[Original] We Are Young - Capítulo 2 - Parte 2

Capítulo 2 - Parte II

Lennon M. Dias

Terminei a ligação com Demétri e fui para a cozinha tomar café, Lucas já estava se arrumando e com certeza estaria com mil e uma perguntas sobre eu ter ido para a casa da nona àquela hora da noite. Eu teria contado a ele ontem, mas o encontrei dormindo no sofá com o controle do nosso video-game em mãos. É sempre assim.

- Bom dia. – Lucas entrou na cozinha com o conhecidíssimo uniforme da escola, sentou-se a mesa de 3 lugares (eu precisava me lembrar de tirar aquela cadeira da cozinha) e serviu-se meio lento. Ele é sempre muito lento pela manhã.

Desde o falecimento de nossa mãe, há 2 anos, eu venho sendo pai, irmão e também mãe de Lucas. Tive que aprender a cozinhar (uma das experiências mais complicadas e marcantes da minha vida) e fui trabalhar cedo. Ou seja, todas as coisas que a gente passa a adolescência achando que não terá necessidade de aprender e que se tiver que aprender (no caso, a trabalhar) que seja bem mais pra frente.

- Estou com sono.

- Bem feito, quem mandou dormir tarde?

- Ah, era a melhor parte do jogo. Mas enfim, o que pegou ontem que tu foi a casa da nona?

- Emerson chamou uma guria para o teste de guitarrista. Ela o enganou pelo telefone.

- Bah, tu ficou de cara?

- Claro né!

- Leite, tu vai ficar pra sempre nessa de não aceitar guria na banda? Não acha que tá na hora de superar a Verônica né? – Lucas tem surto de maturidade, isso, com certeza não puxou de mim. Eu aos 15 anos só pensava em mulher, sexo e balada.

- Eu sei que está, mas não é simples assim. – Respondi sério.

- Lennon, faz simplesmente 2 anos que ela fez o que fez, a guria deve ta tipo rica e tu aí, sofrendo as dores de ter sido enganado.

- Lucas... – Murmurei, suspirando alto. – Tu às vezes me assusta.

- Eu sei. – Ele riu. - mas sei lá, antes de julgar essa guria que veio de SP, vê como ela manda na guitarra. Ninguém é igual à Verônica.

Fui pra casa da nona com essas palavras ecoando na minha mente

Cheguei lá as 7h da manhã, Emerson ainda não havia chegado e eu fui obrigado a aguentar o clima de romance entre Isabel e Demétri. Eles não estavam abraçados e nem nada, mas eu não precisava ser muito esperto pra saber que estava acontecendo algo, era bem evidente.

- Estou tensa. - Isabel entrou na cozinha onde eu estava bebendo água. Ela realmente estava querendo puxar papo comigo.

- Relaxa. – Sorri de canto, ela sorriu também. – Vou pegar leve.

- Devo agradecer? – Agora seu sorriso foi bastante sexy.

- Com certeza.

E novamente aquele silêncio perturbador entre nós, eu não sei bem porque isso acontecia, mas eu também não sabia como evitar.

Ela se aproximou lentamente, sustentando o olhar e não quebrando o silencio. Senti sua mão leve tocar meu braço e não consegui afastá-la, mesmo que uma parte minha não quisesse isso.

- Eu sei que você não gosta de mim, mas...

E eu cedi, porque lá no fundo era o que eu queria também.

Fui puxando Isabel lentamente e conforme ela se aproximava o toque aumentava e se transformava em um abraço desajeitado. Já era possível sentir seu perfume, que era doce, inebriante. A maciez da pele dela me fez ter pensamentos inadequados para o momento. Eu queria mais.

- Cheguei!!!!! – Emerson berrou da sala e eu soltei Isabel na mesma hora, a tempo dele não ver nada. Sai da cozinha sem dizer nada a ela. Era mais fácil.

- Demorou cara – Demétri também apareceu do nada e eu franzi o cenho, confuso. – Bel??

Vou vomitar.

- To aqui. – Ela passou por mim e se postou ao lado de Emerson. – Oi gigante.

- Fala minha pequena guria!! Que cara de cansada é essa?

- Dormi pouquíssimo. – O casalzinho trocou um olhar cúmplice e eu fingi não ver e mais uma vez ignorei a incomoda sensação que eu sempre tinha ao vê-los juntos. – Vamos começar?

- Demorou!!!

E o teste de Isabel foi surpreendente, eu não demonstrava reação porque sabia que Emerson e Demétri me observavam. Ela sabia o que fazia, faltava um pouco mais de técnica em alguns aspectos, coisa que aprendemos com o tempo, experiência e com um monte de gente dizendo que não somos capazes.

Pedi pra ela tocar em três ritmos e nos três ela fez com louvor, volta e meia me olhava com a sobrancelha arqueada, como se esperasse que eu fosse bater palmas por ela mandar bem e eu respondia com um sorriso leve e meio frio. O bom disso é que não terei mais que fazer seleção com outras pessoas.

Ninguém percebia essa pequena e estranha conexão que estava nascendo e ficando cada vez mais firme entre nós.

Isabel Longhi

Quando finalizei meu teste Emerson e Demétri correram pra me abraçar, eu sabia que Lennon tinha me escolhido. Ele não dera nem um sorriso gigante ou algum gesto que dissesse que eu estava aprovada, mas eu sabia através da troca intensa de olhar que estávamos tendo que eu era a nova guitarrista da banda.

- Estou muito orgulhoso de ti. – Demétri disse num abraço bem apertado. Eu sorri, beijando a ponta de seu nariz. – Bah, lugar errado.

- Será? – Devolvi, provocante. Afastando-me com delicadeza. Lennon, pra variar (e me irritar) estava agindo do seu modo “disperso” da vida.

- Acho que ta rolando um pequeno clima de romance aqui. – Emerson murmurou, dando um soquinho de leve no ombro de Dê.

- Tu ainda achas?? Bah. – Eu me concentrei pra não mandar Lennon ir à merda, ele vive calado, mas quando fala, sempre é com maldade. – Arrume suas coisas. Vou pedir pro meu irmão passar aqui quando sair da escola, nesse tempo aproveite para descansar. Meu estômago girou bem rápido ao pensar em como seria viver com um cara que não gosta de mim, mas reage de maneira intensa quando eu o toco. Deve ser algum tipo louco de atração física que há entre nós... Ou apenas sexual.

– Vamos indo cambada??? – Perguntou aos meninos, os dois assentiram, mas Demétri fez questão de se despedir com um beijo meia lua, o que eu pude ver por canto de olho que fez Lennon revirar os olhos.

E logo eu fiquei sozinha na casa da Nona, livre pra pensar no que estava havendo entre mim e os dois gaúchos e agradecer mentalmente ao velho Tom por ter me ensinado a tocar. Se não fosse suas pacientes aulas eu já estaria voltando para São Paulo.

E Lennon... Bom, ele obviamente me atrai, desde a primeira vez que eu o vi, mas existe uma barreira entre nós. Barreira imposta por esse seu jeito, essa coisa de querer e não querer, de sempre falar com uma maldade na voz e tudo isso direcionado a mim, deixando bem claro que ele tem sim um problema comigo.

Posso imaginar a quantidade de corações que ele arrasa por aqui, mulher pira em homem de personalidade difícil.

E a beleza dele? Algo para o lado mais aristocrático da coisa. Deve ser aquele nariz meio empinado, só pode. Cabelo castanho claro, bem claro e com alguns fios loiros que vivem em um topete arrepiado e mal feito. A pele muito branca (assim como uma boa parte do povo branco do Sul, acho que eles não se queimam nem quando tem sol) e os olhos num azul bem acinzentado. É mais alto que Demétri e dois dedos mais baixos que Emerson. O físico é normal, de garoto que passou a adolescência sem malhar, mas a vida se encarregou de deixa-lo naturalmente gostoso.

E Demétri, o avesso do amigo, totalmente relaxado, fofo, galante e com seus cachinhos angelicais, olhos perfeitamente verdes e com aquela pinta de menino que curtiu muito a vida. Apesar de que ambos parecem ter uma ferida em comum, e eu tenho que descobrir o que é. Lennon parecia muito mais velho e maduro que o amigo. Talvez seja algo que tenha passado. Não sei. Eu estou meio confusa. Aliás, muito confusa.

Fechei meus olhos e suspirei fundo, eu precisava relaxar um pouco, acabei adormecendo no sofá mesmo. E quando acordei, a versão adolescente e de cabelo enrolado do Lennon estava sentada no canto do sofá, assistindo a TV, bem tranquilo.

- E aí!! – Cumprimentou, sorrindo educadamente. To começando a achar que Lennon é um caso raríssimo.

- Oi. Prazer, Isabel. – Me apresentei logo, porque depois eu esqueço. Sério.

- Lucas.

- Ouvi falar de você.

- Espero que tenha ouvido coisas boas. – Nos sorrimos um para o outro. Sei lá porque, mas simpatizei com ele. – Ta preparada pra morar com a gente?

Não. – Era o que eu devia responder. Mas como eu já estava no barco eu tinha que navegar.

Não é bem esse o ditado, enfim.

- To sim. – Menti forçando um sorriso. Ele não acreditou muito, mas não entrou em detalhe.

Lucas me ajudou com as minhas coisas e fomos a pé para a sua casa. Era meio difícil não compara-lo com o irmão, o som da voz, os gestos, a beleza, mas não a personalidade.

O mais novo era falante, muito agitado, sorridente, alegre. Lennon era totalmente fechado.

- Ah cara, tem tanta coisa legal aqui. É que vocês de lá pensam que o RS se resume a frio.

Olhei para a minha roupa totalmente preparada para o clima sulista.

- Ah, mas é um pouco.

- Você vai se acostumar tchê, com o tempo vai estar até sabendo das gírias e falando.

Eu sorri percebendo que Lucas tinha um encanto natural, ele fazia as pessoas gostarem dele bem rápido.

- Deixa eu te perguntar... – Murmurei, chamando sua atenção. – E a mãe de vocês?

A expressão de Lucas ficou simplesmente gelada. O olhar vazio, distante.

- Ela faleceu há dois anos. – Respondeu, num sorriso fraco. E eu me senti novamente a pior pessoa da terra, sem o menor senso, mas eu também não tinha como imaginar. Só que agora eu entendo um pouco mais o gaúcho metido.

- Meus sentimentos.

- Obrigado.

- E desde então você mora com o Lennon? – Eu não devia ir a fundo nesse assunto, era familiar demais, só que minha curiosidade estava me cutucando.

- Moramos na casa de nossa mãe, ela deixou para nós. Lennon a mantém com o serviço da lanchonete, eu faço uns bicos às vezes pra ajudar. Tivemos que cortar alguns gastos, mas levamos bem a vida. – Eu sorri ao notar na voz de Lucas um grande orgulho do irmão mais velho.

- E ele vai largar tudo pela banda? – Perguntei, cortando um pouco os assuntos familiares.

Lucas e eu estávamos rodando uma esquina que dava acesso a uma enorme rua, muito bem cuidadas, e, com casas meio antigas, mas ainda assim, belíssimas. Parecia que ali só viviam famílias históricas.

- Esse assunto aí é meio in-off. – Eu entendi o termo usado por ele. – Sei que gera curiosidade, mas é que meu irmão fica de cara quando eu falo demais dele. – Balancei a cabeça sinalizando que entendia seu lado. – Tu citou da banda, lembrei que tem um concurso tri massa bacana pra vocês participarem.

- O que é tri?

É bom eu já ir aprendendo as gírias.

- Muito legal, bacana, etc.

- Orra, curti. – Ele riu e finalmente paramos a uma casa de fachada rustica, uma garagem grande que estava com um carro todo empoeirado (um Gol preto) e uma bicicleta no canto esquerdo. Era uma casa muito bonita, do tipo que você olha e pensa “deve ser bem confortável” e ao entrar, meu pensamento se afirmara.

A minha primeira impressão sobre o lar dos meninos era que fora decorado por alguém que sabia muito bem o que estava fazendo. A iluminação da sala era daquelas que dava um ar super aconchegante ao lugar, os móveis lotados de objetos, fotos e outras coisinhas que eu ainda não sabia o que era, pois estava um pouco distante.

Lucas colocou minhas malas no chão, abriu os braços e soltou um “tcharam!” apresentando sua casa.

- Bem vinda!!! Oh, não pense que Lennon e eu arrumamos a casa, só os nossas camas e lavamos a louça. 3 vezes na semana a tia do Emerson vem limpar pra gente e lavar as nossas roupas. – Menos mal. Admito que no quesito dona de casa, minha nota é um redondíssimo zero.

- Ah, claro. Eu já estava estranhando.

Lucas riu alto.

- Único dom que meu irmão tem é na cozinha. Aliás, teve que aprender e aprendeu. – Ele me puxou pra cozinha.

- Como assim? – Qualquer informação sobre o irmão dele estava se tornando tipo, viciante demais para mim.

- Quando nossa mãe morreu alguém tinha que cozinhar para a gente, né? E Leite aprendeu.

- Leite... Não entendo esse apelido. – Cocei a cabeça, confusa.

- Bah, é desde criança. Por causa da pele dele.

- Ahhh, porque ele é branco?

- Bahhh Isabel! Branco sou eu, Lennon é tipo... Tipo...

- Tipo Leite? – Perguntei brincalhona.

Gargalhamos.

Voltamos pra sala com Lucas levando um pacote de biscoito em mãos.

- É. Tipo isso. Não sei por que ele ta de implicância contigo. Tu és bacana... Diferente da naja que ele chama de noiva.

- Eu fui meio idiota quando nos conhecemos, talvez seja isso. – Agradeci mentalmente Lucas não ter perguntando a minha idiotice. Mas senti meu corpo todo tremer de raiva ao ouvir aquela palavra. “Respira, relaxa e respira.” – Seu irmão é noivo? Nem vi aliança... – Eu disse no tom mais relaxado que eu consegui.

- É, ele é noivo a 1 ano e meio, 2 anos... Detesto aquela guria com todas as minhas forças.

- Por quê?

- Repare. Toda vez que meu irmão agir como um idiota é porque ela ligou para estressa-lo.

- Vou reparar. – Sorri, para disfarçar o golpe que tinha levado com o que meus olhos viam. – É essa aqui a noiva?

Eu peguei um porta-retratos onde Lennon estava abraçado com uma moça de cabelos longos e de cor castanho claro, beirando ao loiro (como o dele). Seu sorriso era superior, quase arrogante e ela tinha um ar de rica, de quem nasceu numa família muito boa e teve uma educação maravilhosa. O look dela doía no meu ego como um tiro. Eles eram um lindo casal, do tipo top 10.

- É sim... Essa é Bruna Merten. Sempre tem uma ovelha na família. Lennon é da nossa. Bruna é a da dela.

E eu a da minha. – Acrescentei mentalmente.

- Sempre. – Dei um risinho. – Bonita.

- Vadia nojenta. Já falei pro Lennon largar disso aí, mas sempre que ele tenta essa guria faz um drama infeliz.

- Por quê?

- Por que os Merten nos ajudaram muito quando nossa mãe adoeceu. Lennon sente em divida. E vadia se aproveita disso.

“Se aproveita”. Eu duvido que Lennon ache isso ruim.

Lennon M. Dias

Depois de muita insistência minha consegui sair da lanchonete 1 hora mais cedo. Ir para casa significava descanso e sossego, mas quando eu estava no portão de casa lembrei meio triste que eu havia convidado Isabel para morar comigo. Eu e meus atos de bondade totalmente inoportunos.

Passei pela garagem e percebi que não estava mais tão bagunçada, talvez Isabel tivesse arrumado, sei lá.

Abri a porta que dava entrada pra sala e a encontrei descendo as escadas, ela usava a minha blusa preta de moletom e short jeans, o cabelo estava preso num coque, e mesmo estando tão simples, conseguia ficar ainda mais bonita.

- Ficou bem em ti! – Eu disse, num tom meio sarcástico. Isabel franziu o cenho.

- O que?

- Minha blusa.

- É sua? Lucas disse que era dele. Nossa... – Ela foi abrindo o zíper, eu fiz um gesto pedindo para ela parar.

- Pode ficar.

Sentei-me no sofá e ela fez o mesmo.

- Bonita a sua noiva. – Disse de repente e com um leve tom de cobrança, como se eu tivesse obrigação de contar a ela sobre Bruna.

- Tu viu? – Perguntei fingindo orgulho. - Obrigado. – Isabel sorriu seca.

Será ciúmes? Que esquisito.

- É. Vocês parecem apaixonados.

Eu a olhei sem acreditar que ela estava dizendo aquilo. Não me lembro de nenhuma foto minha que eu pareça estar apaixonado.

- Engraçadinha você!

- Ah, você não sabe o quanto. – Revirei os olhos e liguei a TV.

- Cadê meu irmão?

- Ta tomando banho. Daqui a pouco vamos assistir um filme.

- Ele foi simpático contigo? – Perguntei e me senti idiota, se eles já vão assistir filme é meio óbvio que se deram bem.

- Mais do que você.

Ignorei a cutucada. Deitei minha cabeça no sofá e sorri, fechando os olhos e relaxando.

- Eu acho que tu tá um pouco abusada hoje. Deve ser a convivência maravilhosa com o Demétri.

Eu não devia ter falado dele, dá a impressão que estou com ciúmes.

- Sempre fui. – Disse, se aproximando lentamente. Quando levantei a cabeça, Isabel estava bem próxima. Não recuei, quero ver até onde toda essa valentia irá. – É que você não me conhece.

- E acho que nunca irei conhecer. – Declarei espontâneo demais. Ela ficou estática. – Tem algo errado contigo.

- Ah, claro. Errado porque quando nos conhecemos eu disse que você era gay?? Perdão, Lennon. Imagino o quanto isso machucou seu ego de macho gaúcho.

- Me machucaria caso eu tivesse a sexualidade indecisa. – Revidei. - Eu sou bem ciente do que eu gosto. – Foi a minha vez de me aproximar. – Achei foi graça de ti.

- Fico feliz de saber que lhe faço rir. – Disse muito irônica, mas sorrindo.

E inesperadamente Isabel me roubou um selinho. Eu não esperava, por isso acabei me afastando meio pasmo. Ela sorriu marota e eu decidi naquele momento que não dava pra ser muito racional. Com um pouco de brutalidade puxei Isabel pro meu colo e a deitei no sofá ficando por cima dela, dominando-a. Afastei de sua testa uma mecha de seu cabelo e beijei sua boca. Eu sabia de todas as barreiras e consequências que isso tomaria em nossas vidas. Principalmente na minha. Só que eu não queria resistir. Meu autocontrole não vem com seguro contra Isabel. Ela é a estranha mais atraente que já conheci em toda a minha vida. Seu cheiro me enlouquecia em todos os sentidos e ouvi-la gemer com os meus toques aumentava a minha vontade de possui-la aqui mesmo, nesse sofá. Mesmo sabendo que meu irmão chegaria a qualquer momento para acabar com tudo aquilo.

- Ei Bel, nós podi... PUTA QUE PARIU! – Ao ouvir a voz de Lucas eu me soltei de Isabel rapidamente. – Desculpa gente, mas... – Ele estava sem graça.

- Não, tudo bem. – Isabel se recompôs no sofá e ficou de pé, sem me olhar. Tirou a blusa porque estava realmente corada e quente.

Quente... Eu que o diga.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 21/11/2012
Reeditado em 10/07/2022
Código do texto: T3997649
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