[Original] We Are Young - Capítulo 7

Vou postar mais 2 capítulos pro leitor fofo que comentou, nho, nho, nho *.*

Gente, vou dar uma sumidinha, mas é porque eu to terminando W.A.Y tá? Quero conseguir terminar e guardar. O Word tá querendo ferrar comigo mesmo, tá corrompendo o arquivo da história toda hora. Isso não é de Deus não :(

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Capítulo 7 - A vida em família.

Isabel Longhi

Demétri não fora trabalhar. Zete, o chefe dos meninos estava soltando fogo pelas ventas na lanchonete.

- Ele passou mal, seu Zete. – Emerson disse, tentando salvar a pele do amigo. Lennon e Lucas passaram meia hora tentando falar a mesma coisa para ele, mas fora impossível.

- Quem aquele guri mal agradecido pensa que é??? – Perguntava, andando de um lado pro outro atrás do balcão. Eu acho que isso na verdade é preocupação, e não irritação, mas como não tenho intimidade com ele, vou ficar na minha. – Eu dou um emprego, uma carreira, afinal, ele é o único da família que se interessou em fazer parte da rede de lanchonetes. E é assim que Demétri agradece.

- Ele vai aparecer... – Murmurei baixo, entre as quatro vozes masculinas predominante da conversa. – Vamos esperar, apenas.

Depois da conversa tensa sobre Demétri, Lucas e eu voltamos para casa. E no caminho conversa vai, conversa vem e quando passamos em frente a escola onde Lucas estuda, uma cena nos chocou por completo.

- Eu não acredito que estou vendo isso!!!!!!!!! – Berrou Lucas, perplexo.

Em frente à escola tinha duas garotas, uma loira de cabelos longos e outra morena, de cabelo curto e as duas estavam enroscadas num beijo muito louco.

- Ai caralho... – Murmurei, olhando das duas para Lucas e dele para elas. Lucas estava de todas as cores possíveis. – Vem... Agora você entende porque ela te deu um fora né... – Puxei-o para sairmos dali.

Fiquei mal vendo Lucas ainda mais triste por causa daquela menina. Ela não merecia sua tristeza.

- Cara, eu jamais ia pensar que a Carla gostava de guria.

- É... A vida surpreende. – Eu passei minha mão por seu pescoço e fomos abraçados para casa. – Mas você vai encontrar algo melhor, alguém que te faça sentir o que jamais sentiu na vida. – Claro que eu estava pensando no irmão dele, mas isso é um detalhe.

- Eu só queria ficar com ela, Isabel. – Ele disse, fazendo eu me sentir um tanto ridícula. Dei um tapa no braço dele. – Ai, ow!

- Idiota.

Em casa, eu e Lucas resolvemos arrumar a cozinha pra matar o tempo. Ele ligou o aparelho de som no último e dançamos todos os estilos de música. Involuntariamente, eu já estava me sentindo parte da família, como se eu fosse uma peça essencial daquele quebra-cabeça.

As semanas passaram rápido, quase voando. Lennon, Lucas e eu estávamos cada vez mais unidos, nos tornando uma verdadeira família. Eu não tive noticias de Demétri, ninguém teve, quando ligávamos em sua casa sempre caia na caixa postal. Sempre que eu pensava nisso me sentia péssima.

- Ah, Bel, fica mais um pouco aqui. – Lennon pediu, com a voz mais doce e sedutora que conseguira, sabendo que aquilo me amolecia por completo.

Depois que ele disse que me amava, eu sonhei três vezes com um bebê de cabelo amarelo.

- Lennon... – Voltei a me deitar, ele sorriu feito uma criança feliz por eu ter voltado. – Naquele dia que tu disse que me amava...

Eu o olhei de soslaio.

- O que tem?

- Tu na disse na empolgação do momento?

- Bah, o que tu acha? – Perguntou brabo. Eu acho o que o ofendi.

- Eu fiquei surpresa.

- Eu disse por que é a verdade, porque é o que eu sinto. – Ele ficou em cima de mim, me olhando com aqueles olhos incrivelmente azuis. – Eu te amo sua paulista idiota.

Eu o beijei para não responder algo piegas, como eu naturalmente faria por estar tão apaixonada.

Mais tarde, enquanto Lennon tomava banho, eu lia uma mensagem de Max enviada a poucas horas.

“E aí garota!

Bom... Já faz algum tempo que você viajou, não deu noticias, então resolvi contar como estão as coisas por aqui após sua ida. Sua mãe ficou MUITO, mais muito LOUCA. Destruiu seu quarto inteiro, gritou que você não passava de uma adolescente mimada e ingrata. Ela foi na casa das suas amigas, mas nenhuma das duas disse para onde tu foi. A baianinha discutiu com ela e o a mãe baianona a pôs de castigo HAHAHAHAHAHAHAHA, eu tive que me conter pra não rir com aquilo tudo. Renata não ficou muito bem das idéias não, Isabel... Mas acho que você ta bem aí né? Se não voltou até agora, ou morreu, ou tá ficando rica. Espero que seja a segunda opção, pois você me deve.”

Me preparei para responde-lo e no mesmo momento, Lennon saiu do banho, ele estava só de toalha, tão lindo com aquele cabelo bagunçado que me deu vontade de agarra-lo.

- Meu Deus. – Eu disse pasma. Ele já era gostoso com muita roupa, com pouca, ficava uma tentação. – Como você consegue?

- Bah, sem me trovar, eu fico tímido.

- Ah... Claro. – Debochei jogando o celular para o lado esaindo da cama, dei dois passos até ele, Lennon desviou, rindo. Sentou-se na cama e eu fiquei em alerta ao ver a mão dele ir inocentemente até meu celular.

Tentei não demonstrar qualquer reação esquisita, mesmo porque, com a relação que temos, é normal ele mexer no meu celular, mas não agora que mandei a mensagem para meu padrasto.

- Vou ver a hora. – Avisou, eu assenti. Me aproximei novamente e fiquei por cima dele, quando vi que já tinha dado tempo suficiente para ver a hora, tirei o celular gentilmente de sua mão e pus dentro da gaveta do meu quarto. Sorri de canto e o beijei.

- Ta toda cheia de fogo...

- Sempre.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 29/11/2012
Reeditado em 10/07/2022
Código do texto: T4011488
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