Biscoito Estrelado - Capítulo V

Capítulo V Tem mais confusão na Festa!

Assim que o parabéns acabou, os tatues bolinha que Debruxa havia aumentado de tamanho, explodiram, lançando vários beijinhos nos convidados, que ao serem tocados por seus beijos, sentiam muitas cosquinhas. Todos correram para fora, rindo e se desviando dos tatuis bolinhas, agora transformados em beijoqueiros.

- Quem.... kaaaa, kaaa, kaaaaaaaa, ka ah, ah, ah,a, ka! Fez isso? ka, kaaa, ah ah, aka, kaaa, kaa, ka!

Perguntou Madréa, morrendo de rir.

- Foi... Kih, kih, ihiiiii, kihii, kiiiiih! Debruxa, Madréa! Kih ki, kih kih ih iih! - Respondeu Pequetita, rolando no chão.

Para pura sorte de todos, assim como as talhatinas, o efeito dos tatu bolinha beijoqueiros não demorava muito, e logo todos estavam respirando aliviados esperando os docinhos sentadinhos em suas mesas.

- Viu como deu certo? - Perguntou Debruxa a tia Caviglione. - Agora é mais fácil para os Elfos servir!

- Obrigada, Debruxa!

Beringelo, que se escondera dos tatuis bolinha beijoqueiros em seu buraco de pé de berinjela, acabava de ver Debruxa conversando com tia Caviglione do outro lado da festa. Queria se aproximar, mas já estava sem graça de ficar o tempo todo atrás de Debruxa. Então optou por permanecer ali em seu buraco observando-a.

Debruxa, que ao se dirigir para a mesa de suas amigas Madréa e Pequetita dera uma trombada com o professor de poções Horácaco Slughorn, derrubando seu copo de parafuso no chão, se desculpava com este.

- Professor.... el... me desculpe.

- Não foi nada Debruxa. Mas vejo que perdeu seu copo. Queira aceitar este, por favor.

- Não precisa se incomodar, professor.

- El... Bem, tome pelo menos um gole dessa deliciosa bebidinha, para se refazer da trombada, Debruxa. Eu faço questão.

Debruxa, que não gostava de destratar ninguém, deu uma rápida golada na bebida de Horácaco Slughorn,.

- Hum, mas é deliciosa! Que bebida é esta, professor?

- Ah, segredo de cozinha minha cara, segredo!

- Eu não sabia que o senhor gostava de cozinha.

- Sou professor de poções mágicas, esqueceu?

- Ah, é verdade. - E devolvendo o copo ao professor, abaixou-se para pegar seu copo que ainda jazia no chão.

Ao fazer isso, sentiu uma alfinetada bem no bumbum.

Ai! - Deu um gritinho, fazendo com que Horácaco Slughorn voltasse e a ajudasse ficar em pé.

- Que foi, minha jovem?

- Foi... hel... Ah, deixa pra lá, já estou melhor.

Existem criaturas que não faltam em certas festas. Não gostam muito de serem descobertas, mas sempre se fazem notar, nem que passados dias do acontecimento festivo.

No exato momento em que Beringelo se postara em seu buraco de pé de berinjela observando Debruxa, uma dessas criaturas, que estava escondida no alto de uma árvore, marcou sua presença. Era um pequenino índio que trajava apenas uma tanguinha estampada com vários coraçõezinhos e carregava consigo um arco e flecha. Focando sua energia no olhar apaixonado de Beringelo, assim que Debruxa se abaixou para pegar seu copo parafuso, lançou sua flecha que atingiu certeiramente o traseiro da pobre bruxinha.

- - Em fim sós, meninas! - Disse Debruxa sentando-se com as amigas.

- É, né Debruxa?

- Ora, não me olhe assim Madréa.

- É Madréa, - ajudou Pequetita. - Hoje é seu aniversário, divirta-se. E do mais, Debruxa também foi atacada pelos tatuis bolinha beijoqueiros.

- É verdade, mas estou apenas me divertindo de lançar meu maligno olhar.

- Sua bruxa! - Gritou Debruxa, ameaçando fazer cócegas em Madréa, e mudando rapidamente de assunto a fim de evitar que Madréa passasse a lançar seu olhar maligno de verdade, pegou um docinho de morango e exclamou: - Esses docinhos estão divinos!

- Hum... Estão mesmo! Quem foi a fada que os fez? -

- Nem uma fada, Madréa. Foi nossa amiga Pequetita aqui.

- Pequetita! Estão ótimos.

- Hum... Obrigada... Obrigada.

- Mas mudando de assunto. - Retomou Madréa. - E o Beringelo?

- Que tem ele? - Perguntou Debruxa, desconfiada.

- Calma bruxoila. Não precisa ter ciúmes.

- Ciúmes? Eu? Ora Madréa, fala sério!

- Madréa tem razão, Debruxa. Eu bem vi os olhares que ele dirigia a você.

- Ora, vocês duas estão doidas!

- É mesmo? - Perguntou Madréa. - Então olhe para a direita pra ver se aqueles olhos que tanto miram essa mesa não é de um certo vegetal humanizado.

Debruxa, como adorava desafios, olhou e seu olhar ficou imediatamente preso em um outro olhar, claro, de Beringelo.

- E por falar nele, Madréa, - prosseguiu Pequetita, - Você já foi apresentada a ele?

- E a Debruxa por acaso teve essa delicadeza?

- Debruxa! Você não o apresentou a Madréa?

- Ela não só não me apresentou, Pequetita, como também não está te ouvindo.

- Debruxa? Debruxa!

- Não adianta Pequetita, ela está presa ao olhar daquele lá.

- AH, éÉ? - E piscou para Madréa.

- Só não dê um daqueles seus gritos, por favor, Pequetita.

- Não, não, faremos algo melhor. Use um de seus feitiços radicais. Mas só por aqui, certo? Não vá atingir os convidados.

- Farei o possível.

- Então, Madréa, depois do 3. 1....2.... E... 3!

Assim que Pequetita acabou de contar, o olhar de Debruxa sofreu uma violenta interferência de cabelos negros, ao mesmo tempo que se sentiu perdida na noite a flutuar.... flutuar... até que se tocou.

- Vocês duas! Pequetita, tire sua cabeleira de meu rosto....

- Ainda não, Pequetita. - Pediu Madréa, que imediatamente fez a mesa rodopiar rapidamente no ar e dando uma volta completa no chalé com as 3 de ponta cabeça, fez algumas piruetas e aterrizou violentamente no chão.

- Ah, ah ahahahahahahah, ahahahah, ahahahahaaa! - Gritaram Debruxa e Pequetita.

- O feitiço era só para ela, Madréa.

Falou Pequetita, assim que seus pezinhos tocaram novamente o solo.

- Eu disse que faria o possível. Vai dizer que não gostou? - Perguntou Madréa, morrendo de rir.

- Vocês... Vocês duas tramaram contra mim?

- Deixe disso, Debruxa. Pequetita estava te chamando por horas e você presa apaixonadamente em um certo olhar.

- Eu o quê? Vocês estão loucas!

- Ora, vamos Debruxa, não tem como disfarçar. - Disse Pequetita, que era especialista em feitiços de amor. - E vou te dizendo logo, hein. Não tem nem um feitiço aí. E voltou a procurar sua fita vermelha que com o vôo radical de Madréa, havia caído.

- Ora como não Pequetita. Então você acha mesmo que eu iria me apaixonar por uma beringela?

- Uma beringela macho. - Corrigiu Madréa.

- E rei das beringelas. - Acrescentou Pequetita.

- E um senhor berinjelão. - Finalizou Debruxa, mal se dando conta do que havia dito.

- Ah! - Responderam Madréa e Pequetita. - Viu só? Depois diz que não, né?

- Tá bem... tá bem... Eu confesso.

E colocando as mãos espalmadas e abertas viradas para cima na mesa, explicou.

- É como se fosse uma cilada embrulhada em um papel de charada com milésimas de gotinhas de interrogações, entendem?

- Não. - Responderam Madréa e Pequetita.

- Seja mais clara, Debruxa, por favor. - Pediu Madréa.

- Hum.... Deixe-me ver. É como se você, ou melhor, eu, estivesse com a boca cheia dágua esperando um bombom de cereja... Como se eu sentisse o tempo todo perfume no ar.... como se eu estivesse o tempo todo flutuando....

- Pare por aí, Debruxa. Não precisa ser tão específica. - Pediu Madréa.

- Sim, e agora, o que você pretende fazer?

- Não sei Pequetita. Acho que.... Acho que nada.

- Hum... E a mensagem que ele tem que nos dar? - Perguntou Madréa. - Você, ou melhor, vocês já falaram com ele?

- Não... Quer dizer....

- Certo Debruxa, você não falou com ele, mas e você Pequetita?

- El.... Quer dizer...

- Você também não? - Gritou Madréa inconformada.

- Madréa, se acalme. - Pediu Pequetita. - Ou quer que eu grite também?

- Não precisa fazer isso lindinha. Agora só se lembre de uma coisa: - E dizendo isso, Madréa fez a mesa flutuar.

- Ah, ah, ah, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! - Gritaram Pequetita e Debruxa.

- Se acalme, Madréa! Vou te apresentar agora mesmo e você pergunta a ele, certo?

E colocando a mesa novamente no chão, Madréa disse;

- Agora?

- Bem, preciso beber algo antes.

- Ah, ah, ah, ahahahahaahaha! - Gritou Pequetita, antes que Madréa iniciasse outro feitiço radical. Mas Madréa já tinha conjurado um feitiço para proteção de ruídos estridentes.

- Pequetita! - Gritou Debruxa. - Pare com isso. Eu não tenho nada haver com isso.

E nesse momento, a mesa começou a girar.

- Ok, ok, eu dispenso a bebida!

- Droga Debruxa, por que você não perguntou sobre as mensagens ao Beringelo? - Indagou Pequetita, que desistira de procurar a fita e arrumava os cabelos que estavam para cima.

- Ora Pequetita, e por que você não perguntou.

- Porque ele é seu hóspede, não meu!

- Ei, - Chamou Madréa. - Vocês vão ficar aí culpando-se mutuamente ou irão me apresentar ao galante Beringelo, hein?

- Vamos logo então. - E levantando-se da mesa, Debruxa varreu a festa com o olhar, encontrando Beringelo em um canto muito solitário. Sentiu uma pontada no coração. - Tadinho! Parece tão triste. - Pensou. - Será que fiz algo de ruim a ele?

Assim que Madréa e Pequetita se levantaram para seguir Debruxa, foram interceptadas por Horácaco Slughorn, que conseguindo uma bandeja com um dos Elfos, enchera esta com copos parafusos repletos de sua poção.

- Ora vocês duas!

- Estamos com pressa, professor. - Disse Madréa, que detestava rodeios, e concluiu: - Daqui há pouco falamos com o Senhor.

- Puxa, mas eu só queria oferecer uma bebidinha refrescante a vocês!

- Que gentileza! - Exclamou Pequetita, querendo dar algum tempo para que Debruxa pudesse respirar. Ela que conhecia muitos feitiços de amor, sabia, é claro, reconhecer um sentimento verdadeiro. E imaginava o que Debruxa estava sentindo. E pegando um copo parafuso concluiu: - Pegue, Madréa. E vamos levar um para Debruxa também.

- Ai Pequetita! - Praguejou entre dentes Madréa. - Desse jeito iremos perder Debruxa de vista.

- Que nada. - Respondeu Pequetita, deixando o professor para trás. Beba um golinho de sua bebida. Você está muito ansiosa.

- Não me provoque, Pequetita.

- Olha aqui Madréa, eu sei muito bem o que Debruxa está sentindo, certo? Então, vou lhe dizer uma coisa...

- Ah, vai? Então diga logo Pequetita.

- Beba um gole desse treco aí para se acalmar, se não eu não irei em lugar nem um.

Bufando de raiva, Madréa obedeceu a amiga para não perder mais tempo.

- Sente-se melhor? - Perguntou Pequetita, já se preparando para correr da amiga, pois estava abusando da paciência de Madréa, e conhecia muito bem seu temperamento. Mas para seu espanto, Madréa deu um lindo sorriso e respondeu.

- Muito melhor! Acho que... que.... sinto vontade de pular!

E começou a pular.

- Ora Madréa, agora não é hora de pular, você não ia falar com Beringelo?

Mas Madréa estava pulando cada vez mais alto.

- Vou...sim... Pe.que.ti.ta.

Seus pulos foram atingindo alturas cada vez maiores.

- Então pare de pular, sua bruxa doida!

- Estou..tentando..mas..isso aqui..tá.. muito.....divertidoooooooo!

Os pulos de Madréa já ultrapassavam o primeiro andar do chalé, quando Debruxa sentindo a falta das amigas, voltou para buscá-las.

- Ora Pequetita, então é assim? Vocês pedem para ir falar com o cara e me deixam sozinha?

- Debruxa... Acho que Madréa não está nada bem.

- O que deu nela?

- Veja por você mesma!

Madréa agora ultrapassava o telhado do chalé.

- Madréa! - Gritou Debruxa. - O que você pensa que está fazendo aí em cima?

- Não........ Seeeeeeeeiiiiieiiiiihihihihihi!

- Ela não está fazendo nada lá em cima, Debruxa. Ela está fazendo lá e cá, entendeu?

- Como assim?

- Ela está pulando, Debruxa, Pulando! entende?

- Entendo. Então: Madréa, - Corrigiu Debruxa: - O que você pensa que está fazendo pulando desse jeito?

Mas agora elas tinham que esperar alguns momentos para Madréa voltar ao chão e escutarem o que ela

estava dizendo.

Nesse momento, Beringelo que tomara coragem para se aproximar de Debruxa, viu Madréa pulando muito alto e perguntou:

- Ela está tentando alcançar a lua?

- Ora cala a boca, Beringelo. - Falou Debruxa, se espantando com sua agressividade.

- Não sabemos ao certo.- Respondeu Pequetita mais delicada piscando o olho desaprovadoramente para Debruxa.

- E o que você está fazendo com esses dois copos nas mãos? - Perguntou Beringelo, tentando se acostumar com tantas coisas esquisitas.

- El.... Eu... A sim! Tome Debruxa.

- o que é isso?

- É uma bebida que eu tinha pego para você.

- Oh Pequetita, como você é gentil! Eu estou mesmo morrendo de cede.

- Lá vem ela! - Disse Pequetita, a fim de ouvir o que Madréa tinha começado a dizer.

- Eeeeeeeeu estou adorando..... isso aquiiii ihihihihihihihiiiiiiiii!

E voltou novamente para cima.

- Hum Pequetita! Essa bebida é maravilhosa!! Pegou com o professor Horácaco Slughorn, não foi?

É uma delícia! - Exclamou Debruxa, que nem tinha percebido Madréa retornando e tornando novamente a ir para cima.

- Eu também preciso beber algo. - Disse Beringelo, procurando um elfo para servir-se.

- Ah, tome o meu copo. Ainda não bebi nada. - Ofereceu Pequetita, mas Debruxa foi mais rápida. E chegando-se para bem perto de Beringelo, sussurrou provocadoramente.

- Pode tomar comigo querido, se não se importar.

Pequetita que acabava de ficar vermelha com a atitude de Debruxa, não sabendo o que fazer para disfarçar seu mal jeito, tomou a bebida de um gole só. Ao virar o copo, percebeu Madréa voltando e gritou:

- Lá vem ela de novo!

- Oiiii Beringelo, eu não tinha te vistoooo. Mas muito prazeeeee eheheheheheheeeeeeeeeeeeeeeeeee eheheheheheheheheheeeeer!

E subiu novamente.

- Muito prazer! - Gritou Beringelo para o vazio.

- Ah, ela já foi para cima, Beringelo. Venha comigo. Vamos dançar esse forró!

E agarrando Beringelo, Debruxa o conduziu para o meio da pista de dança.

- Eu não sei dançar, Debruxa, mas gostei disso!

- Ah, então somos dois!

- Dois o quê, Que não sabem dançar?

- Não amor, dois que gostaram disso!

Pequetita, já refeita da vergonha, ouviu um som vindo de cima, e devido ao efeito da poção de Horácaco, havia se esquecido o que estava acontecendo com Madréa. Esta, que tinha uma boa visão de lá de cima, chegou já perguntando.

- Ondeeeee estããããoooo eleeeeeeeheheheheheheheheheeees?

E subiu de novo.

Pequetita que era muito desconfiada, ao ouvir tal pergunta vindo de cima e retornando as alturas, sacou de sua varinha mágica e gritou para o alto:

- Você não irá perturbar a festa de minha amiga Madréa, ouviu bem? Volte de onde veio! Mas por pura sorte, não lançou imediatamente o feitiço, preferindo procurar de onde exatamente tinha vindo o som.

Não encontrando nada, saiu a procurar pela festa. Ia passando pelas mesas e olhando bem na cara de cada convidado ia descartando aqueles que julgara não serem os responsáveis por tal ameaça.

- Onde estão eles... eu hein... então tem um penetra tentando entrar na festa! Ora, isso não vai ficar assim. ah, mas não mesmo!

E se dirigiu para a frente do chalé. Ao passar pela sala, tropeçou com seus tamanquinhos no que julgara ser um pé de dragão. - Um dragão? Hum... eu conheço um Dragão... um doce dragão... um dragãozinho.... - E erguendo olhar das patas para a perna, corpo e cabeça, se deparou com a colorida cabeleira do bicho;

- Dragonildo! É você? Finalmente o encontrei!

Dragonildo, que também já tinha tomado da poção, puxou Pequetita para si e a colocando na cacunda, voou lá para fora. Ao sair pela porta da cozinha, alçou um voou mais alto e quase trombou com algo que vinha descendo.

- Draaaaaaagooooooooniiiiildooooo! Pequeeeetíííítaaaaaaaaaaa aaaa aaa aaa a!

ahahahaha!

- É Madréa! - Reconheceu Dragonildo.

- Sim, ela parece que veio lá de cima e foi lá para baixo, querido.

Mas Madréa já estava subindo novamente e gritou para a dupla:

Já passei pela luaaaa agora vou para Maaaaarteeeeeeeeheheheheheeheheeeee!

E foi embora para o alto.

- Vamos atrás dela, isso parece ser interessante!

- Nããããããããããão! - Gritou Pequetita, mas nesse momento Dragonildo já tinha alcançado Madréa, que tornava a descer.

- Vocês estãããão muiiiiitooo devagaaaaa ahahahahahahahahahahaaaaaahahahahahaha ahahahaaar!

- Ah! - Exclamou ele. - Então ela quer brincar de pique e pega?

E descendo rapidamente, foi atrás de Madréa.

- Não faça iiiiiisso Dragooooniiiiildoooohohohohohohoooooooooooooooooooooooo!

Gritava Pequetita, mas era inútil. Ao chegarem perto do chão, Madréa já estava voltando para cima e berrou para os dois:

- Vocês nãããão vééééhéhéhéééééhéééhéééééééhéhéhééémm?

Assim que Dragonildo fez o retorno para voltar a subir, Pequetita que puxava com todas as forças a cabeleira colorida do Dragão, se desequilibrou e parou de cabeça para baixo bem na frente de sua testa. Nisso, seus longos cabelos negros foram lançados para baixo, tapando totalmente a visão do gragãozinho, , que saiu aos tropeços, serpenteando com Pequetita em suas costas para o meio da pista de dança.

- Veja amor. - Falou Debruxa no ouvido de Beringelo. - Tem até um casal de perucas dançando, não é o máximo?

Mas ao virar a cabeça para ver do que Debruxa estava falando, seus olhares se encontraram. Nesse momento, o que parecia ser um formigamento colorido percorrera todo o corpo de Debruxa, enquanto

faíscas fosforescentes se desprendiam daqueles olhares, atingindo toda a festa.

Pequetita que já tinha saltado da cacunda de Dragonildo, começou a rodar, puxando o dragão com ela.

- bruxinha Pequetita! Pare com isso, por favor. Eu vou ficar tooontooooo!

- A Dragonildo, você não sabe como sempre quis fazer isso com você. Vamos brincar de atirei o pau no gato! Ou melhor, no dragão! E seguiu girando e girando com um tonto Dragonildo.

- Pequetita! - Gritou ele. - Você já está tirando faíscas do chão de tanto rodar!

- Eu quero mais é que brotem lavas coloridas!

- Aaa aha! Então é fogo que você quer? - Ainda conseguiu perguntar o pobre dragãozinho, que numa tentativa inútil de lançar fogo, só conseguira tossir. Pequetita que percebera a intenção de Dragonildo, girou mais e mais rápido.Com toda a confusão de faíscas se espalhando pela festa, a maioria dos convidados saíram correndo.

Tia Caviglione, que estava no banheiro dando um apoio moral para Pomonaudaí Sprout e Septerica Vector, que não paravam de vomitar um líquido azul, ouvindo a gritaria que vinha lá de fora, deixou as professoras com os cuidados de Olizia Hooch, e correu para a cozinha. Ouviu ainda Olizia Hooch dizendo as professoras.

- Vomitem uma de cada vez, por favor. Não quero ser alvo das duas!

Na cozinha a situação estava pegando fogo no que parecia ser um debate calórico entre Devistro Sisco e Horácaco Slughorn.

- Você não tem mesmo juízo Horácaco!

- Ora Devistro, o lunático aqui é você! Não me venha com suas lições de moral!

- Acho que já está na hora de você pegar sua vassoura, Horácaco. Já se divertiu bastante com sua poção, não é?

- Quem é você para me dizer que horas são, Devistro?

- Quem mais bebeu aquele troço azulado, Horácaco? Vamos, preciso saber para preparar um antídoto!

- Ah, então é isso, não é?

Os dois professores percebendo a interrupção da profa Caviglione Gonagall, pararam imediatamente com a discussão.

- Vamos rapazes, o que está havendo?

- El....

- Horácaco? - Bem, acho que você não irá me contar, não é? Então você, Devistro?

- Bem professora, - Começou Devistro Sisco. - Acho que nosso amigo aqui exagerou um pouco na dosagem de uma poção. Mas tenho certeza que não foi por mal.

- Sim, - Começou Horácaco. - Era para ser apenas uma diversão inofensiva. Eu juro, madame Caviglione Gonagall. A senhora precisa acreditar em mim. - E caiu em prantos ajoelhado aos pés da professora.

- Vamos, Horácaco. Eu acredito em você. - E passando a mão na cabeça do choroso professor, continuou. - Você não precisa chorar. Precisa sim, é nos ajudar com o antídoto.

- Sim, eu ia mesmo fazer isso, mas esse aí....

- Não, não. Não continue Horácaco, tenho certeza que Devistro só está nervoso tentando ajudar, não é Devistro?

- Claro! - E estendendo a mão para Horácaco, o ajudou a ficar novamente de pé. Mas Horácaco era muito pesado, e Devistro acabou indo parar do outro lado da cozinha com o impulso que dera, derrubando Fadana que acabava de chegar esbaforida.

- Oh! - Gritou a profa Caviglione. - Se machucou Devistro?

- Não professora. Estou bem.

Mas vários passarinhos já esvoaçavam um galo que começara a crescer em sua testa.

- Mantenha esse gelo aí, Devistro. - Disse tia Caviglione, fazendo aparecer pedrinhas de gelo da ponta de sua varinha. - E você venha comigo, Horácaco. Vamos remediar essa bagunça.

E pegando um caldeirão, tia Caviglione foi adicionando várias coisas que Horácaco ia lhe dizendo para fazer o antídoto.

- E você, Fadana, se machucou?

- Oh, não Caviglione. Na verdade estava a sua procura!

- Estou um pouco ocupada agora, Fadana, mas vá dizendo.

- Ah querida,

os convidados estão enlouquecidos! Mas deixe-me ajudar enquanto te conto.

- Sim querida, segure o caldeirão enquanto vou adicionando essas coisas aqui.

- Mas o que houve Caviglione? E o que estamos fazendo?

- Mais tarde Fadana... mais tarde te conto com detalhes, mas precisamos andar rápido agora.E preciso saber o que exatamente está acontecendo lá fora. Ainda bem que você chegou. Conte, por favor.

- Bem, eu não sei por onde começar.

- De preferência do começo. - pediu tia Caviglione.

- Bom, eu estava dançando com

Rúbílio Hagrid,

quando vi uma gigantesca peruca colorida passando voando por cima de nós.

- Uma peruca?

- Sim, mas não foi só isso.

- Continue.

- Antes eu já tinha notado alguns comportamentos estranhos. Marlenta Carrow, por exemplo, estava brincando de tiro ao alvo com os espinhos das roseiras. Silígia Trelawney estava jogando Ping pongue com Remo Josias Lupin.

- Ora Fadana, não vejo nada de mais nisso! Tiro ao alvo usando espinhos de rosas, tudo bem, é esquisito e perigoso, mas Ping pongue! O que tem de mais?

- Não teria nada de mais, se eles não estivessem usando as bandejas como raquetes, as cordas do violão como rede e os docinhos como bolinhas. Mas fiquei mesmo com medo quando ouvi Josias Lupin dizer que jogar com docinhos era muito sem graça, e olhou para Sapancos...

- E então?

- E então Caviglione, ele mirou a varinha para Sapancos e este está lá fora agora quicando de raquete em raquete. Ou melhor, de bandeja em bandeja.

- Meus Deuses! - Precisamos andar logo com isso, Horácaco.

- Impossível acelerar, professora Caviglione. Para que surta um bom efeito, é necessário esperarmos o tempo certo.

- Que mais está acontecendo lá fora, Fadana? - Perguntou tia Caviglione, tentando lembrar de um antigo feitiço que fazia com que o tempo andasse mais rápido. - E onde está a manga de seu vestido? - Adão, o anão arrancou de mim enquanto eu estava dançando e a comeu.

- Nossa! - Exclamou Horácaco.

- Tem mais, muito mais.

- Desembucha logo, Fadana. - Pediu tia Caviglione.

- Antozé Flitwick metera Mestre Pardalito dentro do próprio violão e está dançando, chocalhando a viola, enquanto Caldeira da Porteira está a cantar: "Pardalito na viola, fez um buraquinho, voou, voou, voou, voou. e a menina que gostava tanto do bichinho, chorou, chorou, chorou, chorou.

- Que macabro! - Exclamou Devistro que ainda estava segurando o gelo na testa.

- Tem mais. Driqueta, está tentando acertar Bene Chapeleta com bombinhas explosivas de pimenta malagueta, Debruxa vestiu a capa de Beringelo e está rodopiando em círculos no que ela diz ser a dança do acasalamento, Lorde lerdo transformou a si próprio em um auto falante e está discursando na varanda da frente para os convidados que estão indo embora.

- E MUITOS JÁ FORAM?

- Para nossa sorte, sim, Caviglione, mas ainda tem outros malucos lá fora tentando alcançar Madréa.

- Que tem minha filha?

- Ah, todos estão pensando que ela quer chegar até Plutão com seus saltos.

- Pronto! - Gritou Horácaco. - O antídoto está pronto.

Horas mais tarde, tia Caviglione se despedia dos últimos convidados, já refeitos dos sintomas da poção.

Madréa, Pequetita e Debruxa, dormiam na saleta do andar de cima, que fora arrumado por tia Caviglione. Esta, depois de ajeitar um resistente Beringelo em seu buraco de pé de Berinjela, deitou-se ao lado de Fadana no quarto de Debruxa.

- Ufa! Que festa! - Suspirou ela. E voltando-se para a comadre: - Ainda bem que acabou, não é Fadana?

Mas Fadana já roncava sonoramente.

***

Debie Debruxa Miau
Enviado por Debie Debruxa Miau em 07/08/2012
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