[Original] The Simple Plan - Capítulo 45

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Quem acredita sempre alcança.

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[Mônica] *Bate na porta* Eduardo, abre a porta! - Paolla batia em uma porta velha de madeira que fora colocada no meio do palco.

A professora de Geografia, Sandra, se ofereceu pra ser a mãe de Eduardo na peça.

[Sandra] Pelo o amor de Deus, o que você faz aqui?

[Mônica] Dona Sandra, pode dizer o que quiser, mas eu irei falar com Eduardo, custe o que custar!

[Sandra] Ponha-se em seu lugar, você já é uma mulher! Eduardo é uma criança!

Paolla se afastou com um riso de escarnio no rosto.

[Mônica] Só você acha isso!

[Sandra] Saia daqui Mônica ou eu irei chamar a polícia.

As duas se encararam, a mãe protetora e a mulher apaixonada, ambas não desistiriam de seus propósitos.

E enquanto isso no camarim da escola...

- Porra, que ansiedade! - Eric Mendes exclamou. - To tão nervoso que to até falando sozinho, que merda.

Ele andou de um lado pro outro, pensativo, ansioso, preocupado. Tanto, que nem reparou que um rapaz estava parado na porta, um rapaz que ele conhecia muito bem.

- Caralho, se o Eduardo tivesse aqui ele estaria rindo, super tranquilo.

- É porque o Eduardo é muito foda. - Ao ouvir a voz, Eric Mendes se virou na direção da porta e abriu a boca, surpreso. - Né não?

- CARAAAAAACOLES! EDUARDOOOOO, VOCÊ FUGIU DA ALEMANHA!!! - Eduardo revirou os olhos e entrou no camarim, calmamente.

- Não fugi, eu quis voltar, a vó deixou.

- Mentira??????????????

- Não pow, é sério. Já tá no segundo ato? - Ele estava tranquilo, Eric que não estava. Namorar Emanuella tinha o tornado uma pessoa bem diferente.

- Pera, você voltou pra ficar?

- Claro.

- Porra, tu é foda.

- Eu sei. - Eric estava pasmo demais pra xingar o irmão. Ele de fato não esperava que Eduardo fosse voltar. - E como ela está?

- Tá bem, ela esta diferente, mas ainda tem muito da antiga Paolla.

- Sim, com certeza. Muito obrigado por ter cuidado dela velho... - Os irmãos se abraçaram. - Sério, tu é demais.

- Eu sei. – Eduardo riu.

- Tu não muda, capeta.

Os dois se afastaram e Eduardo perguntou:

- Tá no final?

- Ta na cena em que Mônica vai na casa de Eduardo falar com a mãe dele.

- Beleza, eu to por dentro.

- Você vai entrar? - Eric perguntou surpreso. - Mas...

- Eric, na boa, eu ensaiei essa garota por meses, to no meu direito né? - o mais velho concordou. - Ah, ótimo. Pode deixar, não vou te envergonhar, não.

- Acho bom. - Os dois riram. Eduardo trocou de roupa com Eric e seguiu para o palco. Paolla já estava no palco, concentrada no que iria fazer. Internamente o rapaz se sentiu orgulhoso pelo desenvolvimento da namorada. “Minha garota, meu orgulho...” E começou a segunda parte da peça.

[Mônica] Pode chamar Sandra, eu não me importo.

Nesse momento, Eduardo sai de trás das cortinas, e aparece na porta falsa.

Paolla quase caiu pra trás ao vê-lo.

[Eduardo] Mãe, eu quero ficar com ela, entenda isso.

Eduardo tentava passar pela porta, Sandra o impedia.

[Sandra] Eu jamais irei entender! Isso é doença.

[Eduardo] Amor é doentio.

[Sandra] Isso não é amor.

[Mônica] E o que você sabe do amor Sandra? - Paolla estava tirando uma força enorme pra continuar com a peça, tudo o que ela queria era abraçar Eduardo.

[Eduardo] Mãe, me escute, eu vou ficar com ela, você querendo ou não.

[Sandra] VOCÊ JÁ PAROU PRA PENSAR NO QUE A SOCIEDADE DIRA? DO QUE SEUS AMIGOS, NOSSOS FAMILIARES DIRÃO?

[Eduardo] Se eu for parar pra pensar no que os outros dirão, eu nem irei viver, mãe.

[Sandra] Eduardo, por favor... Tenha racionalidade meu amor.

Eduardo saia de trás da mãe e ficava de frente pra Mônica, que estava com a respiração descompassada.

[Eduardo] Amor e racionalidade são palavras que não devem ficar na mesma frase.

A mãe ficou em silêncio. Derrotada, baixou a cabeça e se pôs a chorar. Mônica sentiu pena e entendeu a dor dela.

Eduardo foi abraçar Sandra.

[Sandra] Você é a melhor coisa da minha vida Eduardo, eu me preocupo demais com você.

[Eduardo] Eu entendo mãe. - Ele pegou nas mãos dela. - Mas eu preciso da Mônica, eu a amo incondicionalmente.

A plateia foi ao delírio com Eduardo.

[Sandra] Mas e o que os outros irão pensar?

[Eduardo] Irão pensar que é pedofilia, acharão que Mônica é algum tipo de tarada, tacarão pedras... Mas sabe? Estou pouco me importando, ninguém paga as minhas contas mesmo.

[Mônica] Eu te amo tanto meu menino...

[Sandra] ISSO É UMA DESGRAÇA! COMO PODE? O QUE VOCÊ FEZ PRA ELE TE AMAR ASSIM?

[Eduardo] Eu respondo essa mãe... - Os dois se olharam. - Ela simplesmente entrou na minha vida, isso já me faz ama-la.

Novamente, os gritos na plateia aumentaram, Eduardo e Paolla tinham uma química em cena que impressionava.

A música de fundo mudou pra algo mais romântico, leve. A cena que viria era a de um abraço. O abraço que selaria a paz e o amor de Eduardo e Mônica, porém, empolgados pela paixão e pelo momento. Os dois se beijaram, numa força violenta, num amor arrebatador.

Parecia inacreditável, mas três garotas da primeira fileira desmaiaram com o beijo do casal.

A peça mal tinha acabado e todos estavam fazendo uma ovação de pé.

A professora e coordenadora da peça subiu ao palco e disse as palavras finais, tecnicamente, a peça nem tinha terminado, mas todos já estavam mais do que satisfeitos com o que viram em cena.

“E é isso meus queridos. - a professora falou, emocionada. - Amor não tem idade, não tem sexo, não tem cor, não é o que ensinam as músicas românticas, amor é indefinições, ame e não pergunte muito, apenas ame. Muito obrigada a vocês que assistiram a essa peça, foi produzida de uma maneira simples, mas intensa, eu to muito orgulhosa dos alunos que escolhi pra essa peça.”

Paolla ainda estava agarrada a Eduardo, sentindo seu cheiro, recordando o que na verdade jamais esquecera, o tocando, em sua visão, aquilo parecia um sonho.

- Eu te amo tanto meu amor, tanto. - Ela disse, apaixonadamente.

- Eu sempre iria estar com você Paolla, seja no seu coração ou na tua mente, eu sempre irei estar. - Eduardo tocou o rosto dela, que estava molhado pelas lágrimas constantes. - Sem choro!! Eu to aqui, por você e com você.

- Pra sempre?

- Pra sempre.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 29/05/2011
Reeditado em 28/04/2013
Código do texto: T3000387
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