse: “Eu sou a Professora Mônica e vou dar aula de Matemática I e Física para vocês!”.

Até aí tudo bem. Os alunos estavam fixados à lousa prestando atenção.

Então, ela olha para todos e diz: “Nós vamos fazer uma revisão de tudo o que vocês viram!”.

Os alunos quiseram “morrer”. Pensavam eles que ficariam sossegados, conversando... Mas tiveram que colocar a mão na massa.

Realmente os alunos escreveram naquele dia. Ficaram muito surpresos com essa novidade.

Tiveram as seis aulas, mataram a saudade dos colegas e ao meio-dia e vinte retornaram para suas casas.

As semanas foram passando... As aulas foram dando início. As matérias foram iniciando-se e os alunos novos foram se enturmando.

A aluna Merari andava sempre com o seu quarteto. Eram eles: Merari, Michelle, Raquel e Felipe.

Estes dois últimos eram gêmeos.

Merari os conheceu na sexta série e com o tempo acabaram se tornando grandes amigos.

Viviam juntos, andavam juntos, riam juntos, estudavam juntos....

Era uma amizade maravilhosa.

Eles nunca discutiam, sempre entravam em acordo.

Felipe era o único menino que sempre as acompanhava. E por ser o único, era caçoado pelos colegas. Além do mais, nas aulas de Educação Física, ele não jogava futebol com os meninos. Ele não curtia e quando jogava era sempre com seu grupo de amigas. E por tal motivo era deixado de lado pelos garotos.

Os garotos só o procuravam quando precisavam de alguma ajuda em alguma matéria, pois Felipe além de tudo era um ótimo aluno.

Com o tempo a amizade entre alunos e professores também foi se expandindo.

Merari adorava quando batia o sinal após o intervalo para formar a fila e era a professora Mônica que iria dar aula, pois ela adorava conversar com ela.

Os meses foram passando até que num determinado dia ocorreu um mal entendido entre a diretoria e os alunos Raquel e Felipe e os pais deles resolveram tirá-los do Colégio.

Merari ao chegar no dia seguinte foi surpreendida pela sua amiga Michelle que seus amigos haviam saído da escola.

Ela não queria acreditar no que estava ouvindo. Ficou decepcionada. Chegou à casa, ligou para seus amigos e estes confirmaram a notícia.

Merari se insubordinou de uma tal forma que pediu à sua mãe que a tirasse do Colégio, pois não queria mais estudar lá.Disse que não tinha mais vontade de ficar lá sem seus amigos e pediu para que ela a transferisse para uma escola do Estado.

Sua mãe disse que não a iria tirar e conversou com ela e tentou confortá-la.

Merari acabou ficando no Colégio e passou a se conformar.

Ela perdeu dois grandes amigos, mas foram substituídos por duas outras grandes amigas: Aninha e Maria Luíza. Estas foram também grandes companheiras.

Em junho do mesmo ano foi à casa de seus amigos juntamente com sua amiga Michelle. Lá mataram a saudade e reviveram grandes momentos.

O ano se passou e Merari estava agora mais conformada.

(Merari Tavares, 2009, Minha Querida Professora)

Merari Tavares
Enviado por Merari Tavares em 08/12/2010
Reeditado em 15/12/2010
Código do texto: T2659774
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