[Original] We Are Young - Capítulo 14 - Parte 3 (Especial)

Último capítulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Pegadinha da autora KJDFÃSLDFJAS~DKFJS~DKFLJDS~ vocês deram sorte :/ to escrevendo o do ano-novo agora mesmo e decidi liberar o do Natal. E é um natal diferente, aviso logo. Ah, eu posso entender que, por ter apenas 6 registros de leitores no ultimo capítulo restrito, que a maioria de vocês que leem W.A.Y é menor de idade? pensa/

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Então é Natal...

Ela tentou afastar as memórias que vinham a sua mente. Era Natal, um dia de confraternização, integração, e também um dia familiar. E Isabel estava com a sua família, com sua nova família. O passado era passado, o que importava de agora em diante era o presente, o agora.

- Tu tá linda. – Lennon parou na porta do quarto que agora era também de Isabel e a admirou com um sorriso bobo no rosto. – Linda mesmo.

- É, foi difícil escolher uma roupa para o natal, mas acho que fiquei bem. – Ela sorriu, tímida. – E como estão as coisas lá embaixo?

Isabel passou a mão pelo tecido de algodão do vestido rosa.

- Até agora está tudo bem. Demétri e Emerson disseram que vem depois da 1h. Iasmin, Rafaela e Lucas foram dar uma volta pelo bairro... – Ele foi na direção da garota e parou bem próximo. – Estamos sozinhos...

- Você não esta achando que eu vou estragar meu vestido lindo, né? – Lennon revirou os olhos e a girou, fazendo-a ficar de frente para o espelho novamente. – Lennon...

- Não seja por isso.

E lentamente, baixou o zíper do vestido de Isabel. Ele viu com imenso prazer, a pele da garota se arrepiar diante de seu toque. O tecido deslizou pelo corpo e caiu no chão. Lennon pegou em sua mão e a guiou até a cama.

- É Natal! Vamos respeitar a data, senhor Lennon? – Perguntou a garota, sorrindo ao se deitar na cama. Lennon tirou sua camisa preta e sorriu.

- Ué, estou respeitando. É uma data a se comemorar também, não? – Isabel assentiu. – Bah, cada um comemora da forma que gosta...

Ele se deitou por cima dela e a beijou de forma intensa e apaixonada, como desde a primeira vez.

(...)

- Quando vocês pararem de trocar saliva de forma tão intensa e nojenta, eu entro nessa casa. – Rafaela cruzou os braços em frente à calçada e fitou Lucas e Iasmin com nojo. Eles estavam em frente à casa de um amigo do garoto onde uma animada festa de Natal rolava a horas.

- Ciúmes, Rafa? – Perguntou Iasmin, recebendo em resposta um olhar bastante frio da amiga.

- Tá bem nojento vocês dois.

Lucas sorriu e soltou Iasmin.

Rafaela mexeu no longo cabelo preso em uma trança bem feita e forçou um sorriso em agradecimento aos dois. A baiana riu alto e passou pelos dois, entrando na garagem que dava acesso a sala.

- O que? – Perguntou Lucas, ao perceber que Rafaela o olhava interrogativa.

- Você é ridículo. Só isso que eu queria te dizer.

- Ah, obrigado!! Bem vejo que seu clima natalino é bastante encantador.

Ela revirou os olhos e passou por Lucas, mas ele a puxou pela trança, abraçando-a desajeitado.

- Nem no natal você me dá paz? – Rafaela teve o corpo girado, ficando cara-a-cara com Lucas. Ele notou que a noite os olhos da garota costumavam ficar mais intenso, profundo. – Ah, pelo o amor. – Tentou se afastar, mas não conseguia. Não sabia se era a sua mão que tinha perdido a força quando devia dar um bom e eficiente tapa nele ou se tinha algo a mais.

- Não tá de cara?

- Porque estaria?

- Por causa da Iasmin? – Ele perguntou como se falasse com uma criança.

Ela o frustrava, era inegável.

- Ela não me faz nada.

Lucas respirou fundo e tentou conter a vontade de dar uma sacudida em Rafaela.

- E eu?

- Ah sim, você nasceu, cresceu, se tornou o que é e resolveu implicar logo comigo. – Ela forjou um suspiro triste e ele riu, não tinha como não rir diante do senso de humor ácido de Rafaela. Lucas estava ficando com Iasmin não fazia nem um dia e sabia que sua real intenção por trás disso estava dando errado, a paulista a sua frente não se afetara nem um pouco por causa disso.

- Eu quero te beijar. – Admitiu, num sussurro baixo. As palavras dele mexeram com o ego de Rafaela.

- Ah é? E eu quero um cartão de crédito sem limites e um apartamento em Nova York. Você vai me dar?

Lucas a soltou, bufando. E murmurou um “guria filha da puta” enquanto entrava na casa do amigo.

Faltavam 3 horas para o fim do dia 24 e a cidade de Porto Alegre estava animada, alegre. As ruas estavam iluminadas por pisca-pisca de cores variadas e iluminadas também por pessoas, muitas pessoas.

Iasmin, usando seu lado desinibida encontrava-se conversando com um rapaz no sofá da sala. Lucas a olhou com um sorriso torto, sabia que ela só estava curtindo, pois suas reais intenções ainda eram com Emerson. Rafaela o olhou e tentou não se sentir sozinha, sabia que quando se sentia assim, não conseguia nem dialogar ninguém.

Um garoto parou próximo à Rafaela e a olhou de modo avaliador. Ela também o encarou. Ele sorriu e se aproximou.

- Tu não é daqui. – “Ele tem um sorriso bonito” – Pensou Rafaela, respondendo a pergunta dele com um movimento de cabeça. “E o cabelo também, ele tem o cabelo bonito.” – Prazer, Pedro.

- Rafaela. – Ele achou que Rafaela daria dois beijos em seu rosto, mas ela estendeu a mão, para trocarem um cumprimento. Ela detestava o famoso “dois beijinhos”. – E respondendo a sua pergunta, não, não sou daqui.

Pedro era alto, media em torno de 1,85, pele branca e um porte típico de garoto burguês, cabelo preto e ajeitado perfeitamente em um topete médio, os olhos também, tão negros quanto os cabelos. Esse tipo geralmente não chamava a atenção de Rafaela, mas em contraponto, ele tinha atitude e certa simpatia. Isso a ganhava.

- Percebi, tu é paulista.

- E como sabe? – Ela arqueou a sobrancelha e cruzou os braços com leve arrogância.

- O sotaque arrastado.

- Eu não tenho sotaque arrastado!

Pedro sorriu, diante da expressão indignada de Rafaela.

- Tem. – E suas mãos foram para a cintura dela, puxando-a de encontro ao seu corpo. – E eu acho isso massa.

- Ah, por favor...

Ele tocou o dedo no lábio dela, silenciando-a. Rafaela estava surpresa com a ousadia do garoto e também, levemente encantada. Ela se continha, não gostava de expor muitas emoções.

Pedro beijou o canto de sua boca, trilhando lento para as bochechas. Rafaela sorriu ao fechar os olhos e decidiu “curtir” o momento. Ela já sentia a respiração leve dele misturando-se a dela, a expectativa e então, os lábios dele foram contra os dela, beijando-a com vontade.

“Eu não acredito que ela ficou com ele.” – Lucas assistia a Rafaela e Pedro se beijando sem acreditar no que realmente via. “Não, não pode ser.”

Irritado, ele foi até onde Iasmin conversava com um desconhecido. Eles trocaram um olhar que dispensava qualquer palavra a e ela ficou em pé.

- O que foi?

- Olha aquilo!

Lucas discretamente apontou para onde Rafaela agora dançava agarrada com Pedro. O queixo de Iasmin caiu com a cena.

- Ele deve ser muito bom, porque olha, ela é criteriosa.

- Ah, jura? Pô Iasmin! – Lucas exclamou, indignado. – O problema sou eu.

- Aham. – Ela recebeu um olhar feroz. – Ué!!! Você quer que eu minta?

- Não. – Ele a puxou pela cintura, abraçando-a com carinho. Iasmin deitou a cabeça em seu ombro. Ela gostava de Lucas, mesmo o conhecendo tão pouco. – Vamos embora.

- Já?

- É. Já deu essa festa pra mim.

- Porque tivemos que ir embora tão cedo?? Isabel ligou? – Rafaela perguntou, quando os três já estavam próximos de chegar a casa de Lucas. O trajeto fora silencioso, tenso e ela não sabia o porque. – Ei, to falando com vocês!!!

- Já são 22h30, daqui a pouco Lennon liga me xingando. – Respondeu Lucas, sem olha-la. Ele estava de mãos dadas com Iasmin.

- Ah. Porque vocês estão calados?

- Sei lá. – Iasmin deu de ombros.

Rafaela olhou Lucas.

- Não é da tua conta.

- Ui. Não vai dizer que você esta enciumadinho porque eu fiquei com aquele super gato. – Eles pararam. A tensão pairou no ar. Como estava bem próxima da casa de Lucas, Iasmin continuou andando. – Ah, não, já sei...

Lucas cruzou os braços, esperando com uma calma mortificante as palavras de Rafaela.

- É inveja.

- Tu é irritante.

- Ele tem um beijo que é coisa de outro mundo.

- Não perguntei.

E ele deu as costas para Rafaela, andando lento e irritado até sua casa.

“Qual é o problema dela?” – Perguntou-se mentalmente. “Essa guria tá mexendo com minha autoestima.”

- Se eu te dar um beijo você vai parar de ser ridículo assim? – Ela perguntou, mordendo o lábio. – Não creio que eu disse isso mesmo... – Ela não sabia o que dizer e então optou por abraça-lo, como se o abraço apagasse suas palavras. – Porque você implicou logo comigo?

Ele segurou os dedos dela, eram longos e delicados. A unha estava pintada de vermelho.

- Não sei.

Frente a frente, Lucas e Rafaela pareciam de certa forma, conectados. Ela mexeu no cabelo dele, ele curtiu o toque dela. Ela riu, não acreditando que estava vivendo uma cena daquelas. Lucas pousou as mãos na cintura dela e a trouxe para ele.

- Escuta o que vou te dizer. Escuta bem.

- Estou ouvindo.

- Tu ainda vai ser louca por mim.

- Eu acho que não.

- Não vou apostar porque não tenho dinheiro no momento, mas tu vai.

- Eu acho que você que vai se apaixonar por mim... E tanto, a ponto de sofrer. – Ela disse, num tom leve, descontraído, mas que fizera Lucas ter medo de suas palavras.

- Tu é louca.

- Com certeza.

Ele sorriu antes de beija-la. E foi um beijo trocado com cautela. Eles não queriam demonstrar que algo dentro deles os faziam se sentir bem quando estavam juntos. Rafaela era arrogante, Lucas não ficava atrás. Ninguém daria o braço a torcer.

No final do beijo Lucas brincou com o cabelo dela.

- Se tu fosse um pouco menos nojenta, eu acho que te namoraria.

- Ah, claro. E se você fosse um pouco menos imbecil, eu... – Ela franziu o cenho. – Não, nem assim eu namoraria contigo.

E saiu com o nariz empinado, deixando pra trás um confuso Lucas Marquez.

- Que demora a de vocês, hein!!! – Isabel disse, vendo Rafaela entrar com Lucas atrás dela. – Ih. O que foi? Não vão dizer que brigaram de novo.

Isabel e Iasmin estavam na cozinha beliscando algumas iguarias preparadas por Lennon.

- Eles estavam eram de chamego lá fora. – Denunciou Iasmin, rindo. Ela recebeu um olhar critico dos dois. – Ai, desculpe.

- Rafaela de chamego com alguém é novidade. – Rafaela fitou Isabel e revirou os olhos. – É verdade.

- Ela não resistiu a mim. – Lucas murmurou, pegando um cacho de uvas que estava exposto na mesa.

- Seu sonho, mas desista.

- Sou brasileiro. – Ele disse, orgulhoso.

- Devia é ter vergonha de dizer isso, não orgulho.

E antes que os dois voltassem a brigar, Isabel ofereceu uma taça de champagne a eles.

O restante da noite correu agitadamente. Muitos vizinhos de Lennon foram lhe visitar, amigos, colegas da época de escola e também alguns amigos mais chegados de Lucas. Um pouco antes da 00h00 a vó dos garotos ligou desejando um excelente natal a eles. Apenas o mais novo conversou com ela.

- Você devia ter falado com ela, sério. – Isabel advertiu. Lennon deu de ombros, indiferente.

Chegada a virada da noite, os fogos anunciando a noite de natal foram soltos. Os que estavam presentes na casa se cumprimentaram, beijaram-se e também choraram.

- Iasmin, porque você tá chorando? – Perguntou Rafaela, abraçando a amiga que estava aos prantos, sentada na cadeira da cozinha.

- Noite de natal me emociona, Rafa. – Respondeu, limpando os olhos marejados.

Emerson e Demétri chegaram juntos a casa de Lennon, e correram para abraçar o amigo.

- FELIZZZZZZZZ NATAL!!! – Disse o de cabelo enrolado.

- E MAIS 1 ANO NÓS ESTAMOS JUNTOS NESSA MERDA!!! – Emerson exclamou, aos berros. Os três se abraçaram ao mesmo tempo.

- FELIZZZZZZ NATAL!!! – Lennon disse, meio torto. Já estava levemente bêbado. – VAMOS BEBER PORQUE É O QUE TEM PRA HOJE.

Isabel sabia o quanto Lennon bêbado podia ser complicado, mas resolveu não interceder. “Deixa ele se divertir” – Pensou, indo em direção ao seu quarto. Ela queria ligar para algum familiar. Talvez sua prima Verônica ou sua tia da Zona Sul.

Entrou no quarto e sentou-se na ponta da cama.

- Na verdade eu não tenho ninguém pra ligar. – Admitiu em voz alta, sentia-se desolada.

Algo em sua mente gritava “você não tem família, perdeu sua identidade, sua base” era uma vozinha irritante que a machucava.

- Bel? – Ao ouvir a voz de Rafaela, ela sorriu, ou tentou. – O que foi cara?

- Nada. Eu estava aqui pensando em algumas coisas.

A amiga sentou-se ao seu lado.

- Compartilhe.

- Perdi minha família... Não tenho ninguém pra ligar e desejar um feliz natal.

Rafaela se comoveu pela dor da amiga. Sabia o quanto era difícil para Isabel qualquer assunto que envolvesse família.

- Você tem o Lennon. – E segurou o rosto da amiga. – O Lucas, Demétri, Emerson eu e a Iasmin. Somos a sua família. – Uma lágrima desceu pelo rosto de Isabel. – Poxa Isabel, todo natal você fica meio triste... – E as duas se abraçaram.

- Eu sei, é inevitável.

- Você foi dona da sua própria história, Isabel. Devia sentir orgulho disso.

- Eu sinto, mas perdi muita coisa.

- Como você me disse uma vez "não se pode ter tudo. E essas perdas que infelizmente nós temos que ter, farão alguma diferença no futuro".

Isabel chorou um pouco mais alto.

- Obrigada por ter vindo. – Disse, emocionada. Rafaela sorriu, tímida.

- Ah, você sabe que eu não gosto de perder uma boa festa.

As duas se abraçaram novamente e desceram para a sala.

As 2h00 da manhã, Demétri, Emerson e Iasmin estavam na cozinha comendo e cantando, Rafaela e Lucas estavam em um canto mais intimo e pareciam discutir algo, pois ela batia nele com raiva. E por último, Lennon, que se encontrava jogado no sofá, totalmente bêbado. Isabel se aproximou dele.

- Obrigada por ter me dado um natal tão diferente. Eu amei. – Agradeceu, aos sussurros e tocou o rosto dele carinhosamente. – Eu amo você.

Em uma visão geral, ela olhou toda a sua “família” e se perguntou com um sorriso no rosto “o que esperar do ano-novo?”.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 19/01/2013
Reeditado em 20/05/2015
Código do texto: T4093963
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