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Capítulo 5 – Romeu – Parte 3

Demétri Scholz

Observei, entre a raiva e a preocupação, Bruna ir até o balcão do Pub e conversar algo com o barman. Olhei rapidamente para a entrada do bar, a fim de ver se eu encontrava Eveline ou Emerson.

- Merda. Péssima hora pros dois saírem. – Murmurei, irritado.

Quando olhei novamente, Bruna estava com um microfone em mãos. Ainda tonta por conta da bebida, se sentou para não cair.

- Não acredito... – Murmurei pasmo e balançando a cabeça em negativa.

“Esqueci minha boca no teu corpo

Pensei que isso te faria meu”

Como em um show de verdade, duas luzes focaram em Bruna. Ela me olhou fixamente enquanto cantava. E como se eu já não estivesse surpreso o bastante, minha mente trabalhava a mil perguntando desde quando Bruna sabia cantar.

“Usei de artifícios, gastei meus truques”

Então, deixando todas as minhas perguntas e dúvidas de lado, eu a olhei cantar o que parecia ser uma declaração a nossa história.

“Depois, quem escapou fui eu”

Ela me olhou enquanto cantava, e parecendo mais lúcida, ficou em pé. Me arrependi instantaneamente de ter duvidado de suas palavras enquanto estávamos sentados.

“Não pense que eu não desejei

não diga que eu não quis”

As pessoas que nos assistiam haviam reparado que ela cantava diretamente para mim.

“é só que eu me assustei

ao me ver tão feliz”

- Caralho! – Ao ouvir a voz de Eve, eu pisquei duas vezes a fitei. – Mentira que ela tá cantando! – Mexeu em sua bolsa e tirou seu celular, ao seu lado. Emerson riu. – Preciso gravar isso.

Ela mirou o celular para onde Bruna estava.

Quando a música parecia estar acabando e eu achei que a cantora do momento iria sair correndo, ou sei lá, viria até mim e diria “ta vendo como eu não to mentindo?” eis que ela desmaia em meio aquele monte de pessoas.

Esse sim é um fim bem à lá Bruna Merten.

- Ela não vai acordar agora, Dê. - Fitei Eveline e suspirei pesadamente. Nós estávamos indo embora de táxi, Emerson estava sentado ao lado do motorista. – Sempre que ela fica bêbada dorme assim, é esquisito.

Bruna, que estava deitada em meu colo, dormia tranquilamente.

- Eu to brabo com a tua irmã. – Eu disse, acomodando Bruna melhor.

- Por quê?

- Tua irmã só cria coragem quando está bêbada. – Eve balançou a cabeça, assentindo.

- É... Ela cantando foi surpreendente. Faz anos que ela não canta. – Olhou Emerson. – Liga seu bluetooth aí, deixa eu te passar o vídeo dela cantando, se ficar no meu celular ela vai me fazer apagar.

- Nem sabia que sua irmã cantava.

- Mamãe nos obrigou a fazer aulas de canto. Eu faltava e ia ao shopping, Bruna foi mais que eu. E... – Olhou a irmã carinhosamente. – Aprendeu mais, também.

- Sabe que música é aquela, Eve? – Perguntei, lembrando-me de um trecho em especial que me chamara à atenção:

“Não pense que eu não desejei

não diga que eu não quis

“é só que eu me assustei

ao me ver tão feliz”

- Sim, é da Agridoce, se chama “Romeu”. – Sorri. – É bem a cara de vocês.

- Também pensei isso... – Murmurei, distraído. Emerson sorriu para Eve e eu entendi que ela já havia passado o vídeo de Bruna em performance.

- Não desiste dela, tá? Eu sei o quanto é difícil pra ti, e o quanto isso te custa paciência, mas eu acredito muito que vocês serão felizes...

- E se não sou eu, quem é que fará sua irmã feliz? – Perguntei, numa alusão a música do Charlie Brown.

Ela deu uma gargalhada alta e entrou numa conversa sobre times com Emerson. Quieto, eu observava Bruna dormir em meus braços. Inspirei e deitei minha cabeça na sua.

O restante da nossa viagem fora silenciosa, quando o taxi parou em frente ao prédio de Bruna, eu desci com ela em meu colo e disse a Eve que não precisava que subisse comigo.

- Então, até amanhã. – Despediu-se ela, beijando-me rapidamente no rosto.

- Até. E ah, Emerson, amanhã a gente vê aquele negócio da sociedade, beleza? – Meu amigo assentiu.

- Pode crê. – Respondeu, mais preocupado em sair junto com Eveline.

Sou um cupido bom demais, na boa, tchê.

- Agora quem é que esta fazendo boas ações, hein? – Eu perguntei, deitando Bruna em sua cama de casal. Logo lembrei do dia em que ela me levou ao hospital. Quem diria que um dia tão maluco daria nisso. Ela deu uma respirada alta, mas não acordou. Sentei-me na cama e a observei. – Nossa história ta cada vez mais confusa, Bruna... – Claro que conversar com alguém que dormia era totalmente absurdo, mas até eficaz, pelo menos assim, não sou obrigado a aguentar as respostas espertinhas de Merten. – E... Eu amo isso. Eu amo tu.

Tirei uma mecha de seu cabelo que pendia em seu olho. Me abaixei lentamente e rocei meus lábios nos seus. Ainda tinha um gosto do drink, mas bem leve.

- I try to hold on but it hurts too much… - Cantei baixinho, era uma música do James Morrison que falava sobre amores mal resolvidos. Sobre elos que não conseguem ser rompidos. - I try to forgive but it's not enough… - Selei nossos lábios e me surpreendi quando Bruna mordeu o meu lábio inferior e o sugou. Sua mão esquerda pousou em minha cintura e não demorou muito até eu estar por cima dela, beijando-a com tamanha vontade, dor, possessividade, desespero, como se o beijo fosse o último de nossas vidas.

- Eu sei que eu só faço besteira, mas não vai embora, fica aqui comigo. – Clamou, em meio ao beijo. Internamente, eu estava vivendo uma batalha. E a minha resposta fora o mesmo que uma fuga.

Eu precisava fugir da única coisa que me trazia paz e dor.

- Não dá.

Os olhos dela brilharam, mas fora um brilho que significavam que ela iria chorar.

- Por quê? – Perguntou, triste.

- Porque se eu for, não vou querer mais te deixar. E tu sabes mais que ninguém que eu preciso te deixar.

Ela assentiu, deixando-me partir. Eu sai do quarto sem olhar pra trás.

Bruna Merten

Era o dia da minha consulta ao ginecologista, mas em meio ao grande acontecimento do dia, (uma briga com a queridíssima ex-peguete do Demétri e atual namorada do meu ex-noivo) eu cheguei atrasada ao consultório. O que posso dizer sobre a briga? Isabel veio até mim achando que me humilharia com suas palavras, mas ela só disse o que eu já estava cansada de saber. Então fora a dor física que senti, eu não me magoei com ela, acabei me solidarizando por sua preocupação com Demétri. Ela o amava, é verdade, como amigo, como um irmão, mas faltou ela entender que o bem dele, é também o mal. E em meio à briga, Demétri chegou a aparecer em minha casa e ia dizer alguma, pois chegou gritando “Bruna eu te...”, mas ao ver sua ex-peguete, acabou não concluindo. Ele poderia ter “eu te amo” ou “eu te odeio”. Eu nunca vou saber. Depois que Isabel se despediu de Demétri (ela voltaria para o lugar que nunca deveria ter saído, arrivederci, guria!), eu acabei brigando feio pra caramba com o mesmo. E só piorei o que parecia incapaz de piorar.

Após a consulta, voltei para casa totalmente derrotada. Entrei no meu quarto e deitei em minha cama com a intenção de sentir o cheiro de Demétri em meus lençóis. Desde a noite anterior, seu cheiro estava grudado ali, como uma marca. Quase chorei lembrando de nossa conversa na noite anterior e da briga pela manhã.

“E tu sabes mais que ninguém que eu preciso te deixar.” – Suas palavras ecoavam em minha mente como uma música sendo tocada no repeat. Uma hora nós parecíamos que ia dar certo, outra, ele se defendia ou eu fugia. Cada vez mais eu tinha certeza que nunca entraríamos em um consenso sobre nós.

As coisas seriam diferentes se eu não tivesse errado tanto da última vez. E por mais que meu lema fosse “seguir em frente” eu não conseguia quando o assunto era Demétri.

Uma batida na porta de meu apartamento me trouxera a realidade, andei em passos lentos até a sala e abri a porta, um rapaz alto, moreno, de porte atlético e muito sensual me olhou dos pés a cabeça.

- Dan?

Ele sorriu de canto e me puxou para um abraço, um abraço bem à lá Daniel Prado. Meu... Como posso dizer, “amigo colorido”. Tá, tudo bem que eu não o via desde que vim morar no centro de Porto Alegre, mas ninguém esquece do “primeiro amigo colorido”.

- Bruna. – A mão dele foi invadindo meu cabelo e a outra, a cintura. Antes que eu pudesse barra-lo, ele estava me grudando na porta de casa. – Vim aqui para reviver a nossa amizade.

E ele me beijou. Beijou naquele estilo chamativo e extremamente sensual que eu já não lembrava mais. Só que Daniel havia me conhecido numa época bem diferente da atual em que me encontro. Por um momento senti saudades da velha Bruna, mas, mas... Meu Deus! Eu estou tendo problemas com meu ex-namorado, será que eu realmente quero mais problemas? E Daniel quando quer é um problema dos grandes.

- Como tu tá linda... Meu Deus. – Exclamou sedutoramente em meu ouvido. – Sabia que seria uma boa vir aqui pra te ver.

- Tu sempre com chegadas triunfais, não? – Perguntei, encarando seus olhos azuis. Ele sorriu, afastando-se para me deixar respirar. – Quanto tempo...

- Sim, muito tempo. Não me convidas para entrar? – Abri o restante da porta e Daniel entrou, olhando minha casa no geral. Pareceu satisfeito. – Belo lugar.

- Obrigada. E como tu estás? – Como eu sabia que com ele eu não precisava ter muito cerimônia, não estranhei quando o vi sentar em sofá sem meu consentimento.

- Eu estou bem, vim comprar umas coisas aqui no centro e lembrei que agora tu moravas por aqui. Decidi dar um “oi”, mas, vendo o quanto tu está linda talvez eu queira mais que um “oi”.

Eu baixei a cabeça e sorri, sem-graça. Eu nunca fico sem-graça com alguém a não ser, Demétri. Mas claro que são situações bastante diferentes.

- Tu não mudou nada.

Ele franziu o cenho, estranhando minhas palavras. Sentei-me ao seu lado e coloquei minhas pernas em cima das suas.

- Bah... E tu mudaste?

Suspirei, pensativa.

- Não sou mais aquela guria de tempos atrás, tchê.

- Ah não! – Exclamou. Acho que entendeu o que eu quis dizer. – Tu está tendo... – A cara de nojo dele me fizera rir. – um... um relacionamento?

- Bah, não. – Ainda não posso chamar o meu caso confuso com Demétri de relacionamento.

- E o que é então? – Perguntou Dan, com medo.

- Eu estou meio que tendo um bis com meu ex-namorado. No caso, meu primeiro namorado.

- Bah!!!! – E fez o sinal da cruz. Eu gargalhei alto. – Tu descobriu que o ama, é isso?

Daniel me conhecia, então era besteira ficar omitindo isso dele.

- Eu nunca deixei de ama-lo... Só que eu o magoei muito. Quer dizer... Eu achei que não o amava mais namorando o amigo dele, e foi uma idiotice total. Só que ai a vida gosta de brincar com a cara da gente e em um único dia, o mundo virou de cabeça pra baixo.

- Bah... – Murmurou, interessado na história. – Me conte.

- Eu o encontrei um dia todo sujo e sangrando bem próximo da minha loja, daí fui até ele perguntar o que tinha acontecido. Claro que ele estranhou, visto que antes disso nos tratávamos feito cão e gato. Eu o levei ao hospital, comprei remédio para os ferimentos dele e... Eu acho que a proximidade daquele momento fez todo o antigo sentimento voltar e com muito mais força. Só que além do sentimento, vieram todas as minhas culpas. E eu não sei lidar com isso. Sempre que estou com ele tenho a sensação de que se continuar, vou fazer tudo de novo. Como se eu não soubesse lidar com a felicidade. – Quando terminei, Daniel me olhou de modo compreensivo. E era isso que eu gostava nele, mesmo que na maioria do tempo ele fosse um canalha, era também um ótimo amigo.

- Apesar de estar surpreso com esse seu relacionamento, acho que entendi o seu problema. Tu o quer, mas tem medo de que as coisas se repitam e ele sofra novamente, não é?

- Sim.

- Tu tinha quantos anos quando namoraram? – Perguntou e mexeu no cabelo negro, rebeldemente arrumado. Um charme do rapaz Prado.

- 15, 16 anos... Por aí.

- Bah, bem quando tu se mudou para cá. – Eu assenti. – Bru, quando a gente tem 16 anos, inconsequência nos define. E o que tu fez ao guri com 16 anos, não fara agora com 21 anos. Tu é madura. Quando te conheci, um pouco antes dele, tu queria curtir e conhecer o mundo... Mas agora vendo o teu mundo – Ele girou o dedo indicador, usando meu apartamento como exemplo - é evidente que as coisas mudaram.

- E se eu fizer de novo? – Perguntei, baixando a cabeça, triste.

Só Eveline e Daniel conheciam esse lado meu: o sentimental. Até certo tempo, Demétri conhecia, mas depois de todos os nossos problemas e a minha autodefesa com ele, acho que não mais.

- Só tentando pra saber. E atualmente vocês estão juntos?

- Mais ou menos. Brigamos hoje de manhã depois que a ex-peguete dele, que é atual namorada do meu ex-noivo veio aqui. - Daniel franziu a testa, obviamente confuso. - Tá, vou explicar...

Com a história finalmente explicada, ele pode opinar.

- Bah. O que eu posso dizer... Tu fez merda. – Revirei os olhos. Era óbvio isso. – Mas calma, há solução para tudo. Primeiro tu que se livrar desses seus demônios interiores.

- Como se fosse fácil... Vou para uma festa de aniversário da mãe dele em Pelotas. Com a família dele, com o povo dele...

- É uma boa chance para vocês tentarem voltar.

- Não sei.

- Já notaste que quanto mais tu pensas, menos consegue agir?

Pisquei os olhos algumas vezes enquanto avaliava sua pergunta. Ele estava certo. E nesse momento a porta da minha sala foi aberta por uma batida escandalosa, que com certeza vai me custar um conserto.

Demétri, por algum motivo que eu desconheço, não bate mais na porta quando entra na minha casa. Intimidade é um problema, é o que eu digo sempre.

- Eu preciso falar com... – Ele ia dizendo, mas ao ver Daniel massageando meus pés carinhosamente, parou no meio da sala e ficou me olhando como se eu fosse um ser muito curioso e o homem ao meu lado, mais ainda. – É... Ahn.

Saltei do sofá e o fitei. O silêncio que caiu entre nós foi um tanto torturador.

- Vim buscar a minha blusa. – Franzi o cenho, confusa. – Acho que deixei no seu quarto.

- Não deixou. – Eu tinha certeza que ele não esquecera nada. Ele queria era improvisar para mudar a real intenção de sua visita.

- Deixei. – Sibilou, lentamente. – No seu quarto. Pode me acompanhar até lá?

Respirei entediada e segui até meu quarto com Demétri atrás de mim. Eu podia sentir a sua fúria me queimando as costas.

Eu mal entrei no quarto, aliás, nem cheguei a entrar e ele me puxou pelo braço.

- Essa é a forma que tu diz me amar? – E me jogou contra a parede. Eu conhecia suas crises de ciúmes e as odiava totalmente. – Quem é esse guri?

- Um amigo. – Respondi levemente assustada com seu olhar feroz sob mim. Ele riu, debochado e me pressionou mais a parede do meu quarto. – Tu tá me machucando.

- Tu tá conseguindo fazer eu te odiar... – Ele se aproximou, quase roçando seus lábios nos meus. Eu ainda tentei ir além, mas Demétri se afastou. – E de verdade.

- Ele é só um amigo.

- Mentirosa!

- Bah, e se ele fosse algo a mais? Eu não sou uma posse tua. – E eu não sei bem porque falei isso. Sabe quando você que falar uma coisa e acaba saindo totalmente outra? Me irritava completamente Demétri duvidar de mim. Em resumo, me arrependi na mesma hora. Foi um impulso, um maldito impulso. E ele não vai perdoar.

- Minha e de ninguém. – Murmurou entre o ódio e o deboche. - Tu me enojas. Eu te odeio.

Ele virou as costas para mim, mas eu o puxei pela blusa, forçando-o a se virar. Primeiro foi uma guerra de mãos se tateando, depois aqueles puxões que me faziam ir a marte. Demétri amarrou minhas pernas em sua cintura e me beijou com o mesmo desespero da noite anterior, como se clamasse no beijo que não queria me deixar, mas também que já não estava conseguindo lidar com todos os nossos impasses, dilemas, brigas e etc. Eu só queria ficar com ele, só.

Demétri foi andando comigo pendurada até a minha cama. Eu não queria deixa-lo nunca mais, me nutria tanto de seu amor que acabava aumentando meu egoísmo. Eu me sugava do sentimento dele que uma hora acabaria o secando.

Caímos juntos na cama, o corpo dele de certa forma conectando-se ao meu.

- Talvez seja isso. – Ele murmurou, me fitando meio triste. – Nós nunca vamos conseguir ter um relacionamento normal.

Minhas mãos estavam em sua cintura, controlando seu peso.

- É. Não somos normais.

- Não...

- É só um amigo. – Eu disse, em baixa guarda. Achei que ele tivesse considerado as minhas palavras até ouvi-lo dar um pigarro debochado. – Eu to falando sério... – Continuei, suplicante.

Ele ia dizer alguma coisa, talvez soltasse alguma ironia bem maldosa, ou me xingasse, mas seu celular tocou.

- Merda. – Ele tirou o aparelho do bolso e o atendeu ali mesmo. – Alô.

Carinhosamente, Demétri brincou com uma mecha do meu cabelo. Eu suspirei diante de seu toque. Como uma hora podíamos estar nos matando e outra praticamente sermos um casal apaixonado?

- Bah... – Eu observei sua expressão mudar e seu rosto embranquecer. – Não pode ser. Estou indo agora mesmo. – E com a ligação finalizada, eu perguntei.

- O que foi?

Ele não respondeu, mas a tensão em seu rosto dizia que algo de grave tinha acontecido.

- Demétri!!! – Gritei, tentando chamar sua atenção. Ele me ignorou e continuou andando.

De repente parou na porta do meu quarto, e disse num tom de lamentação que eu não tinha certeza se era mesmo pra mim ou pra ele

- Eu sabia que isso ia dar em merda.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 29/03/2013
Reeditado em 19/05/2018
Código do texto: T4213041
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