O casarão mal assombrado

Em verdade o real motivo que levou a família Borges se mudar é que o casarão estava com barulhos estranhos. A porta rangia, as janelas abriam e fechavam sozinhas e havia barulho de correntes, passos e murmúrios.

Os meninos Maria e Pedro sabiam, porém guardavam segredo. O cientista não podia saber. Estava decidido em transformar o lugar num centro de pesquisas.

Saíram à passear e colher material para catalogar, deixando a mansão à deriva.

George: - Quantas ervas medicinais e plantas ornamentais para catalogar. Algumas estão em estinção.

Maria: - Sempre morei aqui, mas nunca havia observado com atenção. A vegetação é muito bonita.

Pedro: - Parece que ouvi um barulho. Veio daquela direção. Vamos lá.

George: - É melhor não se afastar. Vocês estão sob minha responsabilidade.

Maria: - Não se preocupe. Temos amuletos que nos protegem.

Pedro: Não seja medroso. Vamos pegar aquela trilha.

Seguiram a trilha, quando de repente sentiram um arrepio, um vento gelado e um grito assustador. Seria alguma vítima de Morgana?

- Quem está aí? Sinto cheiro de carne fresca. Sinto a presença dos Borges!

Trata-se de Veruska, a vampira, que se nutre de carne humana e sangue de qualquer ser vivente. É a versão feminina de Drácula. Temida por Morgana, a bruxa e adversária de Harmonia e Viviana, ambas irmâ e esposa do Mago Merlim.

Quando ouviram sua voz assustadora entraram em pânico.

- Chegou nosso fim, disse Pedro. Somente dentro de casa estaríamos seguros.

- Vamos embora. Por aqui.

- Quem disse isso?

- Sou Dudu, um gnomo. Posso leva-los para minha cabana.

- Com esse manto posso ficar invisível, disse Pedro.

- Vamos George, Maria e Pedro. Não podemos nos demorar aqui.

Mas era tarde: Veruska, a vampira, havia enterrado seus caninos em George. Mas poupou-lhe de beber o sangue, transformando o cientista em vampiro.

Velma Dyes
Enviado por Velma Dyes em 27/12/2011
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